Este evento musical, considerado um dos maiores no seu género ao nível europeu, ao igual que edições anteriores, continua a mostrar o trabalho desenvolvido pelos compositores e músicos nacionais, naquela que é considerada a sua idade de ouro maior, bem mais além do que a época da polifonia. Contrariando o desinvestimento na arte e na cultura praticado pelo governo do estado português, os compositores e intérpretes portugueses da actualidade, afirmam uma riqueza e vitalidade sem precedentes às quais o Festival Música Viva dá voz desde 1992, sendo um veículo privilegiado de comunicação da música que se faz aqui e agora e que se reinventa dia após dia.
O concerto de abertura, terá lugar dia 18, pelas 21 horas, que terá lugar no pequeno auditório do CCB, conta com a participação de vários conceituados intérpretes portugueses, Elsa Marques Silva e Luís Serdoura ao piano, Nicolau Pais, recitante e o Coro de letras da Universidade do Porto, sob a direcção de José Luís Borges Coelho, que põem em perspectiva duas obras maiores da produção recente de Álvaro Salazar, “Estudos Incomunicantes” I/A e I/B, que estão estreitamente interligadas, a segunda das quais será apresentada em estreia absoluta. A obra deste compositor, maestro, professor e crítico musical, constitui um ponto de referência na cultura portuguesa contemporânea. A sua música apresenta um gosto particular pelas texturas em que o som é esculpido pelo silêncio. O restante programa pode ser consultado na hiperligação colocada no final deste texto.