A SPEA pretende recensear esta espécie que reside nos Açores.
As aves também precisam de ser recenseadas. É o caso dos priolos, uma pequena espécie endémica da ilha de São Miguel, que se encontra em perigo de extinção. A iniciativa é da responsabilidade da sociedade portuguesa de estudo das aves (SPEA), liderada pelo responsável do projecto LIFE laurissilva sustentável, Joaquim Teodósio, que pretende contar no dia 29 de Junho, com a ajuda de 50 voluntários, todos os espécimens existentes entre os concelhos de Nordeste e Povoação. O primeiro atlas desta ave contabilizou, em 2008, entre 1.000 a 1.500 destes exemplares, o que possibilitou ter uma ideia abrangente desta população na ilha. O cientista referiu ainda que este recenseamento permitiu ajudar a desenvolver diversas iniciativas que contribuíram ao longo dos anos para uma melhoria significativa da incidência destas pequenas aves no seu meio, passando de espécie “em perigo crítico de extinção”, para o patamar de “em perigo de extinção”. Na sequência dos esforços desenvolvidos, a população de priolo tem vindo a aumentar, estimando-se que existam actualmente entre 500 a 800 casais. Entre as iniciativas que permitiram obter este importante resultado, encontra-se o programa LIFE Priolo, que terminou em 2008, a que se seguiu o LIFE Laurissilva Sustentável, que termina este ano. Este projeto visa conservar e recuperar os habitats naturais de floresta de laurissilva e de turfeiras de altitude no nordeste de S. Miguel, abrangendo a Serra da Tronqueira e as turfeiras do Planalto dos Graminhais. “É uma zona muito importante de conservação do priolo”, afirmou o coordenador do projeto, salientando que, no caso das turfeiras, "estão a ser intervencionados cerca de 80 hectares e estão a ser obtidos bons resultados".