Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

h facebook h twitter h pinterest

A arte das portas abertas

Escrito por 

José Maria Zyberchema, é um madrileno, que se apaixonou pela ilha da Madeira. Foi como um amor à primeira vista e logo percebeu que havia edifícios na cidade do Funchal que necessitavam de um novo rosto, uma intervenção artística. O projecto de arte portas abertas nasceu e aos poucos conquistou os corações dos cidadãos, que tinham perdido um certo carinho pela sua herança, e do mundo que as visita.

De que se trata o projecto portas abertas?
José Maria Zyberchema: A arte de portas abertas começou em Agosto de 2010. Como uma ideia para mudar as ruas da cidade, sentia-me triste quando tirava fotos em torno da cidade, de edifícios abandonados e ao fazer uma conferência com essas imagens, bem, decidi intervir em tais lugares e assim apareceram as portas abertas, com pintura, com escultura, com qualquer tipo de artes.

Porque eles escolheram a rua de Santa Maria no Funchal?
JMZ: Realmente poderia ter sido ou que outras ruas que estão bastante danificadas na cidade. Mas, Santa Maria é uma das mais antigas e uma passagem turística, onde se vê muita gente e a sensação de quem passava não era das mais agradáveis. Bem, há cerca de 150 portas em que intervimos no inicio, quando eu propus a ideia à Câmara do Funchal, eu pensei em 200, ou mais, mas era para ter um início e um fim intemporal, em oposição aos eventos que podem durar alguns dias, uma semana ou um mês, eu queria que tudo isso estivesse na rua enquanto for necessário.

Qual foi a reacção das pessoas quando começou?
JMZ: Inicialmente, quando tive a ideia, um dos problemas que eu tive era descobrir o proprietário e como poderíamos intervir na porta, foi um processo muito lento, porque nós tivemos que desvendar quem vivia ali e havia outros edifícios que foram abandonados pelo dono, que nem sequer os habitavam ou se sabia onde moravam. Foi um trabalho de rua apoiado por João Carlos Abreu, ex-secretário de cultura, que foi a primeira porta que foi feita, na tasca de dona Joana Rabo de Peixe, então o trabalho passava por calcorrear pela via e conversar com as pessoas, porque havia também alguma desconfiança em relação ao que se estava fazendo. Aos poucos, aqueles que vivem na área notaram que tudo mudou, havia mais pessoas, podia-se andar sozinho.

É uma intervenção que, em última análise envolve não só as portas, mas também o interior
JMZ: Sim, o projecto começou nas portas, mas na realidade ele quer abrir o que está dentro, sensibilizar as pessoas do ambiente que os rodeia, onde tem edifícios que também podem ter uma actividade actual, que é uma divulgação da arte e cultura e uma desculpa para entrar e recuperar também para o comércio, porque não?

Existem propostas para fazer este tipo de intervenção em outros lugares?
JMZ: Sim, a ideia, mesmo aquando à apresentação do projecto, é que existem algumas localidade que estão dizendo e por que não nesta área da ilha? Esta é uma marca, portas abertas, como uma indicação do actual, do moderno e uma maneira de preservar o património.

http://www.zyberchema.net/portas/

Deixe um comentário

Certifique-se que coloca as informações (*) requerido onde indicado. Código HTML não é permitido.

FaLang translation system by Faboba

Eventos