Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

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Coisa ruim

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Um filme realizado por Tiago Guedes e Frederico Serra.

É considerado o primeiro filme de terror português e embora concorde, vou muito mais além desse epíteto, acredito que um dos melhores filmes de suspense feitos em Portugal. O argumento de Rodrigues Guedes de Carvalho é excelente e a história é muito bem contada. Tudo gira em torno de uma lendária maldição que assola uma casa no interior do país e os efeitos devastadores que terá na vida de uma incauta família dos subúrbios, até aqui nada de novo, mas as semelhanças com outros filmes terminam aqui. No fundo, esta película é um reflexo da nossa cultura, aborda as entidades de outro mundo que deambulam neste plano de existência em busca de vingança, ou que apenas pretendem perturbar os vivos e as crenças populares em torno dessas figuras demoníacas, evocadas nas aldeias tementes de Deus, a questão não passa pelo acreditar ou deixar de acreditar, mas sim, como o padre afirma logo no principio, no como refutar a sua não- existência? A passagem do tempo é também muito importante neste filme, parece que nunca mais passa…até irrita. O argumento encaminha-nos cuidadosamente para um climax de contornos sobrenaturais sem defraudar, não é que seja inesperado, é a angústia da incerteza que alimenta a nossa curiosidade até o derradeiro final. Não quero descortinar demasiado, porque não pretendo que a vossa apreciação seja poluída de certa forma pelo que eu possa acrescentar sobre este filme. O que posso adiantar sem exagerar, mais uma vez, é que merece ser visionado, nem que pela bela sequência de planos que encadeiam a acção, aliás, este é outro dos pontos a favor deste thriller psicológico, quando os personagens abrem os portões do solar, por exemplo, por norma nos filmes do género as “pobres vitimas” dão de caras com umas portadas de certa forma decadentes que já auspiciam algo de mau, nesta película, notem como é tudo filmado ao contrário por assim dizer, quem é o espectador? Por último e não menos relevante nesta minha apreciação é o trabalho do grupo de actores, que estiveram também à altura do desafio, uma elenco recheado de nomes bem conhecidos dos portugueses e outros menos, jovens valores, que fizeram juz a este “coisa ruim”. Bom cinema!

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