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O amor negro

Escrito por 

marcl

Uma obra literária de Mário Cláudio que não é um romance, mas sim o relato de várias vidas enclausuradas. É uma pisco-reportagem de comuns mortais imortalizados pela caneta do autor.

A Ursamaior é um livro que percorre a vidas de várias pessoas que por diversos motivos, (e poderão constatar quais na vossa leitura) vão parar a cadeia. As histórias não estão interligadas entre si, nem sequer os “personagens”, aliás são todos casos reais, o único elo porventura é o espaço prisional.

Esta publicação têm um carácter muito pessoal para mim, uma vez que o seu conteúdo foi debatido nas aulas com o próprio autor, Mário Cláudio que  foi um dos docentes da minha faculdade.

Das pequenas histórias que constam desta psico-reportagem, designação criada pelo próprio, houve uma que nunca esquecerei porque levantou uma discussão acesa na sala de aula, o drama de Henrique, o estudante de medicina que mata a sua ex-namorada, em pleno dia, na universidade que ambos frequentavam. O inquietante Mário Cláudio interrogou-nos se haveria o chamado amor negro?

Um amor que desconhece o constante sorriso nos lábios, a felicidade de estar na companhia de alguém que nós ama e a partilha daqueles momentos e sensações inesquecíveis e da cumplicidade implícita.

Será que há um amor feito de ansiedades quase doentias pela presença do ser amado, de troca de insultos de recriminações que terminam em autênticas batalhas, de tristeza sim, por não conseguir arrancar da alma a necessidade de estar ali colado a aquela pessoa com que...não podemos viver com ela, nem sem ela?

Ou será que o crime que Henrique cometeu resultou apenas de um ciúme doentio pela perda da algo que tinha como seu? Para responder a estas duas questões... sim, vai ter que ler! Sim, é verdade, sou uma desmancha-prazeres. Que horror! LER? Não podia desembuchar tudo logo! Não, leia, pense e reflicta. Só posso adiantar que Mário Cláudio considera que o Henrique não é mentalmente instável.

Quanto as conclusões do debate que se gerou na nossa sala, apenas posso dizer que o resultado foi inconclusivo. Havia aqueles que defendiam a existência de tal coisa, o tal amor negro e outros que pura e simplesmente argumentaram que isso não passava de um termo romântico para justificar um comportamento de si inaceitável. Leia e decida. Boa leitura!

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