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Odeio este tempo detergente

Escrito por  Catarina Faria crtz direitos reservados

Encenação a partir da poesia de Ruy Belo no Teatro Baltazar Dias, com Ana Nave e Maria João Luís, nos próximos dias 28 e 29 de setembro.

O espetáculo “Odeio este tempo detergente” nasceu de um desafio de Teresa Belo, viuva de Ruy Belo, depois de Ana Nave ter criado, em 2015, “Portugal, Meu Remorso”, a partir da poesia de Alexandre O´Neill. Ana Nave, encenadora, refere que “tinha muita vontade de voltar a encenar poesia portuguesa. Senti que ia estar muito acompanhada na seleção de textos, por isso, fiquei entusiasmada e nada assustada”.

É uma viagem por 17 poemas escolhido pelo ex-jornalista Rui Lagartinho e é segundo Ana Nave “uma viagem pelas ideias de Ruy Belo, onde está sempre presente a noção de morte e da vida a passar... Pomo-nos nos sapatos dele e interpretamos a poesia, eu e a Maria João Luis, com o José Peixoto também em palco. Partilhamos uma interpretação nossa destes poemas, acrescentamos alguma coisa como pessoas que vivem hoje e que hoje leem Rut Belo”.

“Certas formas de nojo”, “Espaço preenchido”, “Povoamento”, “Elogio a Maria Teresa”, “Um dia não muito longe, não muito perto” são alguns dos poemas que integram o espetáculo e que são ditos à vez pelas atrizes.

Este é um espetáculo de intervenção, que estreou este ano no Teatro São Luiz, em Lisboa, e termina a sua digressão nacional no Funchal, tem como objetivo trazer a escrita de Ruy Belo para a atualidade.

Não é possível fazer a história da poesia portuguesa do século XX sem falar de Ruy Belo. Um corpo poético que entre 1961 e 1978, ano da sua morte prematura, não deixou ninguém indiferente. Uma obra à qual não é possível colar rótulos e que é atravessada por uma ideia de construção feita de casas, pássaros, árvores, homens em trânsito, jogos de luzes e sombras com o espaço e o tempo. Em Ruy Belo o humanismo não se explica, expõe-se através de perplexidades.

Maria João Correia Luís é uma actriz e encenadora portuguesa, conhecida pelos seus trabalhos no teatro, no cinema e na televisão, onde se destaca a sua passagem pela Barraca, Comuna, Cornucópia e Artistas Unidos, nas séries Sim Sr. Primeiro Ministro, Médico de Família, em diversas telenovelas e nos filmes, Jogo de Damas, A Bela e o Paparazzo e os Lobos.

Ana Nave é uma actriz e encenadora portuguesa, que entre 2001 e 2007 baseou o seu currículo em projectos da TVI. A partir de 2008 assinou um contrato com a Sociedade Produtora de Televisão, integrando as produções da RTP e da SIC, bem como na direcção de actores das séries e novelas.

Teatro | Classificação Etária M12 |

Duração 01h00 |

FICHA TÉCNICA
Direção Artística: Ana Nave
Interpretação: Maria João Luis e Ana nave
Seleção de Poemas e Dramaturgia: Rui Lagartinho
Direção Musical e Interpretação: José Peixoto
Desenho de Luz: João Cachulo
Vídeo: Nuno 'Azelpds' Almeida
Figurinos: Rafaela Mapril
Produção Executiva: Mónica Talina e Vítor Alves Brotas
Apoio à Circulação: Fundação GDA
Uma co-produção São Luiz Teatro Municipal com Arte33

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