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A ideia solar da inês

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O conceito de aldeia solar desenvolvido por Inês Rodrigues, venceu a 7ª edição do Prémio Terre de Femmes. Uma iniciativa ecológica criada há quinze anos pela Fundação Yves Rocher, que visa todos os anos destacar um projecto em curso levado a cabo por uma mulher portuguesa que deixe uma pisada verde positiva no mundo.

Foi no âmbito da sua actividade enquanto professora e formadora e confrontada com as histórias de vida de alguns alunos oriundos de países africanos que Inês Rodrigues idealizou um conceito de aldeia solar onde a iluminação das casas, a confecção das refeições e a conservação dos alimentos dispensasse qualquer tipo de fio eléctrico. Para executar o seu projecto, criou a Educafrica, organização não-governamental (ONG) à qual preside e cujos voluntários estudam e desenvolvem soluções para problemas reais diagnosticados na Guiné-Bissau, país onde posteriormente são implementadas. Através da simples reutilização de garrafas de água, Inês Rodrigues conseguiu iluminar as habitações de duas aldeias da Guiné, como se de lâmpadas de 50W se tratassem. Para evitar acidentes domésticos causados pela utilização de fogo e panelas no chão, bem como o abate diário de árvores para obtenção de madeira, Inês criou também um forno solar que permite confeccionar uma refeição para uma família de cinco pessoas em cerca de uma hora. Com o objectivo de dar resposta à falta de meios de conservação alimentar, o que resulta na escassez de provisões para a população, o projecto de Inês Rodrigues criou ainda um desidratador solar, equipamento que permite a secagem e conservação de frutas e legumes sem que estes percam as suas qualidades e valores proteicos durante o período de dois anos. Recorrendo à energia solar, Inês trabalhou também na criação de um sistema fotovoltaico que permite iluminar centros de saúde e escolas, permitindo a assistência à população durante a noite, bem como a alfabetização após a jornada de trabalho. Para além do reconhecimento nacional e internacional, Inês Rodrigues vai receber um prémio pecuniário no valor de €10.000, entrando na corrida ao Prémio Internacional que disputará com outros oito países, bem como ao Prémio do Público, no valor de €5.000, sujeito a uma votação online entre 9 e 27 de março.
Projecto Cabaz de Peixe assegura menção especial
Em comunicado, a organização do prémio refere ainda que o projecto Cabaz de Peixe, da autoria da bióloga Catarina Grilo, recebeu também uma menção especial no valor de €3.000. Este projecto está a ser desenvolvido em Sesimbra e pretende, através do envolvimento das comunidades piscatórias na comercialização do produto da sua actividade, reduzir o desperdício de peixe ao mesmo tempo que disponibiliza ao consumidor um produto de origem local a um preço mais reduzido. Ao comercializar o peixe sob a forma de cabaz, com a particularidade do consumidor receber regularmente uma quantidade fixa de pescado, o projecto de Catarina Grilo permite que espécies desconhecidas da população e com baixo valor comercial sejam assim aproveitadas de forma ambientalmente eficiente. Recorde-se que as dezenas de projectos submetidos à 7.ª edição do Prémio Terre de Femmes Portugal foram avaliados por um júri nacional independente constituído por representantes da Liga para a Protecção da natureza (LPN); Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território; e Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL).

www.greensavers.sapo.pt

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