Foi descoberto um fóssil inédito por uma equipa de investigadores internacionais.
O otus mauli, um fóssil de uma espécie de mocho d’orelhas da ilha da Madeira foi declarado por uma equipa de cientista internacional como a primeira ave extinta do arquipélago. Trata-se de uma ave de rapina noturna que provavelmente habitava em terra e que comia invertebrados, presumivelmente lagartos e pássaros.
Tudo começou há vinte anos, quando um estudioso alemão Harald Pieper descobriu numa visita à ilha os restos fossilizados de esta ave, que não se havia estudado com profundidade até bem pouco tempo. A equipa de investigadores liderados, pelo paleontólogo e estudioso do IMEDEA (Instituto Mediterrâneo de Estudos Avançados), Josep Antoni Alcover, descobriu que se trata de uma espécie de mocho, desconhecida até o momento. A ave de rapina distinguia-se das restantes pelas suas patas mais largas e asas mais curtas que é diferente dos restantes mochos europeus continentais. Ainda esta por determinar a sua especificidade genética, resultado do isolamento geográfico da espécie, já que o fóssil se encontra em avançado estado de degradação e esta fragmentado. Crê-se contudo, que este espécimen único desapareceu da Madeira devido à pressão humana gerada pela colonização da ilha, os inúmeros incêndios que serviram para desbastar a vegetação densa do arquipélago e os animais introduzidos pelo próprio homem que ameaçaram esta pequena ave que voava muito pouco, daí ter sido presa fácil para os novas espécies provenientes do continente.