Deixou os baús das nossas mães e voltou em força ao nosso armário.
Não se sabe ao certo em que século e em que país esta arte deu os seus primeiros passos, o facto é que surgiu das mãos habilíosas das nossas ancestrais tátara-avós e após muitas horas de paciência sob luzes ténues, engenho e muita criatividade, o crochet chegou até aos nossos dias, através dos baús onde as nossas mães guardavam o seu famosos dote para o casamento e aí ficaram por muito, mas mesmo muito tempo, até que… à crise e a necessidade de ter um extra para o final do mês fizeram com que as mulheres voltaram a recuperar esta tradição manual e mais a modernizaram-na aplicando-a nos acessórios, incorporando-a em peças de vestuário e marroquinária. Nunca o crochet esteve tão de moda como na actualidade e esta tendência também já chegou aos designers que já apostam em silhuetas salpicadas de cor e de pontos intrincados. Os diferentes tipos de fios também ajudam na concepção de peças com maior impacto visual, nomeadamente nos vestidos. Há já inclusive estilistas que criam colecções feitas apenas de crochet, uma moda que tem feito muito sucesso além-fronteiras, por exemplo, no Brasil. Em Portugal não se possa dizer o mesmo, já que se trata de todo um imaginário muito antiquado que ainda é latente na nossa mente feminina, destaco os famosos naperons feitos de crochet estrategicamente colocados em cima da mesa, com um vaso por cima, ou uma televisão. Lembram-se? Não foi assim há tanto tempo atrás. O facto é que esta arte manual estava ostracizada e relegada a uma obscuridade propositada até alguém se lembrar que é possível fazer peças bonitas e modernas em crochet e voilá esta de volta por quanto tempo? A moda da próxima estação o dirá.