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Alentejo prometido

Escrito por 

Um livro que foi lançado sobre forte polémica cujo autor é Henrique Raposo.

Devo confessar que a minha curiosidade levou a melhor no que concerne este pequeno livro, apenas o li por causa da celeuma e polémica que envolveu o seu lançamento. Fiquei deverás perplexa perante o movimento de ódio e de verdadeira censura, ao qual nunca tinha assistido em Portugal, que visava impedir o seu lançamento e pensei, mas afinal o que contém este volume de 107 páginas de tão terrível ao ponto de ameçarem o autor? E o que descobri? Que as pessoas que pretendiam boicotar “Alentejo prometido” concerteza não o leram com atenção. Henrique Raposo não denegriu, ou tentou destruir a imagem bucólica para além do Tejo, apenas faz um retrato pessoal, baseado nas origens da sua família, que utiliza como alicerce para abordar a história das gentes alentejanas e tenta explicar o porquê da sua maneira de ser e de estar na vida sem branquear o seu passado e isso é deveras corajoso e inovador. Li de forma obsessiva este livro, porque achei a escrita deste autor interessante, não há desperdício de palavras, o seu raciocínio é claro e conciso, ele até assenta algumas das suas conclusões em dados publicados pelo censos ou de estudos cientificos e não pude deixar de regozijar-me pelo facto de que finalmente alguém tem uma explicação, deverás lógica, para as altas taxas de suícidio que sempre assolaram esta parte do país e que não se baseia apenas na dita solidão quase endémica dos alentejanos. Outro aspecto que apreciei nesta obra foi o me ter sido dado a conhecer a maneira de ser e estar das mulheres alentejanas, foi uma verdadeira descoberta, a sua liberdade no que concerne o casamento e os filhos, depois a comparação que Henrique Raposo estabelece com o Norte do país, diria que foi extremamente elucidativa e fez-me ver com outros olhos as alentejanas no geral, mas no bom sentido. Gostei muito deste “Alentejo prometido” não por causa da polémica que o envolve, mas porque o autor dá-nos a conhecer uma parte de Portugal, através do seu testemunho pessoal sem complexos e não é por causa do livro que vou deixar de amar o Alentejo, muito pelo contrário, o meu amor ainda é maior se porventura tal é possível, a diferença é que é mais real. Boa leitura.

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