A estante Victória também reflecte uma paisagem?
NC: Sim, neste caso uma paisagem urbana, da zona histórica da cidade do Porto. Sempre tive um grande fascínio por esta área, pelas formas das casas, pelas cores. Usei o mesmo processo, utilizei imagens da cidade, a freguesia da Victória, vista da Sé e peguei no formato das casas e transportei-a para as diversas formas da estante. Adicionei também as cores tradicionais dos edifícios, o branco sujo, o amarelo, o ocre e o vermelho.
Os teus projectos estão sempre inspirados no tecido que te envolve é isso?
NC: Aconteceu surgir esta ideia a partir de uma imagem visual para um projecto. Acho que resultou bem porque é algo único e original. Eu tento sempre abordar um conceito, ou uma ideia, porque para além do trabalho de desenvolver uma estrutura e ter os materiais mais adequados, procuro transmitir alguma coisa. As peças têm de ser carismáticas, porque senão, as pessoas não se vão identificar totalmente com elas e ficam muito estandardizadas e também é uma forma de eu me diferenciar de imobiliário que já existe no mercado. Desta forma crio uma ligação com as pessoas.
Qual é o feedback que tens obtido das pessoas em relação as tuas peças?
NC: Tem sido muito positivo. Principalmente muitos elogios sobre as mesas. Acham que os meus projectos são originais.