Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

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Yvette Vieira

Yvette Vieira

domingo, 30 dezembro 2012 10:42

O primeiro canto

É um álbum de regresso às origens da sua voz e a confirmação do seu talento como intérprete.

Dulce Pontes poderia ser descrita como a voz de Portugal. Ela encarna o espírito luso através da forma como interpreta a sua música e que é só comparável à Amália, pela expressividade e emotividade que impregna nas melodias que canta. Neste disco a cantora cobriu-se de barro, porque pretendia despir-se para encontrar a nudez do seu canto. O corpo é apenas um invólucro. Queria redescobrir a sua essência, a sua alma e a sua voz. É um álbum que pretende de ir ao encontro da origem de uma identidade musical, que sai em busca da natureza, dos quatro elementos, através de uma instrumentalidade inusitada. O tema “é tão grande o Alentejo” é disso um exemplo, se ouvirem com atenção, ao fundo ecoam um didjeridoo australiano, uma gaita-de-foles e o cante alentejano dos ganhões de Castro Verde, que geram um cruzamento de sonoridades pouco usuais. É a terra. A canção que dá título ao disco é um clamor ibérico, onde estão presentes todos os sons tradicionais e a que Dulce aufere ainda mais poder com o clarinete, os tambores e a conjunção de várias vozes. É dedicado ao Zeca Afonso, o cantautor de Abril e uma das suas referências musicais. A alma guerreira é um hino à sua irreverência como cantora e como artista em busca do seu fogo interior. Sem ti meu amor não vejo o céu/apaga-se a fogueira que esta dança guerreira em mim acendeu…Dulce, a guerreira, uma doce contradição. Ondeia, é a água e devo dizer que é um dos temas que mais emoção me causa, ouvem-se os sons do mar ao fundo e a sua voz cristalina remete-nos para esse mundo subaquático, repleto de mistérios, de ondas que se propagam indefinidamente, como a sua voz que se insinua, que flutua e ondeia nesta canção. É tão sublime e magnifico como o seu talento.

domingo, 30 dezembro 2012 10:39

Uma fusão electrizante

O amor electro é uma fusão de estilos musicais que colidem harmoniosamente criando um som inusitado. O carmo e a trindade é o álbum de estreia que confirma o talento destes músicos provenientes de projectos anteriores. Um disco inovador que faz também uma viagem pelo imaginário da música portuguesa dos anos 80, com versões mais actuais e apelativas para as novas gerações. Este projecto musical não se esgota nessa dinâmica, a máquina é disso um exemplo, do que ainda esta por vir e esperemos que por muito tempo.

 Li numa entrevista que houve uma certa pressa em terminar o disco e por falta de tempo existem poucos originais neste álbum.

Tiago Dias: A única pressa que tivemos é que o contacto feito pela editora era fazer um álbum com versões e foi assim que tudo começou. Mais tarde,nos apercebemos quando já estávamos de certa forma a compor o disco, que sentíamos a falta de fazer os originais. Os timings já estavam estipulados, podem chamar-lhe pressa, havia um deadline e dentro desse timing não conseguimos fazer mais. Não fizemos isso à pressa, foi só uma questão de tempo.

O conceito de fazer um tipo de música de fusão, com vários estilos musicais, foi pensado desde inicio, foi propositado quando criaram a banda?

Marisa Liz: Não foi pensado nenhum conceito para aquilo que saia. Nós juntámos para fazer primeiro uma banda para eventos e fazer versões. A partir desse momento, criou-se ali uma linguagem mais nossa. Quando passamos disso para os originais, para voltar a mexer nas versões que queríamos ter no disco, foi muito natural e não foi pensado. Claro que, tínhamos quatro influências que tinham de ser juntas, num bolo quase, mas foi muito fácil. Depois o Tiago orquestrou toda essa junção e tirou partido do melhor das influências de cada um. Foi o que aconteceu.

Foi difícil chegar a uma editora tendo em conta que estavam a fazer essa experiência musical?

TD: Curiosamente, acho que é preciso ter sorte nos dias que correm. Foi quase uma daquelas histórias dos anos 70, em que as editoras andavam atrás das bandas. Foi o que aconteceu connosco. Agradecemos imenso por isso. Já brincaram na editora sobre essa questão, na altura, estavam constantemente a telefonar-nos. Para nós, não foi difícil nesse aspecto, porque de facto a editora contactou-nos, estava interessada no nosso trabalho, não tivemos que alterar nada, fizemos sempre aquilo que queríamos e acataram as nossas decisões. Foi fantástico.

A escolha das versões teve em conta que foram bandas e músicas que vós influenciaram como músicos?

ML: Foram as músicas principalmente. Nós podíamos ouvir temas que gostássemos todos. Algumas dessas versões já vinham de uma banda anterior. Eram realmente músicas que gostaríamos de ter feito, não fizemos e gostaríamos de dar a conhecer o nosso ponto de vista sobre a música. Achámos que pode ser um risco, mas gostamos de corre-los, porque foi um prazer fazer o disco.

O fado foi um desses riscos? É um dos mais emblemáticos da Amália.

ML: Sim, apesar de ser uma música brasileira. Eu já em projectos anteriores tinha tido essa experiência e assumido esse risco. Ao contrário do tema da Amália, estava habituada a cantar temas da velha guarda. Esse risco não é pensado, tu não pensas se as pessoas vão gostar ou não. O primeiro intuito de todos nós, é gostarmos. Eu gostava muito de cantar este tema, de dizer este poema e parte daí. Tudo o resto é posterior e a consequência. Caí o Carmo e a trindade se as pessoas gostarem, também vai cair se não gostarem. Para nós isto é o que queremos fazer. Se as pessoas gostam ou não, não depende de nós. Foi completamente sincero.

domingo, 30 dezembro 2012 10:33

A explosão dos the gift

A banda foi formada no ano de 1996 e embora originalmente não houvesse espaço para uma vocalista feminina, a voz e a personalidade de Sandra Tavares naturalmente ajudaram a cimentar o som dos the gift. Um percurso em crescendo que culminou com o novo álbum Explode. Um sentimento repleto de cor, uma emergência de ser feliz que pretende conquistar o mercado internacional.

Fizeram a sua estreia na Madeira em 1999 como foi essa experiência?

Sandra Tavares: Desde o nosso primeiro disco gravado que viemos à ilha. Foi na discoteca das Vespas, lembro-me que viemos com uma trupe de 14 pessoas em palco, éramos muitos e o espaço era pequenino e fui muito engraçado, tanto é que regressámos umas três vezes. Andamos por aí e recordo que cada vez que estreámos um disco vimos sempre à Madeira e este não é excepção.

Quando começaram recordo-me que foi difícil impor o som dos the gift porque cantavam em inglês.

ST: Foi. No inicio foi assim, o facto de cantarmos em inglês, as pessoas não estavam habituadas. Recordo, que quando lançamos o single “ok! do you want something simple?” foi aí que chegamos ao público, as rádios e todos começaram a conhecer os the gift. De um momento para outro estávamos nos melhores festivais do país, fomos ao festival de Paredes de Coura e inclusive fechámos o Sudoeste. Houve um período de adaptação. Costumámos dizer que a nossa música primeiro estranha-se e depois entranha-se. Aconteceu.

Após todo este sucesso, cinco álbuns depois, apareceu a Amália Hoje. Como surgiu o conceito deste projecto?

ST: O conceito do Amália hoje surge de um convite da Valentim de Carvalho, da direcção actual desta instituição, mais propriamente de uma senhora que se chama Paula Homem, que propôs ao Nuno Gonçalves, o compositor dos the Gift, rearranjar temas da Amália, numa versão pop. Depois ele fez-me um convite para participar e ao nosso colega, o Paulo, bem como, ao Fernando Ribeiro dos Moonspell e surgiu assim, no nosso estúdio de Alcobaça. Fizemos o disco com muito prazer. Nunca imaginámos que íamos para a estrada com esse disco. Mas, depois de ser triple-platina as pessoas assim o exigiam e fazia sentidos que fizéssemos uma digressão.

Cantastes alguns dos temas mais icónicos da discografia da Amália, tivestes algum receio?

ST: Não, não tive. Para já porque quando o Nuno me convidou, nós já nos conhecíamos aos 20 anos e de trabalharmos juntos tantos outros. Depois, ele não queria alguém que cantasse o fado, porque se fosse para isso, ele não me teria escolhido a mim. Eu ia cantar aquilo que sei cantar que é pop e trabalhando em conjunto com ele não tive medo de nada, obviamente. Mas, foi acima de tudo uma responsabilidade dar uma nova voz aos fados da Amália. Mais do que medo.

Sentistes essa pressão na altura? Porque há os mais puristas que defendem que o fado se deve cantar de uma determinada forma e não com uma sonoridade pop.

ST: A Amália não deve ser entendida como uma cantora de fado. Era uma artista pop, porque ela fazia digressões pelo mundo inteiro, tal como eu, tal como a Madonna. Cantava com os melhores artistas, um desses exemplos é o Frank Sinatra. Cantou músicas que não o fado, standards de jazz como o “Summertime”. Amália mais do que uma cantora de fado era uma diva, era icónica como interprete. Era uma mulher que ensinava muita coisa a muita gente e foi por esse motivo que aceitei o desafio.

domingo, 30 dezembro 2012 10:26

O soul é mágico

Os expensive soul expressam na sua música uma fusão de vários estilos musicais cantados em português. São virais em tudo o que tocam e como o transmitem. São um duo dinâmico cheio de energia positiva que transmitem ao seu público quer em palco, quer através dos temas que electrizam as ondas hertzianas e as pistas de danças um pouco por todo o país. 

A vossa música tem várias influencias e há uma nítida fusão de estilos, como é que surgiu e como se conheceram?

New Max: Conhecemos-nos no secundário em 1999. Éramos adolescentes e na altura estava a dar os primeiros passos na produção. Estava a escrever as primeiras letras de rap. Na época surgiu um concurso na antena 3, para a luta contra a droga e podias mandar maquetas se fosses seleccionado podias tocar ao vivo. O Demo propôs-me fazer uma brincadeira e mandar para lá um trabalho. Fizemos isso e mandámos para lá uma música muito pouco apurada e fomos seleccionados e foi esse o nosso primeiro passo.

E porque cantar rap em português? Em inglês é mais usual e fácil de aceitar.

Demo: Nós tivemos essa dificuldade. Tivemos sempre o cuidado de escolher bem as melhores frases, ter rigor com as palavras. Tivemos um trabalho muito grande em desenvolver as letras e pensar bem nas músicas. Às vezes pretendes dizer certas e determinadas coisas, que a métrica, ou a dicção tornam diferentes. Escolhíamos o que soasse melhor. Então sempre tivemos esse cuidado de encaixar as frases. A nós corria-nos bem porque havia esse trabalho de casa muito grande. Até hoje.

O lema é sempre em português. Não tiveram um certo receio no inicio, porque dizia-se que era difícil escrever música em português.

Demo: Sabes o que pensamos sobre isso? E não é querer ser arrogante. Estamos a fazer história. Um dia vais falar dos expensive soul nesta área do funk soul, com banda. Musicalmente diferente.

NM: Nós temos uma banda de inspiração, que também deu cartas na altura, que foram os Da Weasel. Eles tinham já aberto algumas portas, nós, expensive soul estamos a abrir outras e vamos abrir ainda mais para os que vierem a seguir. É uma escadinha. As pessoas percebem muito melhor. Nem toda a gente tem formação em inglês para perceber as letras todas. As pessoas cantam e nem sequer sabem o que estão a cantar. É mais pela fonética. O português chega muito mais fácil é a nossa língua mãe. A mensagem chega mais rápido

Esse trabalho nota-se no vosso trabalho o BI, é a vossa impressão digital.

NM: É onde está tudo concentrado, para além disso foi o nosso primeiro trabalho.

O que sentiram quando o CD foi rejeitado pelas editoras?

NM: No inicio, não estávamos no meio da indústria e muito menos habituados a reuniões com as editoras. Sabíamos que era uma coisa que não se fazia cá em Portugal, apercebemo-nos e eles (as editoras), entenderam que era um som que ainda não estava a bater aqui, mas sim nos EUA, na altura. Nós, por outro lado, achamos que era oportuno, gostávamos e mais importante que isso tínhamos o apoio dos nossos amigos, que no inicio era muito importante. Quando íamos tocar eles acompanhavam-nos e acreditavam no nosso trabalho. Isso para nós era muito importante, nem que fizéssemos uma edição só para eles. Foram cerca de mil CD’s na altura, tudo feito por nós e ainda bem que foi assim.

O amor é mágico rebentou com imensa força nas tabelas. Foi este tema que os tornou mais conhecidos?

NM: Foi, mas já tínhamos tido isso com o segundo disco, o alma cara e o tema as treze mulheres. Tocamos muito, tivemos cerca de 50 concertos nesse ano. Deu para perceber o que viria por aí. Agora, nunca há certezas. Passados dez anos, voltamos as editoras com este disco e elas disseram-nos a mesma coisa. E mais uma vez sabíamos o que tínhamos, não somos burros e gostamos daquilo que fazemos, o resto vem depois. Decidimos fazer tudo de novo.

Demo: Lembro-me de uma situação no segundo disco, onde nem sequer se colocava a questão da editora. Sentimos que se trabalhasse, talvez funcionasse, mas não era aquilo. Até era da opinião, no inicio que devíamos dar mais uma oportunidade a EMI, foi o que insisti mais. Fomos. Depois nos apercebemos como tudo funcionava e neste terceiro disco embora tivéssemos ido de novo às editoras, porque sentimos que poderia haver alguém que acreditasse na nossa música, podia ser uma valia, decidimos faze-lo tudo de novo sozinhos. Acima de tudo é preciso acreditar.

NM: É preciso também um grande investimento por detrás. E sabíamos que se fosse mais ou menos como no segundo disco, tínhamos mais uma vez que ser nós. Assim, juntamos várias pessoas que trabalhavam nesta área e que fizeram chegar os expensive soul à imprensa e a todo o lado. As rádios queixam-se muito que as editoras não lhes mandam discos, então as locais não chegam mesmo. Então nós fizemos esse trabalho, sabíamos onde é que eles falhavam e estamos muito satisfeitos e o resultado não poderia ser melhor.

Sim, está á vista.

Demo: Estamos a viver a utopia. Porque o amor é mágico só começa a ter sucesso seis meses depois do álbum editado. Só começou mesmo a chegar as pessoas em Setembro, o que acontece nesta altura? As pessoas desde essa lá até agora impedem de certa forma o lançamento de mais um single e estamos com muita dificuldade, porque o amor é mágico não consegue sair do air Play. Nós já lançamos “dou-te nada” é o nosso segundo single e ele está aí e é só passado um ano e meio, porque temos dificuldade em lança-lo. O amor é mágico é ainda a música. O que para nós é muito gratificante. Principalmente, é muito satisfatório e acreditares que as coisas podem acontecer de uma maneira, mesmo que não tenhas uma grande máquina promocional por detrás, a música fala mais alto. E isso é uma das coisas sobre as quais reflicto muito.

Foi nisso que pensavam quando escreveram esta canção?

NM: Nós nunca escrevemos canções a pensar em sucessos. Escrevemos a pensar em nós, temos de gostar primeiro.

Demo: É tudo muito relativo, não sabes se o single vai ter sucesso ou não.

Onde se inspiram?

NM: No princípio inspiramo-nos no que ouvíamos, na música americana. Chegou umas alturas, que começamos a trabalhar em material só nosso. Já passaram doze anos desde começamos, vem muito de nós, não é isto ou aquilo.

Demo: Se fizeres uma pesquisa e não sei se a fizestes. Eu ainda ouço os três discos e sabes que se nota uma evolução nas nossas vozes e como pessoas.

domingo, 30 dezembro 2012 09:19

Estudo do clima global nos Açores


Os EUA e o governo do Açores assinaram um acordo que irá permitir a criação de uma estação meteorológica na ilha Graciosa

O departamento de energia dos EUA vai construir uma infra-estrutura meteorológica na ilha Graciosa. A Universidade dos Açores é o parceiro privilegiado no âmbito deste projecto internacional que ajudará a monitorizar e compreender as alterações climáticas que ocorrem no Atlântico. As futuras instalações, que deverão estar concluídas em Julho do próximo ano, irão recolher informação que segundo os cientistas vai ajudar na “compreensão e previsão do sistema climático do planeta devido, a falta de informação credível e recolhida ao longo de um considerável período de tempo, a partir de diversos pontos do globo.

O projeto Atmospheric Radiation Measurement (ARM), começará por avançar em dois novos pontos de observação do clima, um em Olitok Point, no Alasca e outro na Graciosa. Os cientistas identificaram a necessidade de obter informação a partir destas regiões para avaliar e melhorar as simulações do clima a uma escala global, bem como para áreas sensíveis em termos climáticos. As medições dos novos pontos de observação irão estudar a interação entre as nuvens e os aerossóis nestas regiões e a forma como esta se repercute no planeta.Os Açores juntam-se, assim, à rede já colocada no terreno pelo projeto ARM ao nível global. Existem já estações meteorológicas em vários locais dos EUA, na Austrália, na Papua Nova Guiné e ainda algumas unidades móveis para observação em outros pontos do mundo. Cada infraestrutura inclui quase duas dezenas de instrumentos que monitorizam vários elementos do clima, como as nuvens, os aerossóis, a radiação, a precipitação, as energias solares e termais e componentes básicos do estado do tempo”, como cita o texto da hiperligação da universidade.

http://www.uac.pt/noticia

domingo, 30 dezembro 2012 09:16

Baleias via satélite


Um estudo da universidade dos Açores segue o rumo de algumas espécies dos maiores mamíferos do planeta.

É um estudo pioneiro que visa seguir as rotas migratórias de vários especímenes de baleias que sulcam os mares em redor do arquipélago dos Açores. O Programa de Telemetria por Satélite de Grandes Baleias é parte de um programa mais vasto para o estudo da utilização de habitates por grandes predadores pelágicos em desenvolvimento pelo Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) e o Centro do IMAR da Universidade dos Açores e pretende ganhar informação sobre os processos que influenciam a ecologia dos rorquais no Atlântico Norte através do estudo dos seus movimentos. Ao todo seis especies deste mamiferos gigantes constam do estudo, a baleia sardinheira, a comum, a de bossa, a azul, a aña e em menor número de passagens a de Bryde.

“A utilização de métodos de marcação individual com marcas codificadas ou através de fotografia (foto-identificação) tem sido utilizada há muito tempo para tentar obter informação sobre a movimentação de organismos marinhos, mas normalmente só fornece dados do local onde cada indivíduo foi marcado e onde foi recapturado ou reavistado. No entanto esses métodos não oferecem informação sobre a movimentação dos organismos entre esses dois pontos.  Este método permite obter detalhadamente a movimentação dos animais ao longo de um período de tempo alargado. É também um sistema de localização e coleta de dados que permite através de um transmissor, preso a um animal, ser localizado geograficamente.

O sistema utilizado no Programa de Telemetria de Grandes Baleias dos Açores baseia-se na constelação de satélites Argos e pode calcular a posição dos animais marcados com uma precisão de até 350 metros. Os transmissores são colocados na camada adiposa sub-dérmica das baleias e transmitem um código identificativo cada vez que vêm à superfície. Se durante essa transmissão um satélite estiver por cima do animal e for recebido um número suficiente de mensagens, a posição do cetáceo é calculada e retransmitida para terra”. como refere o site da intradop. Se pretende ter uma ideia mais detalhada sobre o roteiro atlântico destes magníficos mamiferos aquáticos basta clicar na hiperligação que aparece no final deste texto e maravilhar-se com os resultados.

http://www.horta.uac.pt/intradop//index.php?option=com_content&task=view&id=1093&Itemid=231

domingo, 30 dezembro 2012 09:07

Preservar a borboleta azul


A associação está a desenvolver um projecto ambiental que visa proteger esta espécie na Serra de Montemuro.

A Quercus pretende criar uma micro-reserva para a maculinea alcon (designação cientifica) no nosso país. Esta organização ambiental adquiriu recentemente um terreno de 3.500 metros quadrados para preservar uma população de borboleta-azul. Trata-se de um local, situado na Serra de Montemuro, onde foi recentemente identificada uma população da espécie, cuja ocorrência é muito rara em Portugal, pois são poucos os locais conhecidos com a sua presença e na Europa é considerada uma espécie quase ameaçada de extinção.

Este especimen ao contrário das suas outras congeneres tem um ciclo de vida curioso. “Após a postura, efectuada pela borboleta-azul em Julho e Agosto nas flores da Genciana-das-turfeiras (Gentiana pneumonanthe), os ovos eclodem, dando origem a minúsculas lagartas que vão consumindo a cápsula floral durante duas ou três semanas. Após este tempo, as lagartas deixam-se cair ao solo e esperam ser adoptadas por formigas do género Myrmica, que as irão transportar até ao formigueiro, pensando tratar-se de larvas de formiga perdidas”, refere na página oficial desta organização não governamental.

“Uma vez no formigueiro, as lagartas da borboleta-azul vão consumindo centenas de larvas de formiga, dando em troca uma substância açucarada. Em Julho, no ano seguinte ao da adopção, dá-se o processo de transformação em crisálida, sendo que uma semana depois eclode a borboleta, que rapidamente procura uma saída do formigueiro, pois a química que iludiu as formigas deixa de funcionar e rapidamente passa a ser considerada um inimigo. Como o Verão está no auge, os machos da borboleta povoam os campos em busca das fêmeas, mais acastanhadas e um pouco menos agitadas. Os urzais-tojais e os cervunais, prioritários para a conservação da biodiversidade por parte da União Europeia, são os únicos habitats onde se encontra esta borboleta. Esta população da Serra de Montemuro, que vai agora ser objecto de protecção, foi descoberta pelo TAGIS – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal, organização com a qual a Quercus tem um protocolo de cooperação e implementar o crescimento da rede natura” concluí.

http://www.quercus.pt/scid/webquercus/defaultArticleViewOne.asp?categoryID=567&articleID=3691

domingo, 30 dezembro 2012 09:01

O puro sangue


Não se encontra em vias de extinção, mas é uma das espécies mais importantes e raras do nosso país.

O puro-sangue lusitano é um dos mais belos cavalos do mundo. Quem o diz não sou eu, são os especialistas na matéria. Tendo sido uma raça seleccionada ao longo dos séculos, este espécime português, foi “seleccionado como cavalo de raça e de combate ao longo dos séculos, é um animal versátil, cuja docilidade, agilidade e coragem, lhe permitem hoje competir em quase todas as modalidades do moderno desporto equestre, confrontando-se com os melhores especialistas. No limiar do ano 2000 o Puro Sangue Lusitano, volta a ser procurado como montada de desporto e de lazer, e como reprodutor pelas suas raras qualidades de carácter e antiguidade genética”, como refere a hiperligação da associação portuguesa do cavalo lusitano.

“Actualmente, o efectivo da raça Lusitana está em crescimento, sobretudo na Europa e no Brasil, onde há uma extraordinária progressão em quantidade e qualidade. Entre nós, a qualidade geral da produção tem aumentado muito,e tudo leva a crer que se venham a estabelecer novas linhas dentro da raça, contribuindo para o seu progresso e assegurando a sua vitalidade” conclui. O traço mais atraente desta raça é a inegável beleza do seu elegante trote e a sua figura curvilinea e perfeita. A feira nacional Golegã é um dos maiores expositores destes cavalos, os sangues puros portugueses são o centro das atenções. Todos os eventos giram em torno desta espécie maravilhosa, através dos seus dressages, derbis de atrelagens e o não menos famoso horse ball. Tudo bons motivos para dar uma olhada a um dos maiores orgulhos nacionais, o lusitano português.

http://www.cavalo-lusitano.com/

domingo, 30 dezembro 2012 08:39

O felino ibero


O lince ibérico é uma das espécies mais ameaçadas do mundo. Apesar dos esforços de conservação o facto é que as populações deste felino continuam a decrescer assustadoramente.

A várias décadas que Portugal e Espanha têm vindo a encetar esforços para preservar um dos felinos mais raros do mundo, o lince-ibérico. Uma batalha com altos e baixos, devido a alta taxa de mortalidade deste espécimen raro em cativeiro e ao decréscimo galopante do seu território natural no último século. Desde que se lançou um programa de reprodução a quase uma década, foram reproduzidos um total de 92 animais e mais recentemente nasceram 26 crias. Em estado selvagem existem apenas 200 exemplares desta esquiva espécie no parque natural de Doñana, na Catalunha.

O esforço conservacionista recentemente ganhou um novo fôlego com a injecção de 34 milhões de euros, provenientes do programa Life+, instituído pela Comissão Europeia, que visa reintroduzir em antigas áreas de matagais populações reprodutoras de linces-ibericos. O projecto Iberlince pretende recuperar a distribuição histórica destes especímenes nas regiões da Catalunha, Castela-La Mancha, Estremadura espanhola e portuguesa. Um investimento que vai permitir canalizar os esforços dos dois países num único objectivo concreto que, pretende reinserir o linx pardinus (nome científico) em áreas auto-sustentáveis, através de acções com dimensão suficiente para aumentar a capacidade de suporte dos territórios para o lince-ibérico. O nosso país vai implementar um programa detalhado no decorrer deste ano, através de acções que irão rondar os 3,6 milhões de euros. A ideia é criar um corredor entre as populações existentes em Espanha e os territórios favoráveis em Portugal onde o lince já existiu. O que ainda está mais longe de conseguir é a recuperação das populações de coelho-bravo, espécie muito afectada pelas doenças mixomatose e febre hemorrágica viral e que constitui a principal fonte de alimentação dos raros felinos que se esperam que povoem de novo os territórios ibéricos.

http://linceiberico.icnb.pt/homepage.aspx

domingo, 30 dezembro 2012 08:34

Os visitantes


A comunidade de flamingos tem vindo a crescer paulatinamente em Portugal.

Os flamingos são uma das espécies que todos os anos visitam o nosso território. Embora, não sejam consideradas migratórias, porque efectuam apenas movimentos dispersos ao longo das costas africanas e europeias, o facto é que vivem cá mais de 6 mil indivíduos e pela primeira vez em quase um quarto de séculos foram avistado três ninhos na Lagoa do Salgados, no Algarve. Até bem pouco tempo, “pouco se conhecia dos movimentos destas aves, até que foi iniciado em 1977 um programa de marcação intensivo em colónias situadas na região do Paleártico Ocidental, que permitiu descobrir alguns dos segredos das deslocações desta espécie. Assim, a grande maioria dos juvenis que abandonam a colónia após a época de nidificação, dependendo da condição corporal de cada um, prefere escolher outro local para passar o inverno. De acordo com investigadores, a escolha destes locais de invernada está dependente da direcção dos ventos que se fazem sentir nas colónias no período de abandono. Após o primeiro ano de vida, a probabilidade de mudança dos locais de invernada nos anos subsequentes é baixa, existindo assim uma tendência para regressar aos locais de invernada habituais nos 2 a 3 anos seguintes” como salienta o site aves de Portugal.

Podemos observar estas aves em diversos pontos do país, mas um dos locais com maior ocorrência de número de indivíduos é sem dúvida o estuário do Tejo, mas também podem ser avistados no estuário do Sado e na reserva de Castro Marim. “A espécie pode ser observada durante todo o ano, muitas vezes formando vastos lençóis rosados que se estendem até ao horizonte. Contudo, nem sempre foi assim” sublinha. A variação dos seus números em muito depende do tipo de inverno que assola o território nacional, quanto mais seco e menos chuvoso for, maior é a quantidade de indivíduos. Outro dos factores que tem contribuído para o seu crescimento, são as politicas de conservação desta espécie e a criação de zonas protegidas no nosso país.  Se pretende obter mais dados curiosos sobre o flamingo rosado, em termos cronológicos e mais uma lista completa com os períodos mais indicados para efectuar observações desta bela ave esguía sugiro que vá até a secção respectiva no site que indico no final deste texto. Aproveite e deixe-se maravilhar pela natureza!

http://flamingos.avesdeportugal.info/observacoes.html

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