É a segunda edição do fundo para conservação de ecossistemas aquáticos.
O Oceanário de Lisboa (OL) em parceria com o “National Geographic Channel” pretendem estimular a conservação das espécies ameaçadas, melhorar o conhecimento sobre os espécimens que dependem de ecossistemas costeiros e que promovam a manutenção da biodiversidade existente, através do Fundo Inaqua. A aposta este ano é a preservação das lagoas, rias e estuários de Portugal. 15 mil euros é o montante atribuído ao melhor projecto de conservação , que de acordo com João Falcato, administrador do OL, "pretende apoiar, através do "Fundo InAqua", projectos que como resultado final contribuam de forma decisiva para a conservação dos ecossistemas aquáticos".
O objectivo traçado para a edição deste ano, surge porque estes “ecossistemas apresentam-se severamente afectados pelas actividades humanas como a pesca, dragagem e descarga de produtos orgânicos e químicos. A poluição, degradação e perda de habitat generalizada revelam já consequências para a fauna e flora.
Os sistemas lagunares são de extrema importância a nível regional, apresentando um óbvio valor ecológico e científico, económico e social. A sua elevada biodiversidade (marinha e terrestre), bem como as questões sócio-económicas associadas determinam a necessidade premente de proteger e conservar estas zonas. Pela importância ecológica destes ecossistemas, o sistema lagunar da ria Formosa constituiu uma das primeiras áreas protegidas criadas no nosso país. Estas zonas húmidas têm, ainda, importância internacional enquanto habitat de muitas espécies de aves aquáticas. Muitas aves utilizam estas áreas como ponto de alimentação, de nidificação e de abrigo nas pausas migratórias. Por este motivo muitos destes sistemas são considerados como sítios ramsar, actualmente sujeitos a algum regime legal de protecção, quer por se incluírem na rede nacional de áreas protegidas, por terem sido designados como zonas de protecção especial no âmbito da diretiva aves ou por constarem na lista nacional de sítios definidos do âmbito da directiva habitats. Portugal é membro da convenção de espécies migratórias que entre outros acordos, integra o acordo afro-euroasiático de aves aquáticas”.
Ao prémio podem candidatar-se, entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, legalmente reconhecidas, que apresentem projectos que contribuam para a sobrevivência de espécies ameaçadas, que melhorem o conhecimento sobre as mesmas que dependem destes ecossistemas costeiros e que promovam a manutenção da biodiversidade existente. As candidaturas decorrem entre 03 de Setembro e 01 de Novembro (inclusive) de 2012.