O festival revela os nomes que enchem o seu cartaz de música portuguesa, na aldeia de Cem Soldos, em Tomar.
Durante quatro dias, o festival toma conta de Cem Soldos com sons diversos distribuídos por 8 palcos integrados na Aldeia, uma feira de artesãos, exposições de arte e arquitectura, área de restauração e inúmeras outras actividades que animam as suas ruas, praças e largos.
A rocktrónica de João Vieira no projecto White Haus, o turbo-baile de Tocha Pestana, os jogos rítmicos das Adufeiras do Paúl, as canções tresmalhadas de Diego Armés, as quatro baterias de Tim Tim por Tim Tum e as canções dramáticas de João e a Sombra são alguns dos novos nomes para o alinhamento desta edição.
A Enchufada faz 10 anos e celebra com o BONS SONS. Branko, Rastronaut e Dotorado Pro, nomes emblemáticos da editora criada pelos fundadores de Buraka Som Sistema, vêm encher a noite de ritmos globais.
João Vieira, depois do sucesso aos comandos de X-Wife e DJ Kitten, entrou na composição e produção electrónicas com o projecto White Haus.
A dupla Tocha Pestana, percorrendo deliberadamente a estética pop-rock portuguesa dos anos 80, são os reis do turbo-baile. Pop de bola de espelhos a reflectir nos óculos escuros retro-futuristas.
As Adufeiras do Paúl misturam as palavras das suas recolhas etnográficas com os sons de adufes, peneiras e pedrinhas.
Para lá de Feromona e Chibazqui, projectos que integra, Diego Armés deixa fugir a solo as suas canções frágeis e isoladas, apoiadas no som da guitarra acústica.
As quatro baterias em palco de Tim Tim por Tim Tum (José Salgueiro, Alexandre Frazão, Bruno Pedroso e Marco Franco) comportam um universo tão vasto quanto a imaginação de quem as toca e de quem as ouve.
O actor e músico João Tempera ressuscitou o seu alter-ego musical João e a Sombra. Traz canções negras que consolam as penas e embalam os medos.
Em Agosto, a Enchufada vai levantar os decibéis em Cem Soldos com Branko, Rastronaut e Dotorado Pro.
Banko, pioneiro da editora, depois de uma residência na BBC Radio 1 e Antena 3, editou o seu álbum “Atlas” em 2015, com uma sonoridade classificada como “sonoridade sensualmente dançante”.
Rastronaut encarna na plenitude a missão da Enchufada, de azimute traçado desde o continente africano até Campo de Ourique.
Dotorado Pro, um dos mais recentes nomes lançados pelo selo português, trabalha num misto de afrohouse e sonoridade progressiva.
Jorge Palma, compositor, poeta, intérprete e exímio pianista, estará presente com banda completa. Vera Mantero apresenta “Os Serrenhos do Caldeirão, exercícios em antropologia ficcional”, peça em que a coreógrafa vai além da dança para, numa experiência também sonora, falar da sabedoria perdida dos povos.
Também toca nos projectos Roncos do Diabo e Ai!, mas é a solo que Tiago Pereira se apresenta, aos comandos dos instrumentos de percussão tradicional portuguesa.
Galardoado com o prémio para Melhor Banda Sonora de 2015 no Los Angeles Independent Film Festival, André Barros apresenta-se no seu íntimo nostálgico, com um piano emoldurado num quarteto de cordas.
Os ícones das “Noites Príncipe” da Musicbox, em Lisboa, assentam arraiais até de madrugada, a debitar os sons num apurado ritmo e balanço. São eles DJ Lilocox,NiagaraePuto Márcio.
Os clássicos revisitados pela guitarra e piano de Os Tunos prometem novas versões de temas icónicos, do fado à lambada.
Depois de muito escavar nas feiras, durante meses, por bandas duvidosas, virtuosos improváveis, versões em mandarim, artistas de variedades e discos promocionais, DJ Rubi Tocha traz tudo à baila numa só noite.
A partir de gravações de campo, Luís Antero formou um corpo constituído por 100 sons que respondem à questão, a que soa Cem Soldos? “Cem Soldos, 100 Sons” convida a mergulhar na paisagem acústica da Aldeia, projectando sensações, valorizando uma identidade e arquivando uma memória.
Quem és tu Laura Santos? É simultaneamente uma pergunta intrigante e o nome da actuação que irá receber os primeiros visitantes do BONS SONS. A festa começa com êxitos seleccionados que se estendem da radiofonia dos anos 60 aos (in)sucessos contemporâneos.
Sabendo que grandes eventos são também grandes estruturas de produção de resíduos, promovemos o respeito pelo espaço que acolhe o Festival, a aldeia de Cem Soldos, desenvolvendo estratégias de sensibilização para a reutilização de materiais, diminuição do desperdício e implementação de sistemas de recolha e tratamento mais eficientes. Estas boas práticas ambientais e a contribuição para o desenvolvimento local têm sido motivos de reconhecimento do BONS SONS como um dos melhores e mais sustentáveis eventos de música ibéricos com a melhor Contribuição para a Sustentabilidade e melhor Festival de Média Dimensão no Iberian Festival Awards 2015 e melhor Festival de Média Dimensão 2015 e Festival Mais Sustentável 2014 no Portugal Festival Awards.