É uma das tonalidades que sempre acompanham as novas tendências da moda.
Ricardo Preto e Katty Xiomara, ambos designers portugueses, decidiram incluir nas suas colecções Outono-inverno 2013/14, o azul-marinho. É uma daquelas cores que facilmente as mulheres usam no seu dia-a-dia pela sua grande versatilidade e discrição. Por norma, é um tom associado as calças de gangas que é uma das peças de vestuário preferidas pelas portuguesas em geral, mas que pode ser revisitada em camisas, em saias e vestidos acompanhados de outras cores em bloco. O azul navy é uma designação que surge associada aos marinheiros, daí o nome e usualmente é combinado com listas e riscas brancas e vermelhas. Aliás, esta tonalidade é uma das grandes tendências desta primavera-verão também, pela sua adaptabilidade e comodidade. É acima de tudo um look básico que permite muitas combinações e é unissexo. Tem apenas um senão, as riscas horizontais alargam a silhueta, por isso, se tem mais curvas, invista nas listas verticais. Depois é só usar e combinar com acessórios em dourado e prateado. Um look clássico que fica bem em todas idades.
Mária do Rosário Pedreira é um nome incontornável da poesia em Portugal. Possui uma obra que reflecte as suas angústias, o amor, o desamor e as suas perturbações do dia-a-dia. Poesia reunida é um dos exemplos que foi em boa hora agraciado com prémio Inês de Castro.
Gostaria de fazer-lhe em primeiro lugar uma pergunta genérica, somos um país de poetisas?
Maria do Rosário Pedreira: Somos mais um país de romancistas hoje, mais do que de poetas. Diria que a nova geração é de ficcionista, mas há um grande tradição em Portugal quer de homens, quer de mulheres de escrever poesia. Eu diria que é um bocadinho cedo ainda para perceber se as pessoas que nasceram no pós-25 de Abril, que tem 30 a 40 anos, se neles há um grupo de poetas que vai sobreviver e que vai ficar na história da literatura. Acho que ainda é cedo para avaliar.
Falando dessa geração que acha que ainda vai surgir, inclui nela seu nome?
MRP: Não, comecei a escrever no século passado, portanto e nasci muito antes do que no 25 de Abril, tinha 14 anos no dia da revolução, estou a falar maioritariamente das pessoas que nasceram depois, que são os novos escritores hoje que estão a singrar digamos assim e vejo muito mais atenção aos romancistas como o Gonçalo Tavares, o João Tordo, José Luís Peixoto e o Valter Hugo Mãe do que a poetas da mesma idade. Eles não têm muita atenção da crítica, mesmo junto do publico não tem tanto sucesso que tem esses mesmos nomes no romance.
Falando de poesia, o que a inspira a escrever?
MRP: Eu não sei o que é, mas o Eduardo Padro Coelho uma vez numa feira do livro, para descrever a diferença entre os poetas e os romancistas disse uma coisa muita engraçada que era: os romancistas eram claramente neuróticos, quando andavam com um projecto acordavam com os personagens, olhavam-se no espelho a pensar nelas, não conseguiam abandonar aquilo e era algo completamente presente no mental. Não se separavam deles. Por oposição chamou aos poetas psicóticos, dizendo que normalmente eles não sabem de ondem lhes vêm aquilo que escrevem, é assim algo de transcendental. Comigo passasse exactamente a mesma coisa, vamos num autocarro ou estamos sentados a trabalhar, em casa à noite e há uma expressão, um verso que começa a azucrinar e não sabemos de onde é que vêm, mas é o princípio do poema. Obviamente que há um trabalho de oficina, mas nunca sabemos de onde vêm esse primeiro chamamento, esse primeiro apelo. Nem sei muito bem responder-lhe a essa pergunta de onde é que vêm a inspiração? A minha poesia tem muito que ver com a minha biografia, é muito virada para os sentimentos do momento, escrevo muito mais nas alturas em que me sinto muito inquieta, ou abandonada, ou triste, do que naqueles momentos em que me sinto bem. Tenho a tendência de usar a poesia como psicoterapia para os meus próprios males, mas nem sempre aquilo que escrevo é autobiográfico na medida em que o sentimento sim, é o que aparece no poema, às vezes contorno, a história não é minha. É algo que vou buscar para falar dessa coisa que me esta a moer.
É necessário sofrer para escrever poemas?
MRP: Não é para toda a gente. No meu caso é preciso sobretudo estar inquieta. Haver algo que me esta a perturbar, quando estou lindamente, ou equilibrada, eu pelo menos, não sinto essa necessidade de escrever. Para mim tem muito mais a ver com estados de alma mais soturnos, mais negros. Esse é o meu caso. Sei que há poetas como o Vasco Graça Moura, e já assisti a isto, sentou-se ao meu lado numa viagem Lisboa-Madrid e traduziu dois sonetos de Petrarca que são quase poemas dele. Existem pessoas que olham para a poesia como uma técnica, no meu caso, não. Eu escrevo poesia, comecei desde miúda, quando estou mais triste e perturbada.
O registo conta com 11 temas escolhidos por Janelo da Costa e reúne uma constelação de participações especiais para cada música, cantores e rappers do Brasil, da Nigéria, de Moçambique, Angola, Portugal e Jamaica para celebrar o regresso do 13o álbum da carreira de Kussondulola.
O amajah contou com a colaboração de vários artistas. É sobretudo música de fusão, porquê este CD agora?
Janelo da Costa: Acontece pela necessidade que sentimos de nos juntar e de dar um pouco de solidariedade perante a situação pela qual estamos a passar. A intenção é dar a perceber que necessitámos uns dos outros, independentemente, de eu ser um artista que tem muito tempo para fazer álbuns, estamos a atravessar uma época em que necessitámos de unir forças, independentemente de como a música seja encarada por individualmente. A intenção foi buscar jovens do hip hop, da música africana, do Brasil, da Jamaica e Cabo Verde, Guiné e Portugal. Foi do tipo: temos de estar todos juntos, amajah.
Este trabalho não foge um pouco do seu repertório que é mais de intervenção social?
JC: Não foge. Tem temas que abordam o custo de vida, vivemos uma situação difícil, as pessoas não têm dinheiro, falo do ecossistema num tema com a participação do Rafa Arcanjo que é um rapper brasileiro. Fizemos uma homenagem a uma zona, não toda, mas falámos da floresta, falámos que a babilónia vai cair, da troika, dos movimentos que estão a acontecer, fala dos alicerces das nossas cidades mundiais. Quando se ouve o disco apercebeste desses alicerces todos, fundamentalmente é ter fé em Deus. Essa é a base, é onde nos podemos agarrar.
E o título?
JC: Amajah é amar Deus, é abreviatura de Jeová, nome próprio. Ter fé, perante as coisas que ele criou neste universo. O álbum tem muita preocupação social, em termos de como encarámos a natureza e ao mesmo tempo fala do sufoco das pessoas. O que nos podemos agarrar ainda é a fé. Não somos cúmplices dos problemas que acontecem ao nível mundial.
Este é o seu 13 trabalho, em 15 anos de carreira, é uma espécie de balanço?
JC: Não, é uma continuidade, quando aparecemos na altura do álbum "tá se bem", perante a minha geração e a outra anterior era uma necessidade de ouvir algo novo, depois estávamos numa altura em que as famílias de baixa renda tinham dificuldades, porque são a maioria no mundo, naquela época também houve uma necessidade de homenagear essas pessoas. É sempre uma continuidade. Agora temos outra geração, que o que ama jah acabou por fazer, para ver se transmite um pouco essa conduta de que não podemos só atacar, temos de ter outra forma de ver. O disco tem essa intenção. Posso referir que tenho um disco que se chama "survivor" foi mesmo destinado para ser duetos e que tem o Vitorino, o Rui Veloso, a Sara Tavares e o Rui Reininho que é um trabalho que na altura passou despercebido, porque a industria musical teve uma quebra, foi o período da internet, mas é só para dizer que a intenção esta sempre presente.Os Kussondudolas sempre tiveram convidados, mesmo no primeiro álbum. A intenção é estar sempre juntos. É unificar, a cultura é arte.
É um dos filmes mais premiados do cinema português em 2012.
Depois do sucesso do "aquele querido mês de Agosto", Miguel Gomes, escreveu e realizou, uma longa-metragem que invoca uma homenagem à obra homónima de F.W.Murnau. Tabu apesar de ser um filme de autor e pouco comercial, conquistou os cinéfilos portugueses, o que prova que duas coisas, há espaço para a criação nacional de qualidade e existe um público sedento por este tipo de cinema, embora reconheça que o facto de ter sido premiado em vários festivais internacionais também tenha ajudado. De facto trata-se de uma obra invulgar, primeiro porque é filmada inteiramente a preto e branco, depois a narrativa propriamente dita não obedece a um conjunto de parâmetros pré-estabelecidos, ou seja, não estejam à espera de uma "áfrica minha", embora também se trate de uma história de amor com contornos trágicos. Tabu desde o primeiro momento faz o retrato de um paraíso perdido em três capítulos, contado quase sempre na terceira pessoa, através de um narrador que nos embala languidamente até o idílio amoroso de Aurora e Gian Luca. As personagens acabam sendo também eles instrumentos desta narrativa poeticamente muda, feita de luz e sombras, que conferem força as imagens habilmente captadas pela câmara, que culminam num final quase inesperado. Miguel Gomes acima de tudo filma a solidão das várias personagens que compõem a sua "pintura" cinematográfica, daí os silêncios, os choros e os suspiros que habilmente introduz ao longo desta narrativa melancólica. Se calhar o seu único "defeito" é de ser um filme português, se fosse americano, aposto que já teria ganho um óscar! Bom cinema.
Com particular interesse pela relação entre o individuo e o espaço que o rodeia, o trabalho de Natercia Caneira tem-se desenrolado em torno das questões do corpo e da paisagem, assim como da importância que a deslocação geográfica tem no desenvolvimento do processo criativo do artista, um metódo que ficou patente na sua última residência artística na Pedra da Sina, no Funchal.
A instalação desta exposição é inspirada em quê?
Natércia Caneira: Nas questões da luz e de como as pessoas se movimentam no espaço, é uma das coisas que me interessam, neste caso quando cheguei à residência e em conversa com o grupo ficou acordado que uma das salas seria utilizada por mim. Então a partir daí começo a construir a instalação, já que estava também a viver nesse mesmo sítio e vou construindo consoante a minha percepção do espaço. A minha relação com a luz, com a janela, com os candeeiros que já existiam na sala, dois cabides que me deram para pendurar a minha roupa que resolvi também integrar na peça. Mais tarde a instalação começou a crescer e pedi mais dois cabides, no fundo está construída em torno desses dois objectos que encontrei aqui. Na rua achei no chão sumaúma, é de uma a árvore que existe na ilha, nunca tinha visto uma ao vivo e esta espécie de novelo tem uma grande capacidade de reflectir a luz. É um material que é branco, mas quando a luz lhe bate reflecte brilho, essa semente foi também integrada na peça. O material que uso é um fio que é feito de sumaúma tecida. A lógica foi integrar o que foi encontrado aqui nestas duas semanas que cá estive e que me interessava, porque tem a ver com as minhas ideias de luz, espaço e linhas. E que durante o dia é completamente diferente, porque a luz que entra pela janela reflecte os brilhos do próprio material. À noite a luz controlada por mim, cria um ambiente totalmente oposto, uma luminosidade mais suave, mais relaxada. A forma como a instalação esta feita também permite que as pessoas andem pelo espaço, em torna da peça, que possam interagir com ela, tocando os materiais e andando em volta, criando esta espécie de dança entre o objecto e o visitante, o facto de se entrar por uma porta e sair por outra, era tudo coisas que estive a pensar enquanto construía a peça.
Então consideraste uma artista visual?
NC: Sim, eu sou uma pessoa que venho do campo da pintura e do desenho, depois da escultura e que sempre me dediquei a estas questões da escala, do espaço e do corpo humano em torno desta dinâmica. O meu trabalho é de facto de instalação para um sítio específico, é-me designado um espaço e eu crio a partir daí. Também trabalho com fotografia e com vídeo, com vários materiais e técnicas diferentes, mas sempre seguindo com estas preocupações que tenho e que tem a ver com espaço.
Quais são os factores preponderantes que te atraem em relação a um espaço em detrimento de outro?
NC: Normalmente sou muito flexível nessa questão. Gosto de experimentar espaços diferentes. Faço uma proposta para um determinado local e depois adapto-me ao espaço com a concordância das pessoas que lá estão. Neste caso, chegámos a acordo em relação àquela sala, porque tinha duas entradas, permitia as pessoas pudessem circular por um lado e sair por outro. Escolho esse tipo de locais, que permita ao visitante poder entrar e sair, circular mais facilmente junto da peça.
A Luz e a sombra são importantes no teu trabalho?
NC: Sim, são extramente importantes.
Dois estudos provaram que esta espécie invasora não prejudica os ecossistemas autóctones.
O Bico-de-lacre, uma espécie da africa subsaariana foi alvo de dois estudos que permitiram concluir que o seu impacto ambiental na biodiversidade nativa é residual, já que esta ave exótica tem vindo a ocupar um nicho ecológico bastante diferente da maioria dos espécimens autóctones. As duas investigações, dirigidas pelos cientistas Helena Batalha e Carlos Carvalho, investigadores da CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, Universidade do Porto), apresentam resultados "animadores" sobre a espécie e a sua presença em Portugal. Embora se trate de uma espécie exótica introduzida há duas décadas, trazida na época de regresso dos ex-colonos, os bandos de bicos-de-lacre não competem com as restantes aves, embora também possam ser encontrados em zonas agrícolas, ripícolas e arrozais, o facto de comerem só sementes de certas gramíneas, que parecem ser pouco comidas pelos outros especimens, faz com que não seja um animal que exerça pressão ecológica sobre as endógenas. Outro factor a ter em consideração nesta equação é o longo período repodutor destas aves que gera menor pressão nas restantes espécies nativas. Contudo, a sua escolha dos locais de nidificação acaba por ter impacto numa pequena ave local, a escrevedeira-dos-caniços, classificada como "vunerável" e que também põe os ovos nas mesmas zonas húmidas que o bico-de-lacre.
Artigos:
- A successful avian invasion occupies a marginal ecological niche («Acta Oecologica»)
- Personality traits are related to ecology across a biological invasion («Behavioral Ecology»)
São as novas sugestões de jovens criadores portugueses para o outono-inverno 2013/14.
Carla Pontes é um dos novos rostos da moda portuguesa. As suas peças reflectem a conceptualização das texturas, desenvolvem volumes e criam silhuetas em blocos, como é o caso da sua colecção "Pedra" que a própria define como, uma escala de visão micro, em que surge o "bloco" a rocha quebrada, polida ou lascasda que na terceira dimensão ganhou corpo. Blocos texturizados desenvolvem-se nos volumes pregueados de denim e nas malhãs de lãs com aspecto rugoso mas toque quente e macio.
É um programa humorístico que visa satirizar a actualidade portuguesa.
São os bonecos mais giros da televisão portuguesa, que toda a gente recorda de programas anteriores, como o "contra informação" e "jornal louco". A SIC notícias e a SIC radical mostram diariamente, durante cinco minutos, a realidade social, politica e desportiva do nosso país de uma forma cómica e que faz as delícias dos telespectadores. É sempre um programa com grandes audiências, porque os bonecos acabam por reflectir as situações e características mais caricatas das personalidades mais emblemáticas da sociedade portuguesa. É acima de tudo um momento de puro divertimento e que merece a minha nota máxima pelo sentido de humor refinado. Em boa hora voltou e esperemos que fique por um longo período.
Johan Rodrigues nasceu em Estocolmo, mas cresceu em Portugal, filho de mãe sueca e pai português, começou a escrever canções aos 15 anos assim que aprendeu os primeiros acordes. Sem formação musical formal, escreve, compõe, toca, canta e produz todos as canções do seu EP de estreia "UM". Em Portugal contam-se dois primeiros prémios em dois concursos, Novos Talentos Fnac Coimbra 2009 e Incubadora Criativa 2011 com o projecto 'Aboutowake'.
Fala-me deste novo trabalho musical, "Um", sobre o porquê destas canções?
Johan Rodrigues: O título "Um" aparece por várias razões, a primeira das quais é porque se trata de um trabalho a solo, portanto, apesar de ter um EP com o produtor Björn Öqvist que foi gravado na Suécia. As canções foram escritas enquanto estive nesse país no natal e depois quando cheguei cá gravei-as. Por outro lado, escolhi o dia 1 de Abril para lançar este trabalho, disponível na internet.
Escrevestes as canções em inglês e não em português porquê?
JR: Eu escrevo também canções em português, para este trabalho decidi que seria em inglês para abranger o maior número de pessoas, não só os portugueses. É um EP com cinco canções, também escrevo em português, mas penso inclui-las no próximo trabalho.
Porque escolhestes estas cinco canções, há algum ponto em comum entre elas? Se é que tinham?
JR: Eu comecei este trabalho no final do verão passado. Aliás, o primeiro tema que coloquei na internet é uma demo da canção "so is love" e depois comecei a fazer gravações. Quando voltei para Portugal era suposto continuar aquele trabalho, mas ao ouvir as gravações do que tinha feito no final do verão, achei que já não era eu, passei por um processo de aprendizagem de produção musical e aí esta a diferença entre uma demo e um produto final. Assim que em Janeiro decidi então recomeçar tudo de novo, porque senti que as canções que trazia falavam de experiências pessoais pelas quais tinha passado e que nada tinham a ver com o trabalho que estava a desenvolver e houve um compasso de espera de reescrita do EP. O que tem é comum é esse período de tempo em que experienciei várias coisas e as viagens que fiz, é uma espécie de um diário.
Um diário de viagem?
JR: Sim e estamos a falar só da parte da escrita. A própria produção foi um processo evolutivo, alterou-se entre o verão e o princípio do inverno.
Moinho de papel é sobretudo um atelier de conservação e restauração de documentos gráficos, mas não só, a sua mentora, Regina Vieira, gosta de criar encadernações mais criativas, artesanais e personalizadas. Desde miniaturas de livros, álbuns e agendas tudo é possível encomendar a esta restauradora cheia de bom gosto.
Moinho de papel surgiu como atelier de restauro, mas não só.
Regina Vieira: É a minha função principal. O projecto começou há quatro anos e foi o resultado de uma formação de conservação e restauração. Já no curso especializei-me em livros, tive vários estágios e quando terminei decidi abrir um espaço na casa dos meus pais, onde recebo os clientes e os trabalhos. Gosto, por outro lado, de fazer trabalhos mais criativos e é aí que entra a encadernação criativa
Então este tipo de projectos mais criativos quando é que surge?
RV: Há um ano e meio, quase dois anos. Primeiramente só fazia restauro de livros, mas uma parte do processo é encadernar de raiz, é uma grande parte da formação. Quem esteve em artes e gosta desse aspecto acaba sempre por dar largas a sua imaginação e criar os seus próprios livros, caderninhos, agendas e miniaturas que adoro fazer. Eu tenho uma pena quando os vendo. Gosto de todos.
Então como é que tudo começou? Começaste a faze-los para ti e depois foste oferecendo as amigas é isso?
RV: Sim, as pessoas iam pedindo quando viam as que tinha feito para mim. Depois comecei a pensar que podia vender alguma coisa. Coloquei imagens de peças no facebook, no site e de facto vendia. Hoje em dia não é a minha função principal, mas gosto imenso de o fazer, é por encomenda, porque tenho muito trabalho a tempo inteiro de restauração e não me posso dedicar a 100% na parte mais artesanal.
Que tipo de memórias as pessoas querem guardar?
RV: É mais cadernos, agendas, álbuns de fotografia para crianças principalmente. Para os casamentos faço os livros de honra, porque querem algo mais personalizado e feito de forma artesanal tem outro valor, principalmente porque as pessoas podem escolher o que querem, as cores, o tamanho, os materiais, é tudo adaptável ao gosto de cada um. Não interessa a idade dá para agradar a todos.
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