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O olhar que engole o mundo

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Patrícia Tavares possui um curriculum invejável como actriz que se deve apenas ao seu enorme talento e capacidade de dar o corpo e até a alma as suas personagens. A sua fragilidade física é apenas uma miragem quando comparada com a sua capacidade de entrega a sua arte, a representação.

A Patrícia Tavares tem feito recentemente feito personagens à sua medida, que foram pensados para si, tanto em telenovelas como em filmes, estou a lembrar-me do caso da Célia Careca.
Patrícia Tavares: Esse não foi escrito para mim, tive de fazer o casting, outras colegas também o fizeram e tive o privilégio de fazer parte desse projecto com essas pessoas maravilhosas que são o João Paulo Rodrigues, o Pedro Alves e o Nicolau, a Melánia e a Alda.

É curioso que agora a seleccionam para papéis mais cómicos que era algo que não acontecia anteriormente, fazia personagens mais dramáticos.
PT: Sim, de uns anos a esta parte tenho conseguido juntar mais o drama e a comédia.

Achava que era porque a subestimavam? Que não era uma actriz para comédia?
PT: Não sei o que era, acho que as pessoas tem de conquistar o seu espaço e eu tenho vindo a conquistar o meu.

Esses papéis marcantes mais recentes na comédia, acontecem porque prefere o género, ou é mais uma actriz dramática?
PT: Não eu gosto de fazer comédia, não tenho preferência em termos de genéro, divirto-me mais, é um estilo mais solto e fluído, persegue menos a minha vida, porque é mais imediato. O drama é mais denso, vai contigo para casa algumas vezes, porque a energia é mais pesada e nem sempre te consegues libertar das personagens. A comédia nesse aspecto é óptima, nunca a levas contigo.

Começou na televisão, num papel muito forte, havia até uma cena marcante com o Vírgilio Castelo e olhando esses anos para atrás, tendo em conta essa telenovela onde se estreeou muito jovem, o que pensa?
PT: Passou pressa demais. É tudo muito rápido. Temos que aproveitar tudo o que a vida nos dá e aproveitar da melhor maneira, esse foi sempre o meu objectivo.

Então como prepara as personagens?
PT: Depende, há pesquisa, umas personagens dão-me mais trabalho que outras, ou vão surgindo naturalmente, não há um esquema montado.

Há algum destes papéis que tenha sido mais marcante, referiu que tem personagens em que é mais difícil despir a pele.
PT: Não. Todas elas foram marcantes, não nesse sentido que me tenham feito mal, ou deixado deprimida, nunca.

E no ponto em que se encontra ao nível profissional e com a maturidade que possui, quais as personagens que gostaria de fazer?
PT: Não tenho esse objectivo. Quero fazer todas as que me convidarem e que forem surgindo, não tenho nenhuma a quem gostaria emprestar mais o corpo e alma, aprendo com o que for e com todas elas.

De todas as áreas onde se move, onde se sente mais actriz?
PT: No teatro, é o mais completo. A pessoa esta inteira, no todo, é uma área que exige essa entrega, o espectador olha para ti enquanto uma figura, há essa fisicalidade, o corpo e a voz, tudo tem de lá estar, se calhar é mais estimulante. Bem, não, eu gosto de todas as áreas, não tenho preferência, nem grande, nem pequena.

Como já referi começou na televisão muito jovem, como olha para a ficção portuguesa?
PT: Cheia de talento e muita gente nova a aparecer o que é óptimo.

Mas, acha que houve uma evolução mesmo em termos da escrita?
PT: Claro, escrita e tudo.

Criticam-se mais os argumentos pela falta de coerência em termos de núcleos de personagens. Daí o êxito do “meu amor”, pelos diferentes grupos.
PT: Todos estámos a evoluir e a escrita tem ainda um espaço para crescer muito.

E para os actores o que nota?
PT: Noto que somos um país cheio de talento e que esta em todas as idades e enquanto puderem fazer mais, mais ricos se tornarão como actores.

Fala-se também de uma geração que é usada e jogada fora logo a seguir, jovens quase sem formação.
PT: São caminhos. Eu não sou ninguém para julgar quem quer que seja, se esses são os percursos dessas pessoas, porque não há-de percorre-los? Agora, há que ter consciência que se calhar a estrada é mais curta, não é longa, mas continuo a achar que devem aproveitar as oportunidades que surgem, não sou contra, muito pelo contrário.

Como actriz o que lhe falta ainda percorrer?
PT: Tudo. Ainda muita coisa, uma vida pela frente. Eu trabalho e ainda bem, esse é o meu objectivo. Gosto de aprender, sinto que as personagens que tenho conhecido ao longo deste tempo são muito diferentes uma das outras, tenho a certeza que tenho muito ainda por fazer, sem dúvida.

Tem um novo projecto na manga?
PT: Estamos a montar um espectáculo com a Célia Careca, exactamente. Estará em itinerância por todo o Portugal.

Surge por causa do sucesso da personagem?
PT: Sim, a personagem foi muito bem recebida por parte do público, ela já existia na televisão interpretada pelo João Paulo, mas no cinema fui eu que lhe dei o corpo e correu muito bem, foi mesmo muito bom.

http://www.elitelisbon.com/pt/all-models/actors/feminino/patricia-tavares

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