Cristina Costa cria e assinada uma colecção de t-shirts com um intuito, levar humor e um pouco de malandrice até as nossas vidas.
O projecto do Mau Feitio surge na vida de Cristina Costa, “ quase por um acaso, não foi uma coisa planeada, nem tão pouco tenho qualquer formação específica em design ou ilustração, sou formada em Línguas e Literaturas Modernas, porém sempre gostei muito de moda, e de desenhar”. Um gosto que a levou a criar para si peças como t-shirts, túnicas y vestidos, sempre um toque de humor e ironia que é uma característica que a distancia do conceito de colecções padronizadas de moda.
Após um período experimental em que produziu apenas para amigos e familiares, decide dar o salto e transpor a sua edição limitada para o mercado português. Mas, antes havia que dar um nome a este projecto, “ a princípio pensei em nomes estrangeiros, mas depois num daqueles dias em que nada corre bem, alguém me disse: estás com um mau feitio hoje, eu gostei e ficou”.
A comercialização do produto teve início propriamente dito num blog como forma de divulgação do seu trabalho e mais tarde, “ comecei a procurar lojas onde vender. A primeira de todas, foi a Muuda no Porto que, para meu grande contentamento e satisfação ficou com a colecção toda e a partir daí comecei a levar o projecto, que havia começado como um hobby, mais a sério”. No entanto, a designer pretende “alargar o leque a outras peças, nomeadamente almofadas, tote-bags, carteiras, enfim, será o que a imaginação for ditando”.
O Mau Feitio nasce assim fruto da imaginação e persistência de Cristina Costa que, procura nos seus objectos moda, aplicar também noções artesanais, com os mais diversos materiais, desde, “ a aplicação de lãs, a alguns brinquedos reciclados e aplicados quase sempre por forma a contar uma história”.
A ilustração é, contudo, outra técnica muito usada, “ora desenhando e pintando na peça em si, ora pintando noutro tecido que depois é costurado, à mão na peça final. Acaba por ser um trabalho bastante moroso e minucioso, daí o reduzido número de peças realizadas, o que, por outro lado, imprime um cunho de exclusividade a cada peça”.
“O que não pode faltar são a ironia e o bom humor. Gosto que apreciem as minhas peças pela arte em si mas dá-me muita satisfação ver as pessoas sorrir e a encontrar a piada às vezes escondida” finaliza.