Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

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Yvette Vieira

Yvette Vieira

sábado, 29 dezembro 2012 17:05

Seja romântica este verão

Nas ruas abundam exemplos da tendência chave desta primavera-verão, o neo-romantismo ataca em força.

Os estampados floreados nunca estiveram tão de moda como este ano. O estilo campestre e bucólico do mundo rural inglês tomou de assalto as passarelas e as ruas no nosso país. Uma tendência com inspiração no século XVIII que resgata a estética do romantismo pós-revolução industrial. Rendas claras, fitas muito coloridas e flores no cabelo são claramente os acessórios must have desta estação. Um look que pode ser complementado com vestido longos e quase etéreos que confere a mulher portuguesa um ar mais delicado, mais longitudinal no seu conjunto. Podemos dizer mesmo que devemos escarafunchar o armário das nossas avós em busca daquela redinha que podemos aplicar nas nossas saias ou nos vestidos menos vistosos. Uma reciclagem das peças mais antigas, que com um pequeno gesto passam a estar de moda sem perder a sua sensualidade. Os tons pastéis são outro dos detalhes que marcam a temporada. Os rosa velhos, os castanhos e beges inundam esta estação que pretende seduzir discretamente mais do que provocar. Os laços são outro dos complementos desta tendência. Quer sejam nos cintos, nas bandoletes, ou nos sapatos, eles conferem à sua toilette um ar mais sofisticado e retro. Ouse e acima de tudo seja uma romântica.

sábado, 29 dezembro 2012 16:59

Histórias tatuadas na música

2000 ou 2011. No caso de Mafalda Veiga, as datas não têm qualquer importância. Com uma mensagem de vida fabulosa, as suas músicas – especialmente ao vivo – são eternas.

Falar de Mafalda Veiga é falar de histórias. De sentimentos. Veja-se, por exemplo, «Ao Vivo», uma colectânea das suas músicas mais conhecidas. Disco de platina, engloba canções que representam diversas fases de carreira. Verdadeira contadora de histórias, esta extraordinária cantora faz da música um espelho das suas emoções. Quem teve o privilégio de assistir a um dos seus concertos sabe bem daquilo que falamos. Da voz inesquecível ao contacto fantástico com o público, Mafalda Veiga é ainda mais genuína ao vivo. Uma embriaguez dos sentidos.

O que torna este disco sublime. Sobretudo pelas esplêndidas músicas escolhidas. Como o «Restolho». Com uma letra surpreendentemente simples, descreve de forma genial a essência da vida. Porque  ‘a vida não é existir sem mais nada’.  Ou o «Velho». Com uma melodia suave e uma letra cheia de leveza, retrata temas tão complexos como a velhice. E a solidão. Mas, acima de tudo, Mafalda Veiga gosta de brincar com as palavras. Nas suas canções, são frequentes temas como o mar. A felicidade. O calor. Ou o amor. Por exemplo, em «Tatuagens», um dueto fantástico com o sempre memorável Jorge Palma.

Mais do que uma compilação, «Ao Vivo» é uma história de ‘gritos de alma’. Uma celebração da vida através da música.

http://www.mafaldaveiga.sapo.pt/

sábado, 29 dezembro 2012 17:04

Ventos de leste

Alyona Fedorchuk é uma jovem promessa na moda made in Portugal. Um nome a reter, mesmo que seja difícil de pronunciar, e que vai marcar as tendências das passarelas nacionais.

A marca Alyona Fedorchuck aposta num estilo clássico com laivos de modernidade que aplica nas suas colecções como sublinha a própria, “ a produção de um vestuário criativo e elegante que se destaca em qualquer circunstância”. Esta jovem designer que chegou a nosso país proveniente da Ucrânia, com apenas treze anos, pretende firmar o seu nome no panorama da moda em Portugal com as suas colecções em nome próprio. Uma aposta presente na sua primeira visão intitulada, “vento do deserto” sobre estas peças Alyona refere “ trata-se da colecção que apresentei no final do curso, o tema é o deserto, usei uma paleta de cores que aludia a areia e os arbustos, os vestidos são esvoaçantes e ondulantes como as dunas. Usei materiais como a musselinas e sedas que conferiam uma noção de textura. Ela foi toda idealizada e realizada por mim. Moldei, cortei e cosi eu mesma as peças porque tive tempo para o fazer”.

Coordenados que pretende redefinir para a próxima época outono-inverno através da apresentação de um maior número de casacos estruturados, mais vestidos de cerimónia e de alguns corpetes. Neste âmbito afirma, “ eu sei que as mulheres portuguesas desconfiam ainda do corpete, mas trata-se de uma peça que se for alongada acompanha a cintura feminina pode esconder algumas gordurinhas menos desejadas. Cria uma silhueta mais feminina, definida e sensual”. Um trabalho que irá apresentar a solo, “em Setembro, ou Outubro no Casino Royal, no Parque Expo, porque sinto a necessidade de apresentar uma colecção só minha que possa ser vendida”, como frisa. Um passo em direcção ao futuro num meio muito restrito, que apesar de considerar ser difícil no nosso país, não teme, porque “é isto que sempre quis fazer. Tive a oportunidade de conversar uma vez com o João Rôlo, que é um dos meus criadores preferidos sobre a profissão e ele disse-me que era uma tarefa árdua e que teria de lutar muito para ser reconhecida como criadora de moda”. Um trilho profissional que esta jovem determinada, trazida pelos ventos de mudança a leste até uma nova pátria, pretende percorrer de forma segura.

http://www.alyonafedorchuk.com/

sábado, 29 dezembro 2012 16:59

A beleza milenar


O leite de burra era usado como balsamo anti-envelhecimento pelas mulheres na antiguidade. Um tratamento estético muito popular que regressa do passado com o intuito de preservar a espécie asinina mirandesa.

O burro mirandês é um espécimen em vias de extinção no nosso país, trata-se de uma espécie asinina oriunda da região de Mirando do Douro, no Norte de Portugal. No passado, este raça autóctone era usada como animal de carga e para todo o tipo de trabalhos ligados a agricultura. Com o crescente abandono das zonas rurais derivado a emigração e ao próprio deslocamento das populações destas áreas para as zonas costeiras em busca de uma vida melhor, o burro mirandês foi sendo progressivamente colocado em segundo plano na vida rural. Um êxodo que quase sentenciou a morte desta simpática raça única. Os especímenes que restam são fruto do carinho que alguns mirandeses reservam a este animal e do trabalho incansável da Associação de Estudo e Preservação do Gado Asinino (AEPGA) no sentido de preservar esta raça pura.

Actualmente, estima-se que existam 1000 fêmeas reprodutivas e 40 machos reprodutores disponíveis em Miranda do Douro. Um número que poderá vir a crescer através do desenvolvimento sustentável de medidas que permitam a sua conservação no meio rural. Uma dessas iniciativas foi a utilização do leite de burra para confeccionar sabonetes naturais, cujas receitas revertem para a preservação dos burros mirandeses. E antes das expressões de horror, deixe que vós elucide um pouco, na antiguidade o leite de burra, era considerado um artigo de luxo, amplamente usado como tratamento estético para hidratar e evitar o envelhecimento da pele. Uma das mais famosas defensoras deste método era nada mais, nem nada menos que a rainha Cleópatra que se deliciava no banho com este leite. Após esta elucidação histórica uma ressalva, estes sabonetes não colocam em risco as fêmeas, uma vez que “ é uma produção limitada aproveitando segundo normas estritas o bem-estar do animal e sem prejuízo das crias em amamentação, cujo aproveitamento não visa uma acção comercial, mas a preservação da espécie asinina de Miranda do Douro”.

Se não gostar da ideia dos sabonetes, a AEPGA sugere também os passeios de burro mirandês pelas várias trilhas existentes no Norte do País. Uma experiência inesquecível pela descoberta da beleza natural de Trás-os-Montes, montados nestes simpáticos e dóceis animais. Vão simplesmente delirar e os burros agradecem apesar do peso! Outra faceta deste projecto de preservação é a terapia. A introdução de burros como processo de cura teve início nos anos 70, com resultados satisfatórios em vários países europeus. As actividades lúdico-terapêuticas assistidos com burros mirandeses, para as pessoas com necessidades especiais, tem aqui um duplo papel, por um lado, estimular os seus níveis cognitivos, físicos, motores e afectivos, por outro promover o ecoturismo, fomentando momentos de prazer e lazer junto destas populações.

http://www.tomelo.pt

http://www.aepga.pt/

sábado, 29 dezembro 2012 17:02

O futuro do vestuário

Equipas de cientistas e empresários visionários apostam em novas tecnologias aplicadas nos tecidos.

No mundo moderno as exigências são inúmeras. A mulher tem a seu cargo, para além das exigências profissionais, todos os aspectos das tarefas diárias. Passar a ferro é uma delas e uma das mais odiadas diga-se de passagem. Tanto assim é que, a maioria das mulheres já não utiliza o ferro de engomar, usando um sem fim de técnicas que evitem os vincos nas peças de vestuário. Uma dessas medidas preventivas, chamemos-lhe assim, é adquirir roupas que não enruguem após a lavagem e sejam cómodas.

As empresas têxteis atentas ao fenómeno investem cada vez mais na investigação científica para desenvolver tecidos inovadores e mais amigos do ambiente. Em Portugal, uma equipa liderada por cientistas portugueses, coordenadas por Ana Manaia, investigadora do Instituto Pedro Nunes e da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra, esta a levar a cabo um estudo europeu com o objectivo de desenvolver tecidos 100% naturais de cânhamo para serem colocados à disposição das empresas do sector. Pretende-se assim, produzir um tecido resistente a câmbios bruscos de temperatura e com capacidades anti-bacterianas a partir desta planta fibrosa que cresce em média quatro metros de altura.

No mercado nacional existem já marcas que apostaram em peças de vestuário com tecidos inovadores. Um desses casos de sucesso, são as calças perfect body de Ana Sousa que redefine as formas femininas recuperando a silhueta original, funcionando ainda como um anti-celulite, preventor de estrias e corrector de pele. Os seus acabamentos possuem substancias naturais de Gingko, Gotu Kola e Kelp, que provocam também no organismo, para além das qualidades acima referidas, uma sensação de bem-estar físico. O futuro está aí, minhas senhoras! Agora é só aproveitar. E adeus velho ferro de engomar!

http://www.anasousa.com/

sábado, 29 dezembro 2012 17:00

Os tesouros dos anos 70

Remisturar a estética de um período da história da moda é provar que no armário das nossas mães existem pequenos tesouros que podem servir para marcar as tendências.

Os anos 70 marcam este ano as tendências da moda. Uma reciclagem de um período revolucionário, devido a experimentação contínua de materiais, que se distanciou dos modelos vigentes da época fruto da cultura hippy, com modelos de estampados mais coloridos da Pucci e tecidos de estilo cashemere de roupas indianas. Esta nova estética ganhou um contorno mais psicadélico, mais glitter com a música. Uma moda muito futurista, metálica, espacial e andrógena. Quem não se recorda dos vídeos de David Bowie?  Em meados dos anos setenta chega o movimento disco, com os fatos de cores berrantes para os homens e os vestidos envelope com folhos para as senhoras lançados pela mundialmente famosa Diane Von Furstenberg e eis-nos chegados ao movimento punk. Uma resposta à frivolidade da época que rompia definitivamente com as restantes tendências. Nascido nos bairros operários dos subúrbios de Inglaterra em desafio á mentalidade da burguesia conversadora, este movimento defendia o direito a diversão, á liberdade de expressão e a um vestuário que reflectisse esse sentimento de disfonia muito bem expresso pela banda Sex Pistols, ou os the Clash, entre outros. Foi, aliás, esta tendência que serviu como rampa de lançamento para Vivianne Westwood como designer. Por cá as peças marcavam a diferença pelo estilo militar, talvez por influência da revolução dos cravos, jeans e calças estilo militar em boca-de-sino, com tachas e bordados abundantes. No calçado eram as botas de camurça e os sapatos plataforma que deambulavam pela calçada portuguesa. As bolsas de croché, franjas a tira colo e penduricalhos que, aposto ainda podemos encontrar escondidos nos armários das nossas mães. Este ano, a moda arrisca para a época Outono-Inverno 2011 em tecidos com padrões alucinantes. Os óculos de sol de aros redondos, inspirados na Jacquie O., desfilam pelas passareles portuguesas como acessório in para esta estação. Os couros estão em alta e ainda as saias compridas com padrões psicadélicos incutidos por um período de grande criatividade socio-cultural.

sábado, 29 dezembro 2012 16:58

A bota chã

É o calçado regional por excelência, devido ao seu ainda actual design transforma-se em objecto de moda.

De tempos a tempos, a bota tradicional madeirense, sim, aquela que vêem calçada nos pés dos “vilões” dos ranchos folclóricos, retorna como tendência fashion de calçado, na ilha da Madeira. Nos finais dos anos 80, ainda me recordo quando era moda calçar este botim, porque simplesmente toda a gente o usava na escola. Só as raparigas, claro. Esta espécie de surto colectivo junto das teenagers acontece com vários intervalos temporais, sendo a sua origem ainda desconhecida, o que faz com que a tradicional bota chã se converta por um período curto de tempo em ícone da moda.

Uma atracção que resulta da simplicidade do design deste tipo de calçado de pele curtida, criado para percorrer longas distâncias a pé, por esse motivo não possui saltos. A única variante que se conhece é na sola, sendo de borracha reforçada usada sobretudo pelos condutores de cestos do Monte. A famosa fita vermelha julga-se que foi criada apenas para distinguir a bota chã feminina da masculina. Embora pareça frágil, não deixa entrar água mesmo num aguaceiro. Fui idealizada para resistir, mesmo em condições meteorológicas adversas. E todos estes factores contribuem para que seja usado pelas jovens, porque no fundo são sempre elas que lançam as tendências de rua. Nas estações do tempo mais frias na ilha, podemos ainda observar este “fenómeno” nos pés de algumas mulheres, que muitas usam revirando o cano da bota para fora. Um exercício interessante seria modernizar ainda mais esta peça de calçado, servindo como inspiração para um novo modelo made in Portugal. O repto está lançado.

http://www.madeira-in-a-box.com/

http://www.feitoria.com.pt/pt/catalogo/feitoria/calcado/botas-da-madeira

sábado, 29 dezembro 2012 16:55

As cegonhas brancas dos telhados


É um das aves mais admiradas e mais respeitadas em Portugal, por esse e outros motivos continuam a reproduzir-se favoravelmente no nosso território.

A cegonha branca é umas das aves em Portugal que goza de um estatuto muito especial, ou seja, é muito popular. Sendo por natureza uma ave migratória, este espécimen hiberna no nosso país, durante um período que engloba os meses de Março até Julho, altura em que as crias voadoras ultrapassaram entre os 50 a 75 dias de existência, o que lhes permite acompanhar os progenitores até o continente africano. Nos V Censos de 2004,realizados no nosso país, com o objectivo de efectuar o levantamento do número destas aves no nosso território, verificou-se que houve um surpreendente aumento global de 133% em relação a 1994. Um dado impressionante que corresponde a 8.205 ninhos ocupados em Portugal em oposição aos 3.302, valor correspondente aos censos anteriores. Colocando assim, a cegonha branca num lugar de topo no que concerne a conservação da espécie.

Um dos factores que tem contribuído para a preservação deste espécimen é a manutenção de algumas práticas agrícolas, como sejam o cereal de sequeiro e os arrozais. Neste último, verifica-se até uma maior concentração e aves devido ao lagostim-vermelho da Lousiana, um crustáceo invasor predado em grandes quantidades pelas cegonhas brancas. O centro e sul do país são por norma as áreas com maior número de ninhos ocupados, com uma maior expressão paisagística no Alentejo, de tal forma que, estas simpáticas aves já fazem parte do cenário idílico das localidades alentejanas. Um facto ao que não é alheio, a admiração com que são granjeados pelos portugueses em geral. Recentemente até, um casal de cegonhas brancas decidiu nidificar pela segunda vez numa propriedade privada, em Viana do Castelo, uma localização pouco habitual até para este espécimen, tendo só por esse motivo sido alvo da protecção popular, tal é o carinho que sentem pelas aves.

Uma das maiores ameaças a sobrevivência desta espécie migratória são os cabos de alta tensão e os metais pesado encontrados em concentrações significativas nos arrozais onde se alimentam, nomeadamente mercúrio que provém da contaminação das águas por parte das indústrias químicas, farmacêuticas e mineiras. Contudo, de acordo com o livro vermelho de vertebrados de Portugal a situação da cegonha branca é pouco preocupante, em oposição as restantes populações mundiais.

http://portal.icnb.pt/NR/rdonlyres/8825E19A-1841-4AD3-BEB5-4B8A2D4F86D1/0/RELAT%C3%93RIOVCensonacionaldeCegonhabranca.pdf

sábado, 29 dezembro 2012 16:53

A tanga brasileira

 É uma das maiores atracções turísticas da cidade maravilhosa e um bem essencial para a mulher brasileira.

É uma das maiores exportações têxteis do Brasil, no sector praia e um dos maiores ex-líbris da cidade do Rio de Janeiro, e do país do samba. O biquíni brasileiro, não nasceu nesta nação tropical, mas já ultrapassou fronteiras há muito. As maiores responsáveis deste fenómeno de popularidade são sem dúvida as mulheres. Sabia que, as brasileiras levam sempre consigo o seu biquíni do Brasil? Consideram-no até como um bem essencial para uma brasileira que se preze como tal e não compram modelos que sejam provenientes de outros países. Não se trata de uma questão meramente relacionada com o orgulho nacional, que o têm, mas porque este fato de banho é muito mais ousado, é mais reduzido e de facto a sua qualidade é superior, mesmo se tratando de uma peça tão minúscula. O biquíni brasileiro é reduzido porque ajuda a fomentar o culto pelo corpo bronzeado torneado e bem tonificado, mas acima de tudo porque permite as mulheres mostrar a bundinha, a mais famosa “instituição” do Brasil. O que não deixa de ser uma contradição tanta exposição carnal coberta apenas por três pequeninos rectângulos, tendo em conta que é proibido fazer topless nas praias brasileiras. Indirectamente, a famosa tanga também contribui para o aparecimento da chamada depilação à brasileira. Se não sabem o que isto é, perguntem. Não vou explicar, é um tema doloroso! Digamos que não se trata de um simples processo de arrancar pêlos da virilha.

Em Portugal, o biquíni brasileiro ganhou o estatuto como ícone de peça fundamental para a praia, mais uma vez graças às brasileiras, que traziam malas cheias de fatos de banho para vender as amigas e conhecidas. O que reforça mais uma vez, o papel importante e muitas vezes menosprezado que elas tiveram na promoção da produção nacional. Os homens portugueses até hoje agradecem, já que até aí os biquínis eram muito mais discretos, se é que o podemos afirmar.

Actualmente, podemos encontrar este conjunto de duas peças um pouco por todo o mundo e a sua fama tal que é cartaz turístico da cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro. É caso para dizer haja saúde para tanta beleza cheia de graça!

sábado, 29 dezembro 2012 16:50

Parabéns selvagens


As ilhas Selvagens são um santuário natural para a fauna e a flora únicas em todo o mundo e este ano comemoram o seu 40º aniversário.

As ilhas selvagens foram classificadas como reserva natural no dia 29 de Outubro de 1971, um título que teve como principal intuito a preservação de uma das maiores áreas de nidificação de aves marítimas do Atlântico Norte. Devido ao seu carácter inóspito reforçado pelo falta de água potável e pelos perigosos baixios que ameaçavam as embarcações, desde a sua descoberta no século XV, que poucas intenções houve para a colonização destas ilhas. Contudo, há alguns vestígios na Selvagem Grande e actualmente existe um núcleo em permanência de vigilantes da natureza a residir no território. Uma outra curiosidade é que um dos ilhéus pertence a um particular, a família Zino, aliás Paul Alexander Zino foi um responsáveis também pela preservação da fauna local, deu inicio a primeira fase de anilhagem das Cagarras.

Após a sua descoberta uma das primeiras formas de rentabilizar este conjunto de ilhas, já que o povoamento era difícil, foi a recolha de plantas endémicas para a sua utilização na indústria da tinturaria e curtumes. A urzela, um líquen que cresce espontaneamente no rochedo, foi usado na tinturaria e no papel pelo seu tom púrpura, era até exportado para Flandres e Inglaterra. O pastel, uma planta glauca, era também muito utilizada pelo comércio de tecidos, porque das suas folhas se extraia um líquido azul, contrariamente ao nome. A barrilha, por outro lado, era um dos ingredientes para a confecção de sabão, um processo que implicava a secagem ao sol desta planta, sendo de seguida queimada e dos restos calcinados, após o arrefecimento, surgia uma substância endurecida que era denominada soda bruta.

A zona das selvagens possui uma grande variedade de espécies de aves marítimas, como já foi referido anteriormente, sendo de destacar, as famosas Cagarras, cuja colónia é a mais numerosa no território, contando já com 13 600 casais. As Almas Negras, os Calcamares e os Painhos também nidificam em grandes números, o que torna estas ilhas um autêntico santuário ornitológico.

Agora chega de falar de aves e plantas, vamos ao que é um dos maiores mitos da ilha, um imenso tesouro do capitão William Kidd, o temerário. Sim é verdade, segundo reza a lenda no ano do senhor de 1690, este famoso pirata dos mares, escondeu uma parte do seu saque em jóias e dobrões em ouro espanhóis numa das muitas cavernas existentes neste conjunto de ilhas. Infelizmente, ninguém ainda o encontrou e apesar de ser uma história muito interessante, o facto é que se houvesse algum vestígio deste magnífico tesouro já teria sido achado e reclamado, uma vez que houve várias expedições ao longo dos séculos nesse sentido. Enterrado não foi de com certeza, o carácter vulcânico deste território tornaria a tarefa quase impossível, mas claro, ele teria “delegado” esse esforço a alguém e até desse infeliz teriam sobrado alguns vestígios! O nome contudo pegou, existe uma caverna designada por Capitão Kidd, na Selvagem Grande.

*in ilhas Zarco

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