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Alice in themood

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É uma marca que vende na internet peças de roupa divertidas adequadas a todas as nossas mudanças de humor feminina. É um projecto de Rita Neto que aposta sobretudo em colecções muito exclusivas e fáceis de conjugar no dia-a-dia.

Como é surgiu a “Alice in the mood”?

Rita Neto: Surgiu aproximadamente há dois anos, mais coisa menos coisa. De forma muito simples, sabe quando as pessoas querem fazer uma compra diferente do que vem nas lojas e não encontram nada, porque tudo é caríssimo? Eu pensei em encontrar coisas engraçadas lá fora, infelizmente a maior parte dos meus fornecedores são estrangeiros, e comecei a traze-las para cá. Começou por uma brincadeira, mas foi resultando e foi crescendo.

Há duas componentes neste conceito, a parte têxtil e os acessórios, foi desde sempre a tua ideia inicial ou foi acontecendo?

RN: Foi acontecendo, aliás, a parte dos acessórios é muito recente. A Alice na época de outono começou a entrar devagarinho nas malas, porque antes era só têxteis, enfim de tudo um pouco.

Fala-me um pouco das colecções, O que procuras para ser diferente?

RN: Eu procuro sempre abordar algumas tendências, que marcam a estação. Procuro peças diferentes, incomuns, que não sejam iguais as que se vê na Zara ou na Mango, não depreciando. Busco algo mais exclusivo com qualidade obviamente e a um valor que permita as pessoas acederem a uma camisola, ou a uma t-shirt. O objectivo é que possam adquirir 3 ou 4 peças engraçadas, que sejam engraçadas, sem um esforço financeiro muito grande, foi esse o início da Alice.

Referiu a pouco que os seus fornecedores eram todos estrangeiros, isso aconteceu porque, não conseguiu encontrar na produção nacional peças que reflectissem à Alice?

RN: Haver há, já trabalhei inclusive com duas marcas portuguesas. Os produtores portugueses e os criadores nacionais misturam-se um pouco, os mais pequenos são fabricantes/ criadores, tem peças muito engraçadas, estão é muito acima dos valores que pretendo comercializar e muito menos online.

Então é mais fácil de obter essas peças diferenciadas no estrangeiro?

RN: Sim, infelizmente é uma luta que tenho, assim como outras pessoas. Eu por mim se pudesse só comercializava produtos portugueses, porque existem, são excelentes e já os comercializei inclusive, só que a realidade em termos de negócio é muito mais rentável ao adquirir marcas com preços mais competitivos, são peças giras e com uma qualidade razoável. Em Espanha há muitas com essas características.

Recentemente começastes nas malas, já pensaste numa terceira componente para a “Alice in the mood”?

RN: Eu pensar já pensei, só que tento não arriscar muito e fazer as coisas devagar. Eu gostava de incluir sapatos, que é um risco enorme, porque uma coisa é uma camisola que fique mais folgada ou menos, outra coisas é enviar sapatos, escolher o número adequado e se não servir, volta para atrás e actualmente existem empresas vocacionadas para a venda do calçado que funciona lindamente. Eu acho que cada macaco no seu galho.

Quando criaste o teu pequeno negócio a tua primeira opção foi sempre que fosse online? Porquê?

RN: Sempre, por várias razões. A primeira, porque a Alice é uma ocupação, eu tenho uma profissão, de outra forma seria complicado, porque teria de contratar colaboradores obviamente. Depois o facto de ser online funciona lindamente, embora haja sempre complicações que o físico evita, estamos cá para as resolver. Depois há a questão física, o facto de não ter uma loja em termos de lucro é uma grande vantagem. O não ter de pagar um aluguer, luz e água faz muita diferença.

Consegues traçar um perfil das mulheres que compram as peças da “Alice in the mood”?

RN: Consigo traçar dois perfis. Á medida que a Alice foi crescendo consegue-se fazer um perfil das mulheres que vão comprando as peças e o que gostam. É uma mulher entre os 30 e os 40 anos que gosta de peças divertidas para levar a um ou dois eventos que marquem e depois muita delas tem filhas, primas e enteadas. São também mulheres jovens que estão no facebook e são elas que muitas vezes pedem as mães para comprar e as mães acabam também por comprar para elas. Há sempre peça com uma linha mais jovem e mais descontraída, os leggings, as calças de ganga para as mais novas e tenho outras roupas mais clássicas de fácil conjugação, porque a ideia é sempre essa. Não há apenas um perfil.

Tens alguma peça que tenha sido a mais emblemática das colecções todas que apresentaste?

RN: Tenho definitivamente. Uma camisola que já não existe era enorme e redonda, e tinha uma caveira enorme na frente. Foi uma peça que se evidenciou porque foi usada por uma daquelas bloggers que movem muitas pessoas e portanto, quando ela colocou um post dela com a camisola vestida, devo ter tido por volta de 500 encomendas e depois como eu quero que a Alice seja exclusiva, há um número máximo de peças. Nunca vem mais de 50.

Isso resulta de uma escolha pessoal, é assim que decidistes que seja?

RN: Exactamente. Por duas razões, eu alimento o conceito da exclusividade e é óbvio que tenho clientes em Portugal inteiro e na Europa e eu sei que não encontrámos 4 clientes com a mesma camisola em Lisboa, mas a ideia é sempre essa adquirir o mínimo. Depois como as pessoas sabem que há um número finito de peças, há uma reacção muito mais rápida. Eu pus a colecção há dois dias e já esta quase esgotada. Não passa pelo pensar primeiro e comprar depois, a escolha foi minha nessa matéria.

Para além das portuguesas que outras clientes fazem parte do mundo da Alice?

RN: A Europa toda praticamente. Tenho clientes de outros países, opto por não enviar para fora da Europa, embora os EUA seja relativamente acessível. Para o Brasil é muito difícil, tenho duas clientes, mas é complicado porque as peças ficam na alfândega presas por muito tempo e depois elas queixam-se que não as recebem, mas eu envio, só que a encomenda chega um mês depois e Angola não correu muito bem, por isso evito enviar para fora do espaço europeu.

Porque “Alice in the mood”?

RN: Na prática é a conjugação da Alice in Wonderland com a Alice dos nossos diferentes moods. Hoje apetece-me estar tranquila, mas amanhã posso sentir-me mais sensual. Todas temos os nossos géneros diários e até vários no mesmo dia. É uma conjugação do que somos como mulheres e do país das maravihas.

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