Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

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Viajando pela moda portuguesa

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Vou falar da evolução da moda no nosso país desde o final do século passado até os nossos dias. Uma revolução do bom para o excelente.

Recordo-me da primeira vez que li referências sobre as mulheres portuguesas e a moda. Foi num artigo muito interessante publicado na revista Sábado, foi escrito por um correspondente da National Geographic que visitou o nosso país, o que interessa aqui para a história era que, o tal cronista, achava no início de século, do século XX que as mulheres portuguesas vestiam bem, eram muito bonitas só que tinham uma mania, sim mania, andavam descalças. Na altura, a pobreza era mania. Se calhar ainda hoje também é assim! Ser pobre é mania, querem ver? Depois deste à parte, já em pleno no século passado, nos anos 70, devem recordar-se dos fatinhos à Grace Kelly , os cabelos tufados, com saias bem abaixo dos joelhos para o bem da moral e bons costumes, nesta altura já as mulheres andavam calçadas, eu sei não consegui resistir! Bem, os sapatos eram os tais com aquelas biqueiras e não se falava de estilistas, tudo era feito na modista mais em voga, com as revista da moda debaixo do braço para copiar os tais modelitos da princesa monegasca.

Com a revolução de Abril, essa a tal, sim a dos cravos, veio o período hippy em força, com as mini saias que deixavam as mães da altura á beira de um ataque de nervos,  os cabelos compridos, as famosas calças á boca-de-sino e uma sinfonia de cores e padrões que cortavam com o ideal de beleza quase casta e clássica do regime.

Os anos oitenta foram os tempos dos brilhos excessivos e dos chumaços e aqui começam a aparecer as tais lojas com roupa alternativa, que eram trazidas das grandes capitais europeias pelas mãos de uma tal Ana Salazar e Fátima Lopes. Ao longo do tempo, ambas referências actuais no panorama nacional, começaram a desenhar e fabricar os seus próprios modelos que vendiam juntamente com as peças vindas do estrangeiro.

Os finais de oitenta a e princípios de noventa chega o reconhecimento dos estilistas nacionais que, para além dos dois nomes que já referi, surgem nomes no mercado como a  Abbondanza e Matos Ribeiro, José Carlos, António Tenente,  Luís Buchinho com a Jotex, Anabela Baldaque e os Maneis. Em 1991, a convite do pelouro da cultura da Câmara Municipal de Lisboa, tem lugar a primeira edição do ModaLisboa e numa rubrica que é denominada sangue novo, são lançados ao longo dos anos seguintes  nomes como Maria Gambina, Paulo Cravo e Nuno Baltazar, Katy Xiomara entre outros.

Com  o final do século a aproximar-se damo-nos de conta que houve uma evolução na forma de vestir das portuguesas, fruto do trabalho destes criadores de moda, a terminologia também acompanha os tempos,  e das várias instituições que sempre associaram o seu nome a melhor produção têxtil nacional com uma grande tradição no nosso país.  Hoje a mulher portuguesa está atenta as tendências da moda e segue-as e só anda descalça porque quer! Pronto, não consegui resistir mais uma vez!!

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