Para melhor compreender a minha paixão pelo Porto, desafio-o a uma viagem de comboio ao longo do rio. Uma travessia com sabor a Portugal.
Se quer viver uma experiência para nunca esquecer visite o Douro e veja com os seus próprios olhos uma das regiões demarcadas mais antigas do mundo, só tenho um conselho, vá andar de comboio! A linha regional que vai do Porto até Pocinho é a escolha certa, primeiro porque o comboio parte da Estação de São Bento e prepare-se para ficar encantado com os azulejos que decoram a entrada. A seguir vai fazer uma viagem à moda do século passado, vai parar em todos os apeadeiros e quando digo todos é todos, por isso relaxe e aprecie a paisagem.
O percurso inicialmente parece monótono e até decepcionante, mas a partir de um certo ponto, a linha serpenteia o rio e somos confrontados com uma paisagem agreste dominada por socalcos de vinha, que será mais tarde convertida no não menos famoso vinho do Porto. Uma das paragens que aconselho é a Régua, aproveite e almoce o que de melhor a gastronomia pode oferecer e beba os vinhos de mesa da região. Depois de um merecido aperitivo, volte para a linha e deixe-se contagiar pelo povo.
Tenho contudo, um conselho para dar aos estrangeiros com quase dois metros de altura e educados, no Verão há imensa gente a usufruir deste percurso e os vagões não são assim tão altos. E estou a contar isto, porque? Vou relatar a caricata história de uma amiga minha que decidiu levar um dinamarquês branquinho como neve e alto, muito alto, a ver o rio Douro!
Nessa viagem, para além do calor de torrar pedras, aproximadamente 38º graus celsius, a afluência foi massissa, e para gáudio de alguns dos passageiros, entrou de uma só vez um rancho folclórico de passagem para a Invicta, enchendo de imediato todos os vagões disponíveis.
O nosso viking cedeu o lugar a uma senhora idosa e ganhou um torci-colo que o acompanhou toda a viagem. O mais engraçado, no meu ponto de vista claro, foi como em qualquer ajuntamento onde há mais do que um, dois ou três portugueses, inicia-se de imediato a animação musical e o vinho começa a correr pelas gargantas sequiosas.
O dinamarquês, coitado, ganhava novas cores, devido ao calor e ao facto de mal conseguir mexer-se tal era o aperto e calor humano, os portugueses sempre prestrativos, e não tenham dúvidas que somos o povo mais simpático de toda a Europa (e não estou a ser cínica), ofereceram ao estrangeiro a boa pinga do Douro, e ainda presunto caseiro da melhor qualidade! Tenho pena de não ter lá estado, só de imaginar! Bem, o nosso amigo estrangeiro lá chegou ao fim da viagem, com um torci-colo e uma bebedeira monumental! Grande povo português! Mas, não se assustem costuma ser mais calmo. A sério. Por isso, usem a linha do Douro e apreciem um dos mais belos cenários naturais do país.
O congresso Internacional "Condomínio da Terra – Um novo património para uma nova economia", decorrerá em Vila Nova de Gaia, em Janeiro de 2013.
A Quercus, o Município de Gaia e os parceiros do projeto "Condomínio da Terra" participam e organizam este evento entre os dias 16 e 17 de janeiro de 2013 no Parque Biológico de Gaia. Segundo a organização este congresso pretende ser um espaço de discussão aberta sobre as características do objeto legal que justificam a constituição dos sistemas climático e oceânico como um Património Natural Intangível da Humanidade (PNIH). Irão, também, considerar as consequências da constituição do PNIH para os modelos de negociação internacional, os desafios para sua gestão e governança, e quadro instituicional mundial associado. Em quatro sessões serão debatidos variados temas com várias personalidades ligadas as diferentes temáticas, um paínel internacional muito variado, que irá discutir qual é o património mundial, os limites do planeta, a externalidades económicas, os mercados falhados, os direitos das gerações futuras, a organização mundial do ambiente, etc. A entrada é livre e a sessão de encerramento do primeiro dia do Congresso Internacional "Condomínio da Terra – Um novo património para uma nova economia” contará com a presença de sua majestado Sheikh Abdul Aziz Bin Ali Al Nuaimi, mais conhecido pelo “green sheikh”.
http://www.quercus.pt/images/PDF/DocumentosCondominio/Condom%C3%ADnio_da_Terra_Congresso_Internacional_.pdf
Uma equipa do Centro de Oceanografia (CO) e do Centro de Biologia Ambiental (CBA) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em colaboração com investigadores da Universidade de Évora e do Museu Natural de História Naturais e Ciências (MNHNC), identificaram três novas espécies de lampreias.
As espécies de lampreia da Costa de Prata, do Nabão e a do Sado, foram identificadas respectivamente nas bacias destes rios e ocorrem apenas no território nacional . A presença destes peixes em áreas geográficas muito restritas requer a atribuição de um estatuto de protecção que garanta a sua conservação, ou seja, estão fragmentadas com populações muito diminutas, devendo, na opinião, dos investigadores, ser classificadas como “criticamente em perigo”, de acordo com os critérios utilizados na elaboração da última revisão do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.
As três novas espécies foram baptizadas de acordo com o seu local de origem: a lampreia da Costa de Prata (Lampetra alavariensis) é endémica das bacias hidrográficas do Esmoriz e Vouga; a lampreia do Sado (Lampetra lusitânica) tal como o nome indica é da rede hidrográfica que lhe atribui o nome vulgar e, finalmente, a lampreia do Nabão (Lampetra auremensis) é endémica desta sub-bacia afluente da margem direita do Rio Tejo. Os restantes três tipos de lampreia têm uma vasta distribuição na Europa, mas na Península ibérica, tirando a lampreia-marinha (Petromyzon marinus) que ocorre em varias bacias hidrográficas desta região, a área de distribuição da lampreia-de-riacho (Lampetra planeri) concentra-se sobretudo em território nacional, com apenas dois núcleos populacionais muito circunscritos no norte de Espanha, ao passo que a lampreia-de-rio (Lampetra fluviatilis) já foi declarada extinta em Espanha e, em Portugal, está limitada ao troço inferior dos rios Tejo e Sorraia. O trabalho foi desenvolvido no âmbito da dissertação da aluna Catarina Mateus, orientada por Pedro Raposo de Almeida (EU/CO) e por Judite Alves (MNHNC/CBA). Este estudo, que contou ainda com a colaboração de Bernardo Quintella (CO/DBA-FCUL).
Um estudo do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) confirmou que os medicamentos não são eliminados pelos processos de descarga das Etars.
Os investigadores do ISEP centraram o estudo em três antibióticos (amoxicilina, tetraciclina e trimetoprim) e um anti-inflamatório (ibuprofeno), pelo facto de serem os fármacos mais consumidos pela população em geral. Os resultados obtidos indicam que os medicamentos não são totalmente removidos, em particular o ibuprofeno, pelo tratamento com lamas anaeróbias, mesmo prolongando o processo. O que significa que para além da contaminação dos cursos de água onde se fazem as descargas dos efluentes destas ETAR's, também os solos irrigados podem passar a estar contaminados por compostos farmacêuticos.
O cenário pode ser preocupante tendo em conta que, por vezes, nas imediações das descargas existem não só pequenas hortas familiares, mas também parques infantis, ficando todo o meio ambiente envolvente e, consequentemente, a população, exposta aos efeitos negativos da contaminação. O problema da multirresistência aos antibióticos pode ser apenas uma das consequências. Por isso, os fármacos são hoje classificados como poluentes emergentes.
"Não tem havido uma consciencialização para este tipo de problema. Fala-se muitas vezes da contaminação das águas, dos rios e dos mares, mas muito pouco dos solos. Por vezes, existem nas imediações das ETAR's pequenas hortas familiares, algumas das quais até a produzir produtos biológicos. Mas a verdade é que os solos podem esconder vários tipos de problemas, entre eles a existência de resíduos de fármacos", explica Valentina Domingues, docente do ISEP e membro da equipa de investigação.
O problema não é exclusivo de Portugal e é por isso que a comunidade científica tem vindo a debruçar-se sobre este assunto. As ETAR's revelam debilidades no processo de tratamento das águas residuais, nomeadamente no que concerne aos compostos farmacêuticos. "Trata-se de um problema global e é complicado melhorar a eficiência das estações de tratamento. Temos de resolver o problema a montante", advoga a investigadora.
Neste contexto, os resultados agora obtidos pelo estudo do ISEP inserem-se num projeto mais amplo, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, intitulado “reabilitação de solos contaminados por produtos farmacêuticos”. O objetivo é criar mecanismos capazes de minimizar o impacto dos compostos farmacêuticos no meio ambiente e consequentemente na saúde das populações.
"Parte do diagnóstico está feito. Em Portugal, a presença de fármacos no meio ambiente é uma realidade, tornando-se urgente encontrar técnicas de remediação que permitam reabilitar os solos", defende Valentina Domingues. Existem algumas soluções mais clássicas estando a ser desenvolvida uma metodologia alternativa mais verde e de baixo custo. "Os resultados preliminares parecem ser promissores. Este problema associado à inexistência de uma legislação para a qualidade dos solos, para a qual temos vindo a alertar, leva a que pouco seja feito para inverter a situação, mesmo estando ao dispor diversas tecnologias de tratamento. É urgente dar este passo rumo à proteção ambiental", conclui a investigadora do ISEP.
Foi aprovada uma legislação que evita a morte de 300 mil espécimens por ano.
Após 12 anos de campanha, a BirdLife International conseguiu que a União Europeia publique na semana em que se comemora o Dia Nacional do Mar em Portugal, um Plano de Ação que visa proteger as aves marinhas das capturas acidentais que ocorrem durante as operações de pesca. Durante a pesca, as aves são normalmente atraídas para as proximidades das embarcações não só devido aos peixes capturados ou usados como isco, mas também pelos peixes sem interesse comercial, rejeitados durante a operação de pesca. Nessa interação com as embarcações, as aves embatem ou ficam presas nas artes de pesca, acabando por morrer afogadas. Esta é uma realidade que mata cerca de 300.000 aves por ano, sobretudo na pesca de palangre e nas redes de emalhar, mas também em menor grau, no arrasto e redes de cerco.
A BirdLife e os seus parceiros europeus conseguiram a publicação deste plano, que estabelece as recomendações básicas a implementar pela frota europeia e desta forma travar os mais de 2 milhões de aves marinhas mortas nos instrumentos de pesca desde 2001. Iván Ramírez, Coordenador do Programa Marinho da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (organização parceira em Portugal da BirdLife), afirma que “o lançamento deste Plano de Ação é uma vitória dos parceiros da BirdLife e um grande passo conquistado na proteção das aves marinhas. Contudo, é fundamental que o Plano de Ação seja incluído na reforma da Política Comum das Pescas, atualmente em curso, e que esta seja acompanhada pela investigação e aplicação de medidas de minimização e por uma maior sensibilização da comunidade pesqueira.“ A SPEA tem dedicado especial atenção ao tema das capturas acidentais das aves marinhas, no âmbito do Projecto FAME - Future of the Atlantic Marine Environment, quantificando e analisando as interações das aves marinhas com embarcações pesqueiras, ao longo da costa Portuguesa. De salientar que além de constituir a principal área de invernada da pardela-balear, a ave marinha mais ameaçada da Europa, a costa portuguesa é também uma importante zona de passagem migratória e invernada para dezenas de outras espécies de aves marinhas.
http://www.spea.pt/noticias/detalhes.php?id=443&tipo=2
http://ec.europa.eu/commission_2010-2014/damanaki/headlines/press-releases/2012/11/20121115_2_en.htm
Foram catalogadas várias espécies terrestres nos Açores.
O arquipélago dos Açores possui 110 espécies de moluscos terrestres dos quais metade é endémica. Trata-se de um laboratório natural que merece a atenção dos cientistas de todo o mundo, segundo, o presidente da associação mundial de malacologia, António Frias Martins, em declarações à agência lusa, “nos Açores podem ser observados e estudados os processos evolutivos”, acrescentando que “ainda existem por descrever na região mais de 25 espécies novas para a ciência”.Condições que tornam estas ilhas local privilegiado para acolher o próximo congresso de malacologia que vai decorrer entre os dias 21e 28 de Julho de 2013 e que trará para a região mais de 400 cientistas de 70 nacionalidades. O encontro internacional vai decorrer na Universidade dos Açores, em S. Miguel, onde António Frias Martins é docente e investigador no Departamento de Biologia, liderando há vários anos uma investigação sobre a evolução dos moluscos terrestres. Para o investigador, “esta reunião irá colocar-nos no mapa da malacologia mundial. Não seremos ultraperiféricos, mas o centro da ciência malacológica", destacou , frisando que este congresso permitirá ainda desenvolver "muitos contactos científicos", enriquecendo a prestação açoriana e tornando a região mais conhecida. De acrescentar ainda que, “as ilhas açorianas, conjuntamente com a Madeira e as Canárias, possuem uma mais-valia em termos de investigação científica que resulta de serem arquipélagos afastados das zonas continentais, com idades diferentes e afastadas entre si”, características que tornam a sua especifícidade muito apetecível em termos de estudos científicos.
http://www.uac.pt/noticia/diz-investigador-acores-sao-laboratorio-natural-para-estudar-moluscos-terrestres
É uma nova campanha pan-europeia em prol do meio ambiente.
A Comissão Europeia em parceria com cerca de 70 organizações de todo o espaço europeu, entre as quais a Quercus, pretende “trazer soluções práticas para o centro de debate das alterações climáticas e demonstrar iniciativas que melhorem o bem-estar dos cidadãos europeus, proporcionando-lhes benefícios económicos”. “ Um mundo que me agrada, um clima de que gosto” também “constituirá uma plataforma para a participação dos cidadãos, empresas e grupos locais. Estes poderão apresentar, promover e debater as soluções hipocarbónicas que queiram propor e participar ainda num concurso pan-europeu que visa seleccionar a solução melhor e mais original. A campanha decorrerá até ao final de 2013 e visa dar a conhecer soluções economicamente vantajosas para alcançar o objectivo, a que a UE se propõe, de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 80-95 % até 2050.
Uma das curiosidades ao consultar o site, é a secção casos de sucesso, onde se pode constatar um conjunto de iniciativas práticas, amigas do ambiente, indivíduais e locais nos diversos países que integram a comunidade europeia, no caso português o destaque vai para Évora que implementou a campanha Inov City que permitiu a implementação de painéis solares no tecido urbano e promoveu o aumento da micro-produção de energia limpa, reduzindo assim, os custos das respectiva conta eléctrica e do CO2.
http://www.quercus.pt/scid/webquercus/defaultCategoryViewOne.asp?categoryId=736
http://world-you-like.europa.eu/en/success-stories/harnessing-community-support-to-build-a-sustainable-future-portugal/
Sei que tenho sido persistente no que se refere as campanhas de adopção, esta é mais uma, mas pensem assim, estão a escolher uma causa que passa a ser a sua e mais, que pode desfrutar num belo dia de verão.
A aldeia serrana de xisto de Ferreira de São João, no concelho de Penela, colocou a disposição dos interessados 85 sobreiros para adopção provenientes de uma mancha florestal única, que envolve cerca de duas centenas destes exemplares, que agora são árvores nacionais. Trata-se de um grupo da especie “quercus suber” que foram adquiridos pelos moradores desta localidade a um particular, “com o objetivo de defender uma espécie protegida por lei e o património cultural da aldeia, para além de ajudar a cativar a atenção de futuros visitantes. Para facilitar a tarefa de angariar os 4300 euros necessários para o custo dos sobreiros, os mesmos foram divididos em tipologias distintas (pequeno, médio e grande), tendo em conta o tamanho e a idade, sendo que o valor da adoção corresponde a 40, 60 e 80 euros respetivamente. Assim, e durante nove anos, o adotante poderá personalizar o seu sobreiro com iniciais ou símbolos pintados e
beneficiar de uma parte do valor da venda da cortiça. Património histórico e cultural, o sobreiral centenário proporciona um ambiente fantástico que convida ao lazer, ideal para piqueniques, caminhadas e pausas de descanso e um ícone da aldeia que se encontra numa crista montanhosa no extremo sul da serra da Lousã. Para quem quiser adotar deve enviar um email para associacaodosfsj@gmail.com e receberá a ficha de adoção e as instruções de pagamento. Alcandorada numa crista quartzítica no extremo sul da serra da Lousã, tem como ex-líbris os antigos abrigos dos animais. Perto de Casal de S. Simão, esta aldeia tira hoje partido da presença de novos vizinhos para recuperar antigas tradições, festas populares e religiosas, em que todos se envolvem reunindo esforços e participando.
São duas visões diferentes para a questão do meio ambiente no nosso país.
Luísa Schmidt, doutorada em sociologia do ambiente no âmbito de uma palestra sobre as politicas ambientais em Portugal, traçou um retrato negro em 2008, que passado quatro anos, pouco ou nada se alterou, ao ver desta investigadora, “passado o período da revolução com as suas especificidades próprias, entre as quais, a desvalorização das questões políticas ambientais, foi de facto a adesão à União Europeia (1986), quase coincidente com o ano europeu do ambiente (1987), que constituiu um marco crucial na política ambiental do país, trazendo-lhe novas exigências, reforçando-lhe a legislação e intensificando as medidas. A UE trouxe ainda claras
vantagens de apoio financeiro para infra-estruturas básicas e consequente melhoria das condições de vida. Os finais dos anos 80 foram, pois, anos charneira em que se conjugaram alguns factores e acontecimentoschave
para o protagonismo das questões ambientais”. Apesar de toda esta parafernália e leis e regulamentos, pouco ou nada se evolui em termos de preservação do meio ambiente no nosso país. Segundo Schmidt, “Os casos do saneamento básico e dos resíduos industriais perigosos são dos mais eloquentes, evidenciando com clareza a incapacidade interna de resolver problemas básicos, mesmo que abundantemente financiados. Quanto ao saneamento básico, ao cabo de 4 mil milhões de euros de investimento nos três quadros comunitários de apoio, entre 1986 e 2006, em esgotos e em Estações de tratamento de águas residuais, o resultado do levantamento do estado dos rios feito em 2000, mostrava como 70% dos cursos de água estavam ainda gravemente poluídos (ainda hoje cerca de 35% o estão, sendo que, apenas 23% das águas superficiais se podem considerar boas). O insucesso destes casos à escala nacional só se consegue compreender considerando as limitações e dificuldades nos pressupostos que implicam uma politica ambiental consistente”.
Uma visão diferente tem o antigo ministro do ambiente e recursos ambientais, entre os anos 1991/93, Carlos Borrego, que refere, “revisitando os últimos 25 anos não se pode deixar de verificar um progresso das políticas ambientais, com a consolidação de novos instrumentos, como a avaliação de impacte ambiental, o licenciamento ambiental, os sistemas de gestão ambiental, os sistemas de acreditação, o comércio europeu de licenças de emissão e a lei da responsabilidade por danos ambientais”. Contudo, ambos os catedráticos concordam em vários pontos, um deles, frisa, “o elevado número de directivas transpostas e de leis promulgadas (só em 2009 foram publicados mais de 100 diplomas relativos ao ambiente), produziram poucos resultados efectivos face às expectativas criadas. O mesmo se pode afirmar, dos casos do saneamento básico, dos grandes projectos (construção de estradas e barragens) e dos resíduos industriais perigosos são dos mais eloquentes, evidenciando
com clareza a incapacidade interna de resolver problemas básicos, mesmo que abundantemente financiados. O insucesso destes casos, à escala nacional, só se consegue compreender considerando as limitações e dificuldades nos pressupostos que implicam uma política ambiental consistente:falta de cultura ambiental, de planeamento efectivo e de um sistema de justiça eficaz”.
http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/256.pdf
http://ftp.infoeuropa.eurocid.pt/database/000044001-000045000/000044764.pdf
É um repto que o SPEA pretende lançar a todos os cidadãos que quiserem ajudar na construção de um centro ambiental.
A sociedade Portuguesa de Estudos para as Aves (SPEA) submeteu à Câmara Municipal de Lisboa o projecto de um centro ambiental, no âmbito do orçamento participativo de 2012. O objectivo é recuperar bem no coração da capital , no Lumiar, “o parque edificado na Quinta das Conchas que é atravessado diariamente por muitas pessoas no seu percurso matinal a caminho do trabalho, e muitas outras que elegeram-no como espaço de lazer para os passeios em família ou para fazerem exercício físico. Mas a Quinta das Conchas e dos Lilases, no seu conjunto, também ganha vida com largas dezenas de melros, alguns patos reais, chapins, pardais, periquitos de colar, piscos de peito ruivo, rabirruivos, gaios, falcões, águias de asa redonda, garças cinzentas que adormecem no topo das árvores, andorinhas e andorinhões que, na altura da primavera, aproveitam o final da tarde para altos voos”.
“No meio deste bonito refúgio natural em plena cidade, um antigo palacete em ruínas, aguarda um final feliz. Antiga casa de verão de Faria Mantero, o palacete da Quinta das Conchas, tem gerado, pelo seu estado de conservação atual, alguma contestação pública. Recuperar e dinamizar um espaço com essência histórica, aproximar a população do património natural que a envolve, desenvolver ações de educação ambiental para crianças e jovens, disponibilizar uma biblioteca e um local que funcione como centro de educação e interpretação ambiental, é a proposta que a SPEA gostaria de ver concretizada. Ganha o património, ganham a natureza e as aves, ganha a população local e quem visita ou trabalha na cidade”. Para tal, basta apenas que as pessoas votem e, para isso, o cidadão comum inscrever-se no site da C.M.Lisboa, procurar este projeto na lista de candidatos e votar até dia 31 de Outubro de 2012. Assim de simples. Pode registar-se no link que esta no final deste texto.
http://www.lisboaparticipa.pt/pages/registo.php
http://www.spea.pt/pt/noticias/ajude-nos-a-construir-um-centro-ambiental/
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