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Parallax

Escrito por  Mafalda Simões fts Miguel F

O espetáculo de Inês Garrido e interpretação de Maria Luís Cardoso, apresenta-se no Centro de Artes de Lisboa (CAL), nos dias 23, 24 e 25 de Fevereiro às 21h00.

A criadora Inês Garrido estabeleceu uma relação de envolvimento interventivo ao longo dos últimos seis meses com as comunidades do bairro social da Pasteleira. O texto do espetáculo é construído a partir de testemunhos reais de mulheres e homens do Bairro Social da Pasteleira. O projecto “Parallax” surge do desafio lançado por Rodrigo Malvar do “Teatro do Frio-Pesquisa Teatral do Norte” para apresentar uma proposta de projecto para o bairro da Pasteleira, integrando a programação do "Cultura em Expansão", produzido pela Ágora, Porto. Este projecto decorre de maio a dezembro de 2021, ao longo dos quais o envolvimento com a comunidade é contínuo.

Sinopse
‘Papá, gostava de um dia ser Presidente da República. Papá, achas que um Presidente da República pode nascer num bairro?’
Amélia, uma velha interpretada por uma jovem, conta-nos episódios da sua vida, reclamando domínio não só sobre a sua própria biografia, mas também sobre a sua vivência e intimidade. Amélia posiciona-se assim em três lugares distintos, o da história, onde a sua memória é evocada; o da personificação, onde encarna corpos daqueles com quem se cruzou; e o do pensamento-íntimo-desconexo-não filtrado, onde o processo do inconsciente se poetiza e sublima. Ouvimos, através das mãos desta mulher, a crueza da vida, seja ao retratar o seu encontro com uma artista ou com um político, seja ao retratar a vida como um jogo de monopólio, seja ao evocar um jantar com uma ausência ao som de Roberto Carlos. A narrativa de Parallax assenta numa ficção criada a partir de histórias ouvidas ao longo de meses nos territórios do bairro da Pasteleira, Porto, e, como nos diz Amélia, ‘A visão está aqui e a memória aqui. E eu já não sei o que vi ou o que é inventado.

Amélia, uma velha interpretada por uma jovem, conta-nos episódios da sua vida, reclamando domínio não só sobre a sua própria biografia, mas também sobre a sua vivência e intimidade.
Com Direção Artística e Conceção de Inês Garrido, “Parallax”, a aparente deslocação de um objeto devido à alteração na posição do observador, propõe uma reflexão sobre o conceito de Identidade através de uma relação de envolvimento interventivo ao longo de seis meses na e com as comunidades da Pasteleira, no Porto.
Em cocriação com Maria Luís Cardoso, Miguel F, João Grilo e Diogo Mendes, cria-se um espaço regular de encontro e partilha de saberes no seio da Pasteleira, o Crias, acompanhado por um diário de bordo online, o Parallax Log. Servirão estes encontros como matéria para a criação de um objeto multiforme que se expressa através do monólogo teatral e do vídeo numa relação de complementaridade.

Propõe-se ao espectador que se posicione em diferentes pontos de observação, como metáfora para olhar as relações de fragilidade que consubstanciam a própria ideia de identidade.
https://www.culturaemexpansao.pt/sessao/parallax/
www.parallax.pt

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