Mais uma reflexão sobre uma das tendências mais vistas este ano.
Não pude deixar de notar em muitas revistas da moda o enfâse que se tem dado a uns pseudo-vestidos recortados com tecidos transparentes que deixavam antever todas as curvas e contra-curvas das várias mulheres que os vestem ou despem? Não me interpretem mal gosto de transparências, mas o que não aprecio é esta obsessão que, devo acrescentar se verifica mais nas terras do uncle Sam, por mostrar tudo, desde os braços e as pernas tonificadas, ao contorno do peito, a barriga lisa e dura e claro esta, o rabo, mais valiam que fossem nuas, sinceramente. Não me considero púdica, ou moralista, aprecio a beleza estética de um nu num determinado contexto artístico, agora, esta nova tendência de mostrar tudo de uma forma despudorada é revoltante. Vi recentemente imagens da Rita Ora, da Beyoncé, da Irina Shayk e da Rihanna que me deixaram perplexa, em causa não estão os seus corpos, que são belissímos não haja dúvida, mas o mau gosto de usar uns quantos metros de pano que apenas tapam o essencial. Se abordarmos esta questão apenas do ponto de vista do design essas pseudo peças de vestuário são de vulgaridade sem precedentes. O que aconteceu aos tecidos sumptuosos? Os devorés e as rendas que deixavam mais à imaginação do que mostravam? Onde esta o requinte dos acabamentos, a qualidade dos tecidos e sobretudo os universos de sonho do criadores? O que me consola é que na moda tudo é efémero...até o dia.