É uma das espécies mais descriminadas pela população local.
A lacerta degusii, (designação científica), mais conhecida por lagartixa, é uma espécie endémica da ilha da Madeira. Trata-se de um espécimen que existe em grande abundância no território, muito derivado a falta de predadores naturais e a sua grande capacidade de adaptabilidade as alterações do seu habitat. Embora, sejam essencialmente insectívoros e se alimentem de bagas silvestres, este réptil aproveita para a sua dieta os restos de comida das lixeiras urbanas, frutos e vegetais de cultivo, sendo considerados por esse efeito pela população geral, uma praga. A sua maleabilidade ao meio é de tal modo eficiente, que este pequeno animal pode ser avistado na montanha, na costa e nas cidades. Embora, seja originário do arquipélago, não reúne a simpatia dos locais, é talvez o animal mais detestado em todo o território. A sua falta de beleza natural, também contribui para o efeito.
Trata-se de um lagarto que pode atingir os 20 cm de comprimento, apesar dos adultos terem, normalmente, entre 10 a 15 cm. A sua cor pode variar entre o castanho claro ao cinzento escuro, com alguns exemplares (normalmente machos) a poderem apresentar cores iridescentes, como o verde, azul e violeta. Os machos podem ser facilmente distinguidos das fêmeas devido à presença de uma prega nupcial de cor amarela na parte inferior da suas patas traseiras. Preferem, por norma, os locais mais escuros e altos para porem os ovos.Como todos os lacertídeos, possui a capacidade de destacar a sua cauda se se sentir em perigo, servindo o rabo solto, que se contorce energicamente, de distracção para os predadores, permitindo a fuga do animal. A cauda volta a crescer novamente, ocorrendo por vezes o fenómeno de um destes animais acabar por possuir duas caudas, quando a cauda antiga não é completamente seccionada.