Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

h facebook h twitter h pinterest

Relação do descobrimento da ilha de são tomé

Escrito por 

É uma reedição de uma resenha histórica sobre este território africano descrito por Manuel Rosário Pinto.

Proponho mais um livro de consulta sobre a história de um pequeno país, uma ex-colónia portuguesa, São Tomé e Príncipe. É o relatório anónimo contemporâneo de Manuel Rosário Pinto sobre a revolta de escravos, liderado por Amador ao qual o padre teve acesso e o retrato da estrutura socioeconómica do território. A descrição engloba o período de 1473 até 1734, ano da sua conclusão. O historiador Arlindo Caldeira faz uma reedição deste documento com uma introdução sobre a vida e obra deste eclesiástico e notas explicativas sobre o texto. Um dos capítulos que pretendo focar, é a vida de uma das personalidades mais famosas da ilha, Amador. Ele foi um escravo cativo nascido em São Tomé que liderou a primeira grande revolta de escravos em 1595. Tudo começou a 9 de Julho desse ano com a matança de alguns brancos e terminou vinte dias depois com a rendição dos escravos, após uma batalha desigual em todos os sentidos. Embora, os insurrectos fossem em maior número, fontes históricas citam 5 mil escravos que invadiram a cidade, estavam praticamente desarmados e não tinham qualquer tipo de plano viável o que precipitou a sua derrota. Os líderes dos amotinados, os generais de Amador, foram presos ou enforcados. Quanto ao destino deste herói santomense, segundo o relato de um documento existente no Vaticano, terá sido executado e esquartejado para servir como exemplo.  Mas, qual foi a importância desta personalidade na história da ilha? Apesar da revolta ter sido de curta duração, o facto é que nesse espaço de tempo foram destruídos mais de metade dos engenhos de açúcar, que precipitaram o declínio da industria no arquipélago, que nunca mais recuperou após a insurreição. Actualmente, Amador é considerado um herói nacional, mais conhecido por Rei Amador dos Angolares, embora não haja provas históricas que comprovem a veracidade deste título, aliás vários historiadores a refutam, julga-se que a lenda provém de uma tradição oral que remonta do século XVI que se mantém até os dias hoje em de São Tomé. Para quem gosta de história e de obter mais conhecimentos sobre os países que integram a lusofonia e compreender o percurso do padre Manuel Rosário Pinto, este é um livro para ler com atenção. Boa Leitura.

Deixe um comentário

Certifique-se que coloca as informações (*) requerido onde indicado. Código HTML não é permitido.

FaLang translation system by Faboba

Eventos