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A freguesia das mulheres

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A pequena localidade que pertence ao concelho de Braga, São João de Souto, é maioritariamente habitada pelo sexo feminino.

Quando visitámos São João de Souto o que avistámos? Mulheres e mais mulheres, do sexo masculino quase nem sinal. Segundo dados estatísticos dos últimos censos de 2011 está pequena no coração da cidade de Braga é que tem o maior número de habitantes do sexo feminino, ao todo são 725 residentes dos quais 481 são mulheres. O porque deste fenómeno? Ninguém sabe ao certo! O facto é que elas estão em maioria e vieram para ficar. Embora, tanta beleza feminina seja um excelente motivo para uma visita, não se trata da única atracção desta localidade. São João de Souto dispõe de um grande património artístico que silenciosamente persiste altivamente pelas suas ruas, vielas e becos. São pedras seculares que contam a história do nosso país ao longo de vários séculos.

A começar pela capela dos Coimbras, dedicada a nossa senhora da Conceição e que é um belo exemplo do estilo manuelino no nosso país. A curiosidade reside no seu interior, se me permitem, a galilé é toda ela decorada com elementos deste estilo arquitectónico que deve o seu nome a el Rei Dom Manuel I, a capela e altar-mor é ornamentada com uma profusão de nervuras e possui uma bela colecção de azulejos alusivos ao livro dos genésis que decoram as paredes. O castelo de Braga é outra visita obrigatória. Faz parte do legado histórico do nosso pais, contudo desta edificação de estilo gótico nada mais há do que a torre da Menagem, já que o restante foi demolido. É uma memória viva do passado defensivo de um pequeno país á beira-mar plantado, que persiste até os nossos dias. Outra lufada do passado aparece inesperadamente pelas ruas desta pequena localidade, entalado entre dois edifícios de alçada recente, é a casa dos crivos, assim apelidada pelas gelosias que cobrem por completo a sua fachada. São uma recordação das influências muçulmanas que se fazem sentir até os nossos dias na nossa cultura através da arquitectura, mas não só. A casa da roda, assim chamada, porque havia uma estrutura onde eram recolhidas as crianças expostas. Abandonadas e rejeitadas pelas famílias por diversos motivos que não vale a pena realçar. Actualmente é a sede desta freguesia e é aqui que termino este périplo pela zona do país com maior número de mulheres por metro quadrado. Belo epíteto não?

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