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Uma produtora de filmes to Die4

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Surgiram há quatro anos e apesar de serem uma pequena empresa, estão à procura o seu lugar ao sol no mercado global. Têm como objectivo abordar de uma forma contemporânea o fazer imagem e acima de tudo contar histórias sobre mundos paralelos.

Não é limitante ter uma produtora de filmes numa ilha?Marta León: Acho que não, porque temos trabalhado para fora, claro que existem limitações geográficas e não há nada, os nossos conteúdos são para Internet e são produzidos para esse efeito. A plataforma não é física.

Então houve uma forte aposta no mercado global?
Filipe Ferraz: Sim o objectivo é esse, há algumas limitações contudo. Estamos longe dos centros de decisão, estamos também longe de clientes que se calhar tem mais visibilidade. Mas, mesmo com esses "obstáculos" decidimos abrir a empresa cá, até porque hoje em dia, com a comunicação online é tudo mais fácil para chegar a esses tais clientes.
ML: O nosso maior trabalho têm sido sempre os documentários. Depois apoiamos outros projectos como a curta do Rui que foi algo que quisemos fazer que, é de ficção e foi aprovada nesse sentido, mas o nosso mercado é mais a publicidade o que as empresas mais necessitam, que tem sido algumas para televisão, mas sobretudo na Internet, vídeos promocionais e alguns eventos. Ajudamos ainda equipas de filmagens que vêm de fora. Esse aspecto é muito interessante porque aprende-se muito e precisam sempre de alguém que conheça o terreno. Depois, nós conhecemos as entidades, e por outro lado, torna o nosso trabalho mais internacional.

Foi difícil implementar uma produtora na Madeira?
FF: Ao início foi. Nós começamos de uma maneira muito activa que foi a apresentar projectos, implementar propostas em algumas empresas, ou entidades que achávamos que necessitavam de melhorar a sua imagem institucional. Foi difícil enquanto não tínhamos nada para apresentar, a partir de certa altura, já não tínhamos apenas argumento, mas sim trabalhos que já realizados. E nesse fase, as pessoas gostaram da nossa maneira de fazer vídeo, contar uma história e da nossa forma de transmitir a informação.

Das diferentes vertentes que abordam, qual a vossa preferida?
ML: Eu gosto dos documentários. Porque obriga a entrar mesmo na história e as pessoas de quem estamos a trabalhar. Obriga-nos a perceber de que estamos a falar e a estudar. Gosto também de qualquer área da produção, mas o que mais me agrada é de dar acompanhamento de equipas de filmagem de fora, porque permite-me o contacto com pessoas diferentes, de diversas áreas e acho isso muito estimulante, motivaste e faz-nos crescer.
FF: Ao igual que a Marta gosto mais do documentário, porque estamos 3 meses a filmar uma história com meia dúzia de pessoas num mundo que não é o nosso. Há muitas pessoas que passam por nós na rua, das quais não sabemos nada e de repente nos apercebemos que existem uma série de mundos ao lado dos nossos e é isso que queremos contar. Na ficção, eu não sei se gosto ou não. Estou a entrar com muito esforço.

Porquê?
FF: Por falta de experiência e prática. É necessário lidar com actores, em oposição no documentário falamos com as pessoas e da sua vida, é real. Nos filmes temos de dizer, agora dá um passo para trás, agora ri. Ainda não encontramos a nossa maneira de trabalhar em ficção.
ML: No documentário temos de conquistar as pessoas com quem vamos trabalhar para que se sintam à vontade para contar as suas coisas e esquecerem-se que a câmara esta ali. Enquanto na ficção, não podemos esquecer que ela está ali, e tudo é feito para a Câmara. E nós temos de educar as pessoas que se colocam em frente da lente. No documentário não, o desafio é outro, é necessário criar a proximidade nesse mundo.

Qual foi o documentário que mais vós marcou?
ML: Para mim o corpo eléctrico do grupo de dança com a diferença, pelo próprio tema. É um grupo de dança inclusiva, têm pessoas no elenco sem deficiência e com deficiência motora e não só.
E foi...faz-nos ver tudo de outra forma. Não sei, é a fragilidade do corpo que me interessa muito e da forma como o Filipe explorou em termos de realização. É um tema que é muito próximo, bem já era. E trabalhar nele foi um privilégio.
F: O corpo eléctrico pelas mesmas razões que a Marta enunciou e porque era o primeiro que estávamos a fazer da nossa cabeça, tive também de aprender como fazer e foi desafiante.

www.die4films.com
www.facebook.com/pages/die4films/327625292756
http//vimeo.com/9780060

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