Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

h facebook h twitter h pinterest

Os uivos do nosso contentamento

Escrito por 


As ilhas desertas são a vários séculos um refúgio para os lobos-marinhos. Um mamífero ameaçado de extinção que tem registado um crescimento significativo no arquipélago da Madeira.

A colónia dos lobos-marinhos da Reserva Natural da Madeira é uma das mais jovens de toda Europa. Com uma população mundial que engloba os cerca de 300 indivíduos, sendo por esse motivo uma das espécies mais ameadas do mundo, o grupo que actualmente reside nas ilhas Desertas é considerado um caso de sucesso devido aos três nascimentos que regista por ano. Neste momento estão contabilizados 30 destes animais aquáticos e espera-se que o número aumente de forma progressiva. Um crescimento que resultou não só da criação de legislação adequada para a defesa e protecção destes mamíferos, como também do trabalho desenvolvido pelas equipas científicas do parque e da mudança de mentalidades. Mas, nem sempre foi assim.

As populações de Lobos-marinhos foram em tempos muito numerosas na Região Autónoma da Madeira. Os avistamentos destes animais remontam do tempo em que a ilha foi descoberta, no século XV. Segundo relatos dos descobridores, numa baía na costa sul ter-se-ão deparado com uns animais desconhecidos que se estendiam ao longo da praia e uivavam como lobos. Deste encontro resultou, a actual designação comum deste mamífero e o nome da referida localidade madeirense, Câmara de Lobos. Ao longo dos séculos os monachus monachus (nome científico) foram alvo de uma autêntica carnificina por vários motivos. Em primeiro lugar, a pressão demográfica exercida pelo homem junto dos habitats destes animais. Depois a pesca, o lobo-marinho e o homem partilham o mesmo recurso natural, o oceano, e competem pelo mesmo, o peixe. Com a expansão das técnicas piscatórias, o uso de explosivos e a perseguição dos pescadores a esta espécie, era natural que o seu número tivesse diminuído drasticamente ao longo do tempo.

Foram precisos cinco séculos até entendermos a importância destes belos espécimes para o ecossistema. Por isso, o facto de estarem a nascer mais lobos-marinhos já é de si, um sinal inequívoco de um sistema ambiental saudável. De tal forma que, actualmente já se tem avistado estes simpáticos animais na costa madeirense. No entanto, fica o alerta apesar de serem animais muito fofinhos, não deixam de ser selvagens. Há um conjunto de regras que devemos respeitar para evitar um confronto desagradável. Eles mordem ao sentirem-se ameaçados. Nunca se deve alimenta-los, estes mamíferos ingerem vários quilos de peixe e crustáceos por dia, o que você considera ser um snack aceitável para este animal é apenas um dentinho e pode o irritar. Não o tente afagar, não se trata de um cão! E mesmo a uma curta distancia tente não virar-lhe as costas no mar, nunca se sabe, como são curiosos e brincalhões pode surgir do nada um incidente desagradável.

http://estacaochronographica.blogspot.com/2010/10/victorinox-apoia-focas-da-madeira_22.html

http://www.madeiranature.com/index/cms/page/-/page/Ilhas%2BDesertas/lang/pt

http://www.madeiranature.com/index/cms/page/-/page/nature_fauna_others/articleId/343/articleTitle/lobo-marinho/lang/pt

Deixe um comentário

Certifique-se que coloca as informações (*) requerido onde indicado. Código HTML não é permitido.

FaLang translation system by Faboba

Eventos