Sentistes dificuldade em conseguir apoios para a primeira edição deste evento?
TG: Não, embora o projecto tenha sido pouco divulgado, apareceu imensa gente. Tanto que o primeiro painel era mais pequeno e neste segunda edição apostei num mural que é maior, o dobro, para colmatar a falta de espaço que houve na edição anterior. Simplesmente apareceram mais artistas do que esperava. Nesta mostra, estamos a retratar um tema que é o fado, numa rua emblemática na zona velha do Funchal. Basicamente o desafio que lancei aos artistas foi captarem à essência do fado e expressarem-no artisticamente como entenderem.
Porque a escolha deste tema?
TG: O projecto está a ser promovido pela Taverna Real com o mecenato do senhor Arsénio que é dono das casas de fado mais antigas da cidade. Logo, disponibilizou os músicos e o tema surgiu naturalmente.
Há sempre uma temática subjacente para cada mural?
TG: Não, na primeira edição não havia uma temática. Era livre. Inicialmente o que eu idealizei era criar um projecto de fusão, com vários tipos de expressões, nomeadamente musical e plástico. Acho que esta mistura resulta e as consequências estão à vista. Há imensos artistas a participar e esperemos que muitos mais para outras edições.
O painel acontece no Funchal, mas não poderia ter sido concebido para outras zonas da cidade?
TG: Este projecto aconteceu cá, porque foi fantasticamente patrocinado pelo senhor Arsénio, em outros lados para acontecer terá de ser também apoiado. Daí que faço o apelo, quanto mais partes da ilha melhor. É para todos e gostava de chegar com o Zonarte a todas as pessoas. Porém vamos ver se é possível que alguma instituição nos apoie.
Este mural acaba por ser efémero, ou não?
TG: Não, o Zonarte acontece quinzenalmente. Este mural concretamente fica aqui. A ideia seria no final do ano fazer uma exposição com os paneis. Ainda não tenho definido o local e uma data para a mostra. Este festival artístico esperemos que aconteça ao longo de 2012, dependendo dos apoios, mas a ideia seria criar exposições cíclicas para rentabilizar um pouco o investimento que se faz.