A Opereta é um projeto desenvolvido pela AGON (Associação Cultural de Teatro, Música e Dança) e tem a sua estreia nacional no Teatro Municipal Baltazar Dias, nos dias 8 e 9 de abril às 21 horas, dia 10 de abril às 18 horas e dia 13 de abril às 21 horas. A sessão de dia 13 de abril conta com audiodescrição (AD) e Língua Gestual Portuguesa (LGP). Nesta sessão, pelas 20 horas, decorrerá um reconhecimento de palco, entre o público com deficiência visual e os atores.
Em março de 1521, a peste negra fazia as suas primeiras vítimas, no Funchal. O rápido contágio e alta letalidade da peste obrigou a situações de quarentena e refúgio semelhantes às que foram vividas devido à COVID-19. Desta curiosa parecença histórica, que separa a cidade em meio milénio, surge uma construção dramática que afunila numa Opereta.
Assim sendo, a opereta “Livrai-nos da Peste”, com dramaturgia e encenação de Filipe Gouveia, contará, paralelamente, duas histórias de amor passadas em plena pandemia, no Funchal, espaçadas por cinco séculos, recorrendo a todas as óbvias analogias e diferenças sociais e não só como explica para a yvi.
O espetáculo visa envolver vários artistas locais, enriquecendo o resultado final. Nesse sentido, decorreu em fevereiro uma Open Call, onde foram selecionados 3 intérpretes e 1 figurinista residentes. A realização da Open Call permitiu criar oportunidades, principalmente para artistas emergentes, sendo que este é um dos principais objetivos do projeto. A composição de toda a música, essa, ficou a cargo de Paulo Pires, que nos conta como o foi todo esse processo.
Sinopse
Uma cidade. Uma peste. Duas narrativas afastadas por quinhentos anos.
Enquanto que, em 1521, as primeiras mortes causadas pela terrível Peste Negra assolavam a cidade do Funchal; em 2021 a Covid continua na mira, contornando a esperança das vacinas e emergindo com novas mutações.
Atravessando o tempo e o espaço à velocidade de uma esperançosa luz, chegam-nos duas histórias que colocam a nossa condição humana e relações interpessoais em perspetiva. São choques devastadores: uma época de "descobrimentos" e de alto poder económico VS uma época altamente tecnológica e de desacreditação do meio envolvente.
Quando tudo o que vai na mente destas pessoas afastadas por cinco séculos é "livrai-nos da peste!"... até onde podem ir para viverem finalmente em paz?
Ficha Artística
Encenação e Dramaturgia: Filipe Gouveia
Música e Composição: Paulo Pires
Assistência à Encenação e Espaço Cénico: Diogo Freitas
Interpretação: Genário Neto, Isaías Viveiros, Laura Aguilar, Lola Portela, Pedro Leitão, Sara Cíntia e Sara Maia
Músicos: Francisco Coelho, Gabriel Tozarin-Damasceno, João Inácio, Ricardo Dias, Rodrigo Freitas e Rostyslav Kuts.
Figurinos: Ricardo Lapa
Desenho e Operação de Luz: Pedro Abreu
Produção: AGON
Coprodução: Teatro Municipal Baltazar Dias
Apoios: Câmara Municipal do Funchal, Direção Geral das Artes / Ministério da Cultura
Duração aproximada: 75 min
Classificação Etária: M/12
