A segunda edição promete mais filmes, cerca de 30 peliculas, das quais cinco são de cineastas portugueses. Uma programação que continua a assentar na temática ambiental e da floresta laurissilva, mas num cenário ao estilo dos anos vinte. Bem-vindo.
O tema da edição do Madeira film festival 2013 remete-nos para a iconografia nacional, Amália Rodrigues. É deliberadamente diferente.
Aitken Pearson: Sim, procurámos um conceito original. Quando olhámos para alguns dos posters de festivais são um tanto quanto previsíveis e tornam-se um pouco aborrecidos após um curto espaço de tempo, por isso, procurámos abordar uma imagem mais clássica dessa era, depois há a componente da floresta através das flores no cabelo e o cachecol remete-nos para o cinema.
Elsa Gouveia: O tema é sempre a laurissilva, mas este ano abordámos a temática dos anos vinte. Tivemos o “portuguese sprectrum” o ano passado que se irá manter. O cartaz tem a Amália Rodrigues porque pretende-se levar a imagem nacional pelo mundo, se há uma cara reconhecível é ela.
O que vai ser diferente nesta segunda edição do MFF’13 em termos gerais?
AP: Vamos apresentar os filmes no teatro Baltazar dias, porque é central, é maior, é mais confortável e é um edifício muito bonito, era uma pena não aproveitar.
EG: Mudam algumas coisas, cinco dias de filmes, dois dias de natureza que o ano passado não tivemos e o vinho da Madeira, através do instituto do vinho, é a bebida oficial do evento.
Vão manter a mesma programação?
AP: Sim, para além dos filmes em competição, teremos os seminários, os workshops, as festas e um espectáculo de moda, que ira decorrer no hotel Reid’s.
Uma das convidadas apontadas é a actriz Maria de Medeiros, ela também vai falar de cinema?
AP: Ainda não sabemos, temos de discutir isso com o seu agente. Mas, assim esperámos. Ela vem para dar um concerto.
Sem descortinar demasiado da programação o que pode já adiantar?
AP: Eu penso que os filmes são melhores. A natureza, o meio ambiente continuam a ser a temática dominante. Vamos mostrar 30 filmes e muitas curtas-metragens. Temos 5 cineastas portugueses em competição e uma equipa da Madeira vai apresentar um pequeno filme.
Quanto ao tema educativo, o concurso para as escolas, sei que o ano passado não houve uma grande aderência, o que muda este ano?
EG: No ano passado fomos ambiciosos demais. Tínhamos oito propostas para as escolas, em diversas áreas. Este ano temos apenas três, melhor vídeo, melhor fotografia e melhor conto ou história, que pode ser quer em português, quer em inglês. É necessário levar o projecto até as escolas e com tantas áreas só seria possível se tivéssemos mais pessoas.