Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

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Yvette Vieira

Yvette Vieira

terça, 01 janeiro 2013 16:18

Telefilmes

É mais uma das apostas na ficção portuguesa do canal público.

Tenho seguido com um grande interesse uma série de telefilmes portugueses que ocupam as noites das quintas-feiras. Devo reconhecer que casualmente tropecei, digamos assim, nestes pequenos apontamentos cinematográficos, (bendito zapping!) e ainda bem. O que mais aprecio neste série de filmes de ficção é a grande diversidade das temáticas e até do estilo narrativo, desde à comédia ao drama, são abordadas as mais diversas cenas da vida quotidiana dos portugueses. É ficção com um toque de realidade, procura mostrar assuntos muito actuais e até controversos em termos mediáticos na nossa sociedade sem os mascarar, como aliás podemos apreciar, no episódio intitulado “princesa”. Gosto da aposta na produção nacional em todos os campos, o único que lamento é o facto de substituírem sem prévio aviso estes telefilmes por outros programas e lamentavelmente este é um dos grandes pontos fracos do serviço público de televisão.

terça, 01 janeiro 2013 16:17

A família mata

É comédia à portuguesa emitida durante a semana, no canal SIC.

É uma série cómica que acompanha o quotidiano sempre “complexo” de uma família portuguesa. À boa maneira lusa mostra de uma forma leve e despretensiosa as peripécias dos vários membros do clã Mata. É um formato televisivo que alcança sempre muito sucesso junto do público, ainda mais quando conta no seu elenco com nomes consagrados do panorama artístico nacional como o João Pedro Gomes, a Rita Blanco, a Maria João Abreu, o Vitor Espadinha, entre outros, que atraem ainda mais espectadores a esta comédia á portuguesa. Gosto muito do programa, embora haja episódios em que nem por isso, falta-lhes sal. Um dos aspectos que mais me agrada é a forma divertida como apresentam uma das idiossincrasias mais emblemáticas do ser português, o desenrascanço que depois de provocar mais estragos que soluções, ninguém leva muito á mal, o que interessa é que com boa vontade de todos algo resulte. Segundo li, um estudo internacional aponta esta mesma característica nacional como uma grande mais-valia, porque faz dos portugueses um dos povos mais criativos do mundo, imagine-se! Bem afinal não somos os piores em tudo, o mesmo não se pode dizer da família Mata, bem um bocadinho, afinal eles não tem remédio. Por isso, veja esta série para esquecer as mágoas do dia e sorria porque faz bem à alma.

terça, 01 janeiro 2013 16:16

Passeio público

Mais um programa produzido pela RTP Madeira.

Passeio público confirma um facto, é que a Madeira parece estar sempre em festa. Trata-se de um magazine que dá conta dos eventos sociais que pululam um pouco por toda a ilha. A apresentadora, a Licínia Macedo cumpre o seu papel de uma forma profissional, aliás todo o programa cumpre as expectativas. É um espaço dinâmico, colorido, com entrevistas adequadas ao conteúdo e até o design do genérico comprovam mais uma vez que há uma evolução positiva na concepção dos programas da RTP Madeira. Não sei se irei ao ponto de dizer que é serviço público, mas pelo menos informa de uma forma descontraída e divertida sobre as várias festividades que vão surgindo ao longo do ano, o que comprova mais uma vez que é possível produzir programas de qualidade nas televisões regionais, algo que nunca me canso de escrever, ainda mais agora que se corre o risco de ver desaparecer todo este empenho e profissionalismo, devido as alegadas medidas de austeridade. Volto a frisar que, (outra coisa que não me canso de escrever) uma forma de contornar esta questão da extinção dos canais regionais, seria a emitir os melhores programas de ambas as televisões em sinal aberto, no continente, integrado na programação do canal 1 ou 2, porquê? Porque os portugueses merecem conhecer melhor as realidades das ilhas e esta é uma boa forma de faze-lo, aproveitando-se todo este capital humano e o potencial turístico que tudo isso pode despoletar.

terça, 01 janeiro 2013 16:16

Endereço desconhecido

É um programa de viagens no Brasil apresentado por Tiago Salazar.

Devo dizer que há dois aspectos deste programa de que gosto imenso, o primeiro, e que mais me diverte devo confessar, é assistir a dificuldade dos brasileiros em entender as questões simples colocadas pelo apresentador em português de Portugal, é visível um certo desconcerto em alguns rostos fruto da incompreensão da língua e só falta mesmo dizerem “OOÍ”, que deve ser cortado pela produção quase que aposto! Outros entrevistados ainda disfarçam melhor e falam daquilo que sabem de uma forma tão natural que dá gosto, sem contudo responderem verdadeiramente à pergunta. Não faz mal! É divertido e refrescante. Outra das “curiosidades”, a mais desconcertante até e que curiosamente aprecio nesta viagem por terras de Vera Cruz é o guarda-roupa do Tiago Salazar que esta em claro contraste com a paisagem luxuriante circundante. Parece mesmo que o rapaz caiu ali por engano. Na maioria dos episódios, eu diria que está devidamente apetrechado para um concerto de rock da pesada e não para apresentar os contornos de uma praia paradisíaca, mesmo no inverno. Estranhamente o contraste funciona. Não me perguntem como. E ainda, já me lembrei do terceiro motivo, não há duas sem três, o que gosto desmedidamente neste “endereço desconhecido” são os textos que escreve para o voz-off, são de uma grande beleza estilística. Podemos mesmo fechar os olhos e ser transportados pelas suas palavras doces e sumarentas (que eu julgo serem escritas pelo Tiago) e “viajar” por essas paragens tão familiares, mas ao mesmo tão distantes de nós. É quase um desperdício de metáforas e sinónimos quando as imagens falam por si. Deveria escrever um livro, esse tenho a certeza, ia tanto gostar de ler, como também gosto e vou continuar a ver este Tiago Salazar pela televisão.

terça, 01 janeiro 2013 16:15

O desaparecimento da rtp2

É mais uma das medidas de contenção do actual governo para a televisão pública.

Mais do que uma vez nesta rubrica defendi a necessidade de existir um serviço público de televisão e o anúncio em primeira mão de António Borges sobre a extinção da RTP2 deixou-me em estado de choque, já que, subjacente a esta medida esta um motivo meramente economicista. O argumento das baixas audiências, prova mais uma vez que, que os políticos que nos governam são uns meros imbecis. O segundo canal foi vocacionado para um tipo de audiências muito específicas que não se revê na programação da RTP1, os seus conteúdos televisivos promovem as artes, o cinema, a diversidade religiosa e cultural, ou seja, prestam o verdadeiro serviço público. Se o que eu pago de taxa não é suficiente para manter os dois canais, tal apenas se deve a uma má gestão ao longo dos anos. O que fica demonstrado com esta medida é que ser cultura é poder e como tal não convém aos que governam, é uma arma muito perigosa que é difícil de controlar, porque assenta na liberdade de expressão artística. Se calhar vou ter de corrigir a minha afirmação de há pouco, os políticos não são tão imbecis como eu pensava, mas eu também não sou parva. As medidas anunciadas não destroem apenas postos de trabalhos e mandam para o desemprego centenas de excelentes profissionais, mas também eliminam um certo sentido crítico que é apanágio do segundo canal e como tal só tenho uma proposta possível, a luta. No fim deste texto esta uma hiperligação que o encaminha para uma petição pública em prol da RTP2.

http://www.peticaopublica.com/Confirmacao.aspx?id=27730,1085,779764

terça, 01 janeiro 2013 16:14

7 maravilhas das praias de portugal

É mais uma ideia peregrina da televisão pública com resultados duvidosos.

Depois da agonizante eleição das sete maravilhas históricas de Portugal, mais as inclassificáveis sete maravilhas da gastronomia e como se não bastasse todo este circo mediático em torno de nada, agora, os telespectadores tem de aturar mais um conjunto de sete “maravilhas” e a escolha recai nas sete… praias. Só posso dizer, basta meus senhores! Não há quem aguente tanta “diversidade”. Não sou contra a promoção do nosso país, que fique bem claro. Muito pelo contrário defendo que devemos veicular uma imagem mais contemporânea de Portugal, mas estas constantes votações são ridículas. A programação de verão engloba uma série de formatos televisivos, que incluem directos nos mais diversos pontos do país, onde se aborda a gastronomia, as paisagens, as tradições e o artesanato local, é o caso do “verão total” e de outros programas no género nos diversos canais e isso é mais do que suficiente em termos de marketing. Estas sete maravilhas, de maravilhosas não tem nada, gasta-se meios técnicos e humanos preciosos que não trazem nada de novo e no fundo tudo isto é uma mera negociata publicitária com o objectivo único de fazer as pessoas gastar dinheiro nas chamadas de valor acrescentado. Publicidade em troca de 60 cêntimos por minuto parece pouco, mas garanto que não é! O meu conselho? Poupem-nos, por favor!

terça, 01 janeiro 2013 16:12

Liberdade 21

É uma série de ficção portuguesa sobre advogados que é emitida pelo canal público.

Gostava de dizer que a série reflecte o universo do sistema jurídico e legal do nosso país, mas não posso, seria uma grande falácia. Liberdade 21 é pura ficção e só esse aspecto entristece-me. Nada do que é retrato nesta série corresponde à realidade, quem dera que os tribunais portugueses fossem assim tão eficientes e que os casos se resolvessem de forma tão célere e brilhante. Até dá gosto de ver tudo aquilo e o contraste com a realidade é avassalador no pior dos sentidos. É por isso que aprecio tanto da série, pela sua dimensão fantasiosa com que aborda as questões jurídicas. O único que se pode aproveitar desta “liberdade 21”, (alusão à avenida de Lisboa onde fica situada a firma Vasconcelos e Brito associados) é o restante enredo, os conflitos de personalidade, os problemas pessoais que atravessam a esfera profissional e as pequenas fragilidades das pessoas que se cruzam neste universo paralelo muito competitivo. Gosto do argumento e do trabalho de actores, só lamento mesmo, é que a realidade é bem mais dura e desconcertante do que esta série de ficção.

terça, 01 janeiro 2013 16:11

O corredor do poder

É um programa de debate político, transmitido pela RTPN.

Trata-se de um debate político equilibrado, a várias vozes, ou seja, são vários comentadores em representação dos partidos mais votados nas eleições, com assento na assembleia da república. O conteúdo visa a pluralidade das ideias sobre os destaques das agendas mediáticas. Este programa agrada-me por vários motivos, o primeiro, porque as personalidades que debatem as temáticas mais polémicas da realidade do país, são os membros mais jovens das hostes partidárias. É uma espécie de sopro de ar fresco televisivo, já que, ao longo dos anos temos sempre visto mais do mesmo e tudo cansa. Depois faz o que um dos canais privados persiste em não seguir como exemplo, ser imparcial. Continua a deixar-me perplexa o facto do professor Marcelo Rebelo de Sousa, manter um espaço televisivo, em prime-time, para expressar as suas opiniões que convenhamos são sempre dubiamente imparciais, diga ele o que disser. O segundo motivo, é o profissionalismo da jornalista Sandra Sousa. Ela ajuda a manter o debate de ideias, estimula o confronto e deixa espaço para os argumentos dissonantes, sem demonstrar quaisquer preferências. É salutar ver este tipo de contributos tão profissionais na televisão. Outra das mais-valias do programa é o facto de ser em directo e permite a participação do público, através do fórum. Todos estes aspectos contribuem para criar um conteúdo dinâmico, plural e isento, numa programação televisiva nacional cada vez mais popularucha e sem qualidade.

terça, 01 janeiro 2013 16:10

O preço certo em euros

É um dos concursos mais vistos da televisão ao nível nacional.

É um fenómeno de audiências que se mantém no topo há décadas. É verdade. Foi até foi alvo de estudo e é usado como modelo para os seus restantes congéneres europeus. Um sucesso que muito se fica a dever ao seu anfitrião, Fernando Mendes e ao próprio conteúdo do programa, um concurso onde as pessoas só tem de adivinhar o preço aproximado dos electrodomésticos. A acessibilidade somada á personalidade simpática do apresentador fazem deste concurso um dos mais vistos da televisão portuguesa. As pessoas sobretudo vão para conhecer o Fernando Mendes, sentem que ele é um deles, que se importa, que sabe rir-se de si próprio e que fala abertamente das suas fraquezas gastronómicas e só esses aspectos tornam muito apelativo este programa. O mais curioso é que os concorrentes fazem autênticas romarias só para participar no concurso, daí o fenómeno de audiências. O público que o vê é maioritariamente uma faixa etária mais avançada, compreendem a dinâmica simplista do concurso e isso por si só é também um factor muito apelativo, depois os jogos são muito divertidos, é um programa muito dinâmico, isto sem esquecer que o próprio anfitrião faz de tudo para que as pessoas vão para casa com um prémio, mais um ponto á favor do Fernando Mendes. Por todos estes motivos é um sucesso e daí o meu destaque.

terça, 01 janeiro 2013 16:10

Com amor se paga

É um programa apresentado por Catarina Furtado no canal nacional.

É uma homenagem aos mais notáveis e a outras personalidades anónimas que desempenham um papel social e cultural muito importante na sociedade actual. É um programa de afectos que ganhou um espaço televisivo, mas não as audiências. É sobretudo uma forma de agradecimento a alguém especial pelo papel que desempenham na vida de muitos e creio que este tipo de formato só funciona num outro horário. “Com amor se paga” é emitido actualmente aos sábados, pelas 22 horas, uma escolha no mínimo inusitada. Entendo que se queiram destacar da concorrência, acontece que esses tipos de programas do género apresentados pela Conceição Lino e da Fátima Lopes não acontecem por acaso nos blocos da tarde semanal. São emitidos para um determinado tipo de espectadores, que se reveem neste tipo de formatos e que potencialmente irão querer ver a Catarina Furtado a sorrir e mostrar durante as tardes estes portugueses muito especiais. Afinal estão com medo de quê? A televisão pública deverá de uma vez por todas mentalizar-se que também tem de ter programas competitivos ao nível das audiências, em vez de alimentar o folclore mediático com contractos milionários a figuras simpáticas e depois não venham dizer que não valorizam os números!

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