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Chapéus há muitos

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Com o verão à porta nada melhor que um chapéu para refrescar as ideias.

A origem do chapéu esta intrisicamente ligada à necessidade de cobrir e prender o cabelo, daí a origem do seu nome em latim, “cappa” ou “capucho”. Os primeiros modelos surgem há 4000 anos a.c., no antigo Egipto, Babilônia e Grécia e não eram mais do que uma faixa de tecido presa na cabeça. Actualmente essa tira estreita é colocada em torno da copa dos chapéus da atualidade,a fita ou bandana, que é um remanescente desse primeiro protótipo. O primeiro chapéu efetivamente usado foi o "pétaso" por volta do ano 2.000 a.c. Tratava-se de um chapéu dotado de copa baixa e abas largas que os gregos faziam uso em suas viagens como uma forma de proteção. Era uns tipos práticos, ajustáveis, podendo ser retirado com facilidade, tendo perdurado na Europa por toda a Idade Média. O dado curioso sobre a história deste acessório de moda é que se ao princípio o chapéu surgiu apenas pela necessidade de cobrir a cabeça, ao longo dos séculos foi sendo apurado nas suas mais diversas formas e tamanhos por uma questão de estatuto social, o clero e a nobreza usavam-no para distinguir-se das restantes classes e como sinal da sua riqueza. No que concerne a evolução dos modelos femininos estes surgem por imposição do clero, era necessário cobrir a cabeça e os cabelos por pudor e respeito, segundo o livro a história do chápeu, “o abrigo mais simples era constituído por uma peça de linho, caída sobre os ombros ou abaixo deles. Os véus de noiva e as mantilhas das espanholas são sobrevivência da moda desse tempo. No século XIII, costumava-se prender a este véu, duas faixas, uma sobre o queixo e outra sobre a testa, de modo semelhante ao hábito que as freiras ainda conservam. No final da Idade Média, era hábito das mulheres colocar uma armação de arame com formatos de coração, borboleta, etc sob a peça de tecido tornando-os extravagantes. Os cabelos eram penteados para trás, escondidos, e, se cresciam na testa, eram raspados para que o chapéu fosse a atração principal. Em 1500 começa-se a usar os capuzes enfeitados com jóias e bordados. Muitos outros tipos surgiram até o final do século XVIII, quando apareceram as primeiras chapelarias, lojas onde se comercializam chapéus, que utilizavam em seus chapéus materiais como a palha, o feltro, tecidos, enfeites variados e elaborados de forma a combinar com os penteados altamente sofisticados da época”.
Os chapeleiros passam a ser assim um dos ofícios mais importante ao longo dos séculos, que atinge um dos seus auges no período de Eduardo VII de Inglaterra, filho da rainha Vitória, quando surgem os chapéus denominados de flamboyant por causa do uso de aves e das suas penas como adornos. “Por usarem usarem um tipo de químico venenoso, com base de mercúrio, para tratar e preservar o brilho das plumas de aves usadas pelas senhoras da corte da era eduardiana estes profissionais eram contaminados por metais pesados que lhes atacavam o sistema nervoso central. A toxicidade deste produto químico era tanta que muitos artesãos apresentavam sintomas de graves danos ao sistema nervoso central, como a síndrome de dança de São Vitor, caracterizada por contínuos movimentos involuntários dos músculos da face e das extremidades, chegando a convulsões” cita ainda a publicação. Daí o uso da expressão "louco como um chapeleiro" que foi consagrado num dos personagens do famosos conto infantil “Alice no país das maravilhas”. Com o decorrer do tempo os chápeus ganham ainda mais notoriedade e com a era da indutrialização tornam-se um acessório mais democrático.
Actualmente, podem ser fabricados de várias formas, com diversos materiais e modelos, mas a sua utilização passou de quotidiana para pontual, ou seja apenas é usado em cerimónias importantes, ou como acessório do moda. Curiosamente, um dos modelos masculinos mais populares, o famoso panamá, é agora usado pelas mulheres e continua a ser um sucesso ao nível mundial, porque não só é sinónimo de temperaturas tropicais, como pelo seu elegante formato e acabamento, mas existem os mais diversos modelos e materiais que ampliam a gama de adornos para a cabeça, basta escolher, usar e abusar.

 

 

 

 

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