O público que assiste à apresentação destes 64 projetos musicais como é que interage?
FP: É de forma simples. As pessoas têm um bilhete de entrada, com um preço simbólico, onde escrevem qual foi o seu favorito num espaço de votação criado para o efeito. Os votos são então contabilizados, mas também podem faze-lo através do facebook depois de ver a actuação, clicam em gosto na fotografia da banda.
Após a segunda eliminatória quantas bandas seguem em frente?
FP: Dessa segunda fase seguem apenas cinco grupos, desses escolhemos no máximo três, porque não dava para incluir mais. A banda vencedora poderá gravar um EP com cinco temas e um vídeo clip profissional, realizado pelo B estúdios, que é uma produtora audiovisual.
Fala-me um pouco das candidaturas, limitaram-se as zonas limítrofes de Torres Vedras?
FP: Não, aceitámos candidaturas de todo o país. Alguns fizeram até mil quilómetros de ida e volta para actuar no nosso palco. Tivemos uma banda de Valença do Minho que passou para a segunda fase do concurso. Ouvimos e vimos projectos musicais, não só são bandas, houve duetos, ou artistas a solo que também participaram. Gente das mais diversas vertentes musicais misturadas. É mais uma festa de música, do que um concurso de bandas que não seria o termo correto para este evento. É um festival de originais, porque os temas são eles que escrevem.
Este concurso foi apresentado em Vila Facaia, em Torres Vedras, porque escolhestes esta localidade?
FP: São pessoas muito simpáticas e que acolheram a ideia desde o início com entusiasmo. Depois temos um espaço privilegiado, há um sentimento de família, nós queríamos que fosse uma festa para todos e não apenas uma competição musical. Por outro lado, tivemos boas experiências nos concertos que realizámos cá fora do âmbito do concurso.
A escolha do local, fora dos grandes centros urbanos, como Lisboa e Porto, foi propositada?
FP: É assim, nós sabemos das dificuldades que existem para os jovens músicos, nas cidades. Se fossemos para Lisboa as exigências eram outras, é necessário licenças para tudo e mais alguma coisa, não há grandes apoios, porque os que existem é para os eventos de maior calibre, com nomes sonantes, pelo menos é a experiência que temos. Aqui, as pessoas estão dispostas a apoiar desconhecidos no fundo, pessoas que estão a começar, com uma vantagem, de que é mais familiar, mais sossegado, pode-se tocar por mais tempo, sem estar a pensar no barulho. É uma associação que acolhe a nossa iniciativa de outra forma. No início fizemos umas das eliminatórias numa discoteca, o ano passado, mas a acústica não era adequada, o palco aqui tem outras características e daí também a escolha.
Depois desta adesão massiva, há condições para uma segunda edição?
FP: Esperamos que sim, gostaríamos de estabelecer um concurso que promove ao longo prazo a música nacional.