É um filme romântico com um tema muito actual, realizado por António Pedro Vasconcelos.
Este filme tem uma premissa muito engraçada que é a de um fotógrafo de revista cor-de-rosa que persegue constantemente uma estrela de televisão com o objectivo de obter imagens comprometedoras, mas acaba por se apaixonar pelo seu digamos “ganha-pão”. O amor acontece assim numa rua de Lisboa. A bela e o paparazzo é um momento de cinema que serve para descomprimir, é divertido e é o típico filme romântico que todos gostamos de ver. Não é um exercício brilhante de cinema, mas atinge o seu objectivo que é entreter os espectadores. Pelo menos tem um ponto muito positivo, a meu ver, não tem cenas de nudez desnecessárias, o que por si é de louvar. O que mais gostei foi o realizador ter tido o cuidado de filmar em zonas muito bonitas da capital. A fotografia é encantadora. Lisboa está presente sempre ao virar da esquina, com a sua arquitectura mais moderna e os espaços mais antigos cheios de charme. Digamos que é a terceira personagem desta longa-metragem. A cena dos dois actores a dançar na praça D.Pedro IV é muito poética, quase lembra em muitas cenas La Dolce Vita de Frederico Fellini, sem o banho na fonte, claro! A actriz, Soraia Chavez é uma convincente estrela de telenovela que é alvo da perseguição sem quartel das revistas cor-de-rosa. Marco d’Almeida é a outra metade deste inverosímil par romântico e tem um segredo que pretende ocultar da sua amada. A actuação de ambos é muito boa para o género e Nuno Markl faz o contra-ponto cómico que torna este filme um bom momento de cinema.