Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

h facebook h twitter h pinterest

Politécnico de coimbra celebra saramago

Escrito por  Helga Sardinha fts Vitorino Coragem,

O Centro Cultural Penedo da Saudade (CCPS) do Politécnico de Coimbra dedica o mês de novembro ao centenário do nascimento de José Saramago, prémio nobel da literatura em 1998, com dois eventos, uma exposição e a apresentação de uma peça de teatro original.

Com curadoria de Chuva Vasco, Isabel Azevedo, Sílvia Espada e Fernanda Antunes, ambos docentes da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), a exposição “Formas e Cores: diálogos com José Saramago” será inaugurada no dia 8 de novembro, às 18h00.
A mostra é composta por trabalhos de alunos de Artes Plásticas II e Ilustração, sob orientação de Weberson Santiago, do curso de licenciatura em Arte e Design da ESEC, no ano letivo de 2021/2022.
A vida, obra e filmes baseados em José Saramago foram escrutinados durante as aulas com o objetivo “dos alunos materializarem um objeto artístico” e, nota Isabel Azevedo, “de uma forma geral eles responderam muito bem”.
“Eu incuti-lhes a ideia de uma alegoria, como se se tratasse de uma encomenda. Basicamente foi uma forma de aproximar os alunos do mundo profissional, desafiando-os a trabalhar sobre um tema concreto”, refere, por sua vez, Chuva Vasco, explicando que “cada aluno escolheu uma passagem de uma obra do escritor português e desenvolveu o seu trabalho em função disso”.
“Vai ser muito positivo para os alunos verem os seus trabalhos expostos, porque, esta experiência é quase como um laboratório, permite outro tipo de olhar sobre os seus trabalhos”, adianta Isabel Azevedo. A exposição dos trabalhos é, defende Chuva Vasco, um “importante reconhecimento e estímulo” para os alunos de artes.
A mostra é composta por trabalhos de pintura, técnica mista, instalação, animação e desenho e estará patente no CCPS até 4 de dezembro.

Dia 10 - 18h00
Realiza-se mais uma iniciativa do ciclo «Vamos Conversar», que terá como convidada Andreia Azevedo Moreira, escritora, guionista, licenciada em Engenharia Florestal. “Literatura, Florestas e Imagens: Uma conversa com Andreia Azevedo Moreira” é o tema da sessão, exclusivamente digital, contando com transmissão em direto pelas redes sociais e do CCPS e em streaming pelo Zoom: https://bit.ly/3ENjsLn (ID da reunião 920 0572 8683, senha de acesso 410005.
Andreia Azevedo Moreira escreveu os argumentos e os guiões das curtas-metragens, Espelho meu (2018) e A Escritora (2019) em parceria com Hugo Pinto, o realizador, e o argumento/guião da curta-metragem À vida (48HFPLisboa), realizado por André Costa. Colabora com o projeto online “Fotografar palavras” idealizado por Paulo Kellerman. É autora dos contos, Os cães ladram (O país invisível, C.E. Mário Cláudio, 2016); Mar Fechado (Grotta n.º4, 2019/2020); A vinte e quatro minutos da eternidade e Abel (Ed. Minimalista, 2020 e 2021); Pode um corpo morto, As paredes em volta e Augustine e os maus sentimentos (Nova Mymosa, 2019, 2020 e 2021). Ainda em 2022 será editado Depois do abismo o canto dos pássaros (Nova Mymosa). Para a escritora, liberdade e gratidão são verbos e Pearl Jam a banda sonora da sua vida.

Teatro a 16 de novembro
É o dia de celebração do centenário do escritor português, apresentar-se-á uma peça de teatro original com dramaturgia de Ricardo Correia, professor da ESEC e diretor da licenciatura em Teatro e Educação.
O espetáculo teatral conta com a participação das alunas finalistas daquela licenciatura Catarina Carmo, Lara Santos, Maria Pandeirada, Virgínia Achique, todas as actrizes e Sara Rocha, como assistente de direção. A direção de atores está a cargo de Hugo Inácio.
“Além do trabalho de dramaturgia de Ricardo Correia, há um trabalho que foi feito pelas atrizes, de apropriação de alguns capítulos dos livros de que elas mais gostaram de José Saramago, Caim, A Jangada de Pedra e As Intermitências da Morte”, observa Hugo Inácio, acrescentando que esta peça “acima de tudo, explora a vulnerabilidade delas e a nossa enquanto público”.
O espetáculo é composto por quatro performances que, embora individuais, apresentam uma linha condutora, que faz uma incursão pelo mundo de José Saramago.
“Esta peça é uma mistura do que é verdadeiramente a vida de José Saramago e como é que essa vida e essa obra ressoa nos corpos destas atrizes”, conclui Hugo Inácio, ator que, em 10 anos de carreira, já colaborou com instituições como Teatrão, A Escola da Noite, Teatro Experimental do Porto e Ritual de Domingo, em Viseu.

 

Dia 22 - 18h00
O programa de leituras encenadas Novas Vozes, iniciativa promovida em parceria com a Trincheira Teatro, apresenta, no dia 22, no CCPS, a peça Santidade, de José Vicente. Este programa visa promover a integração de estudantes e recém-licenciados de teatro na comunidade teatral de Coimbra e encontra a sua pertinência na dinamização teatral de espaços não-convencionais. O ciclo inaugural do programa, Urgência(s) e Ruptura(s), estende-se de setembro a dezembro e é dedicado aos autores daquela que ficou conhecida como geração de 69. Aberta ao público, a sessão pretende aproximar gerações de fazedores de teatro da cidade e valorizar a dramaturgia lusófona. Coordenado por Pedro Lamas e Beatriz Teixeira, este ciclo é uma das atividades paralelas do projeto À Flor da Pele, título da peça de Consuelo de Castro [1946 – 2016] que a Trincheira levará a cena na Oficina Municipal do Teatro de Coimbra durante o mês de dezembro. O corpo nuclear de leitores Novas Vozes, ao qual se poderão juntar outros convidados, é composto por Alexandre Oliveira, Ana Rita Marques, Beatriz Antunes, Beatriz Palaio, Beatriz Teixeira, Carolina Andrade, Cláudia Carvalho, Eva Tiago, Helder Carvalho, Hugo Inácio, Joana Rodrigues, Matilde de Fachada, Miguel Figueiredo, Natália Cardoso, Pedro Lamas, Rodrigo Almeida e Vânia Fernandes.

Dia 29 - 14h30
O CCPS inaugura a exposição de fotografia “Também acontece aqui”, inserida no projeto “Mercadoria Humana 4 - Projeto de Sensibilização em Tráfico de Seres Humanos” que a Saúde em Português desenvolve, na Região Centro, desde dezembro de 2019 e que terá o seu terminus no próximo mês de dezembro. Este projeto tem como objetivo principal sensibilizar e alertar a população em geral, profissionais estratégicos e pessoas em situação de vulnerabilidade para este crime. Da autoria de Hugo Pinheiro, a mostra estará patente no CCPS até 18 de dezembro.

Dia 30 - 18h00
No dia 30 realiza-se mais uma “Conversa de Viajantes”. Desta feita, o orador convidado é o investigador francês Pierre Marie e a sessão terá como tema a I Guerra Mundial em Coimbra.
Residente em Coimbra há mais de uma década, Pierre Marie é investigador de pós-doutoramento no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES) e membro do grupo de investigação “Humanities, Migration and Peace Studies" (NHUMEP). É investigador no "25AprilPTLab - Laboratório Interactivo da Transição Democrática Portuguesa", no CES e no Centro de Documentação 25 de Abril (CD25A). É doutorado em História Contemporânea pela Universidade de Coimbra e pela Universidade de Caen-Normandy (França), com a tese "L'éducation populaire pendente la Révolution portugaise: animateurs et associações d'éducation populaire à Coimbra (1974-1986) ". Pierre Marie trabalha na História do Processo Revolucionário Português (1974-1976) e nas experiências de autogestão e educação popular.

Deixe um comentário

Certifique-se que coloca as informações (*) requerido onde indicado. Código HTML não é permitido.

FaLang translation system by Faboba

Eventos