A arte do cinema de animação poderá estar em vias de extinção no nosso país graças a falta de apoios financeiros.
O cinema de animação começou timidamente nos primórdios do cinema mudo e foi ganhando uma maior projecção ao longo do tempo. Actualmente, eles ocupam um lugar de destaque no entretenimento infanto-juvenil, embora haja projectos que extrapolem para um público mais adulto. No nosso país, existem duas produtoras de cinema animado que tem vindo a ganhar projecção internacional. Um desses exemplos provém da sardinha em lata, com a curta-metragem “a suspeita”, de José Miguel Ribeiro, que venceu em 2000 o cartoon d’Or e os célebres “patinhos” da produtora animanostra que encantou gerações de miúdos portugueses. Passados 11 anos, a producção nacional vive grande momentos de incerteza, fruto de uma ineficácia política em termos culturais. O impasse deve-se a uma inércia institucional que impede o financiamento de projectos de animação já aprovados, através do fundo de investimento para o cinema audiovisual. Apesar das dificuldades inerentes a qualquer actividade artística no nosso país, o cinema animado português tem vindo a crescer e a ganhar reconhecimento. Um trabalho que muito se fica a dever aos apoios do Instituto de Cinema Audiovisual e aos festivais do género que promovem o trabalho destes profissionais e dos jovens cineastas que pretendem irromper no mercado do audivisual. O futuro contudo, mostra-se incerto. A aposta no mercado nacional é claramente delimitada e os mercados externos no sector são altamente competitivos, fruto do quase monópolio americano no cinema de animação.
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