O primeiro livro de crónicas da rapper Capicua. Um livro ora confessional, ora poético, mas sempre insubmisso, que chega às livrarias.
Filosofia da vida quotidiana, derivas e deambulações, o estado das coisas e a ironia da existência, crónicas da pandemia e o pandemónio da maternidade.
«‘Quando vejo o cor-de-rosa parece que se referem a mim.’ A mui tatuável frase de Almada Negreiros numa das páginas d’A Invenção do Dia Claro ecoou no meu âmago para lhe dar sentido. Descreveu uma dimensão importante da minha existência e verbalizou um sentido de identificação que sequer havia realizado em consciência. Tocaram os sinos. Acendeu-se a lâmpada. É mesmo isso: quando vejo o cor-de-rosa parece que se referem a mim!» Ora confessional, ora furiosa, mas sempre perspicaz, inconformada e inteligente, além de totalmente entregue à experiência da «matrescência», Capicua dá ao leitor uma caixa de bombons em forma de livro.
Crónicas, pequenos textos, poemas e algumas letras, para rir, chorar e acenar com a cabeça em jeito de concordância –às vezes, surpreendidos por não termos reparado no mundo como Capicua faz.
Aquário é uma moldura, um recorte ou, se quisermos, uma janela para os mares interiores de Ana Matos Fernandes. Palavras fluidas, que disparam rascunhos de canções, críticas sociais, rasgos de esperança, amor e desabafos.