Vila Nova de Gaia e Vila do Bispo são os concelhos com maior número de praias sem poluição.
A Zero (Associação Sistema Terrestre Sustentável) identificou 71 praias sem poluição em Portugal. Este número significa que não foi detetada qualquer contaminação nas análises efetuadas ao longo das três últimas épocas balneares. Este valor representa 12% do total das 579 zonas balneares existentes em 2016.
Esta análise inédita da Associação Zero teve em conta os parâmetros da legislação em vigor e concluiu que existem 67 zonas balneares costeiras, 3 interiores e 1 de transição (estuário) com zero poluição. Os concelhos com maior número de praias em excelentes condições ambientais são Vila Nova de Gaia e Vila do Bispo ambas com seis e Aljezur com 5 praias. As ilhas apenas foram representadas por Santa Cruz, com apenas uma praia, o Garajau, que é uma área protegida.
Apesar de ser extremamente difícil conseguir um registo incólume ao longo de 3 anos nas zonas balneares interiores, muito mais suscetíveis à poluição microbiológica, há 3 praias nessa situação: Vale do Rossim, em Gouveia, Fraga da Pegada, em Macedo de Cavaleiros, e Zaboeira, na albufeira de Castelo do Bode, em Vila de Rei.
A partir de dados solicitados à Agência Portuguesa do Ambiente, a Associação Zero identificou as praias que, ao longo das três últimas épocas balneares, não só tiveram sempre classificação “excelente” como apresentaram valores zero ou inferiores ao limite de deteção em todas as análises efetuadas aos dois parâmetros microbiológicos controlados e previstos na legislação (Escherichia coli e Enterococosintestinais). Isto é, em todas as análises efetuadas não houve sequer a deteção de qualquer unidade formadora de colónias.
Três alertas para o início de época balnear
A Zero selecionou três comportamentos cruciais para os banhistas, ou frequentadores das praias selecionadas, para este início de época balnear 2016
. Em primeiro lugar, por razões ambientais e de segurança, só devem ser frequentadas praias classificadas como zonas balneares, onde há vigilância e onde se conhece a qualidade da água. Em segundo, não devem ser deixados quaisquer resíduos na praia e, de preferência, devemos encaminhá-los através da recolha seletiva. Mais de 80 por cento dos 12,2 milhões de toneladas de plástico que entram no ambiente marinho em cada ano vêm de fontes terrestres, sendo o maior contribuinte o lixo de plástico, incluindo itens como garrafas de bebidas e outros tipos de embalagens. Por último, deve-se preservar a paisagem e os ecossistemas envolventes das zonas balneares, evitando o pisoteio de dunas ou outras áreas sensíveis.
Se pretender ver a tabela poderá consultá-la no link em baixo: