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Os caloiros

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Os dul n’nouk white são uma jovem banda rock alternativo como eles próprios se definem. São um grupo com uma sonoridade de fusão que alia a junção de vários instrumentos nos seus temas. Cantam em português e inglês porque lhe apetece e o seu maior sonho é tocar fora da ilha. A estreia auspiciosa foi na abertura do Funchal Music Fest Live’ 11.

Como é que tudo começou?

Sandra Branco: Eu tinha um projecto a uns anos atrás, que infelizmente teve que acabar. Depois comecei a fazer uns trabalhos e sentimos a necessidade de ter uma bateria e outros instrumentos e foram surgindo os restantes elementos que vieram de outros projectos e a banda foi crescendo aos poucos, fomos acrescentado um piano, um violino e uma harmónica e cá estamos.

Qual é o vosso estilo musical?

SB: Não temos estilo musical somos uma banda rock alternativo. Tocamos desde blues, a modificações de fado e música mais industrial. Nós tocamos um pouco de tudo. Não planeamos ter nenhum estilo. Vamos tocando.

Compõem as vossas músicas? Qual é a fonte de inspiração?

SB: O espírito. Somos diferentes em termos de gosto musical. Cada um de nós faz música á sua maneira e a fusão resulta numa canção. É o nosso trabalho. Vários gostos distintos e sai dul n’nouk white.

Cantam em inglês e português.

SB: Exacto. Temos dois temas em português. Um deles é um cover da Amália Rodrigues e de resto é em tudo em inglês, de uma forma natural. É o que a letra nos pede. Não nos projectamos em inglês ou português é conforme nos apetece

Marco Panamá: Mas, estamos também a pensar cantar em alemão.

Como é que uma banda pode sobressair numa ilha?

MP: Não consegue. Não fazemos. Temos vários grupos na ilha, mas nenhum saí daqui, a não ser por si só, como músico, porque como banda não saem. Temos um limite psicológico e isso se reflecte nas pessoas, tudo o que é local não está à altura do que se faz fora daqui. E como se pensa dessa maneira, não há evolução, não há hipótese. Nenhum de nós tem capital para comprar bons instrumentos e um sítio para ensaiar. Todos trabalhamos durante o dia e ensaiamos de noite. Há pessoas que saem do trabalho e vão descansar, nós não. Obviamente que não são todos os dias, mas temos uma vida muito complicada, para compor o tipo de música que fazemos e ao nível de ganhos e projecção é zero. Ou muito pouco.

Procuram então projecção através da internet?

MP: Não, o que colocamos na internet são as datas dos concertos. Não temos vídeos, só temos áudio.

Quer dizer que esta é a primeira vez que vão ter uma projecção ao nível nacional com este festival?

MP: Sim, sim. Num palco grande, sim. É o maior de todos, mesmo em termos de organização, vamos ver que o tipo de projecção que nos dará. Não há garantias de nada.

Então o que significou ganhar?

MP: Tivemos mais pessoas a assistir aos concertos e foi o melhor até agora.

Então como vêem o panorama musical, é muito difícil entrar?

MP: Sim é muito difícil entrar. As pessoas só se conseguem manter numa banda com muita paixão.

SB: No inicio é muito difícil haver reconhecimento, pelo menos cá. Só com muita persistência e paixão, porque tem que haver nas artes, porque senão não existem projectos e ponto final.

MP: Somos teimosos. Estamos aqui, porque queremos fazer a nossa música, quer agrade ou não.

O sonho é gravar um CD?

MP: Não, o que queríamos mesmo é tocar fora da ilha. Em Portugal e no estrangeiro para ver se as pessoas gostam da nossa música. A projecção é muito boa, as pessoas dizem que gostam e os que não, nada dizem. É bom. Tem corrido bem até agora, gostaria de ver o que vem a seguir, não queremos parar por aqui. O CD é secundário.

SB: É difícil avaliar o trabalho que fazemos. Temos o feedback do público cá, que é para já muito bom, mas gostávamos de saber o que se passa lá fora e que pensam de nós.

MP: É isto que nos mantém com vontade e persistência, é tocar ao vivo. É ver as reacções das pessoas, experimentar o palco e as luzes, do fumo da relva.

SB: Os atrasos (risos).

MP: É disto que gostamos. Passamos horas no local de ensaio, abdicando das nossas famílias para estar a ensaiar, numa sala pequena com 40 graus, é uma prova de resistência. Nem falo sequer da questão monetária, essa raramente existe. Tocamos à borla. Somo mesmos teimosos ou apaixonados pela música ou somos a junção destas duas facetas.

http://www.myspace.com/dulandnoukwhite

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