É um especímen endémico do território nacional e muito raro ao ponto de estar em vias de extinção.
A aranha cavernicola do frade foi descoberta apenas em 2005 durante as actividades do núcleo de espeleologia da Costa azul e descrita apenas em 2009. “Trata-se da aranha mais pequena da Europa (0.43-0.58mm) e uma das mais pequenas do mundo. É a única representante da família no território europeu, sendo as parentes mais próximas conhecidas apenas da Costa do Marfim. Com uma área de distribuição de apenas 1 a 2 km2, no Sistema do Frade, em Sesimbra. Os seus números tem sofrido um decréscimo acentuado devido as pedreiras, foi recentemente classificada com o estatuto de perigo crítico de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza. É a única aranha europeia e uma de apenas 13 espécies animais em Portugal a ter este estatuto, o mais alto no ranking da IUCN” de acordo com naturdata, um grupo de cientistas portugueses que se congrega para classificar os vários tipo de vida selvagem que habitam no nosso país.
O seu nome cientifico é anapistula ataecina que deriva de uma antiga deusa Lusitana, deusa da Natureza, da Morte e do Renascimento. Segundo a mitologia vivia no meio subterrâneo, o que vai ao encontro das caracteristicas deste aracnideo furtivo. Curiosamente, os machos desta especie são desconhecidos. Aparenta ser partenogénica, ou seja, não existem machos dando-se a reprodução através de "clonagem" das fêmeas. Muito feministas estas pequenas aranhas. De acrescentar ainda, que este especimen faz parte do ranking das espécies mais representativas que por qualquer razão se destacaram como as mais emblemáticas de entre todas as descritas de Portugal entre 2000 e 2010. Se quiser os restantes eleitos desta lista que contou com 303 votos ao nível nacional, basta consultar-la no link que se encontra no final deste texto.