Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

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Yvette Vieira

Yvette Vieira

sábado, 21 dezembro 2013 16:41

A fotografia é um mistério

É uma obra de autor da artista da fotografia Susana Paiva

É um livro mais do que inesperado, é como abrir um presente e encontrar outra caixa, e outra caixa mais pequena, e outra e outra, basta olhar para a capa. Nada é óbvio. Trata-se de um compêndio sobre o que é a fotografia, e sim, possui imagens, é um objecto literário e artístico num só volume. E os livros como os homens não se medem aos palmos. Acreditem. As fotos que vai ter de descobrir, através das novas tecnologias, essas remetem-nos para o universo de Susana Paiva, o seu mundo de luz e de sombras, para o céu e a terra e os seus mistérios. Trata-se de uma forma muito peculiar de olhar para a fotografia, é a visão personalizada de uma profissional que nada tem de comum, ou de banal, é esse o seu cunho, a sua assinatura e vale a pena folhear esta pérola só para confirmar o talento. Boa descoberta.

 

sábado, 21 dezembro 2013 15:31

A noite mais longa do ano

 

Venha descobrir o antes e o depois de uma tempestade marítima que assolou a costa sul da ilha da Madeira, em particular a localidade de Santa Cruz.

Ao contrário do que se afirma não são só as mudanças climatéricas as principais responsáveis pela invasão do mar em terra, o oceano é uma força da natureza em constante mutação, viva e imprevisível e inúmeras vezes, esquecemo-nos disso. Desde que o mundo é mundo sempre existiram marés vivas, ondas gigantes e tempestades marítimas, o que mudou foi a acção directa do homem na costa, e numa ilha as consequências desses eventos naturais são no mínimo avassaladoras. No final da tarde do 17 de Dezembro de 2013 o firmamento pintou-se de cobre, um fenómeno natural que anunciava já o princípio do que seria uma longa noite de insónia e o prelúdio de uma tempestade tropical anunciada. O mar da costa sul da ilha da Madeira, por norma azul sereno como um poço como diz o povo, decidiu mostrar a sua força e destruir tudo o que se encontrasse no seu caminho. Ondas com nove metros de altura rebentavam ao largo de Santa Cruz sem dó nem piedade, num ruido quase ensurdecedor de pedras vulcânicas estilhaçadas em mil pedaços pela força da água salgada em fúria.


Eu e outros como eu olhávamos impotentes e silenciosos à invasão das águas, agravada pela força do vento e a chuva grossa que arrastavam esqueletos de árvores e entulho para as artérias principais da cidade com alma de vila. A rua da Praia tornou-se literalmente num passadiço para o mar invasor, as palmeiras agitavam-se, mas não partiam e os edifícios resistiam silenciosamente enquanto eram fustigados pela tempestade impiedosa. Quase ninguém se aventurava pelos passeios salgados. Noutros pontos de Santa Cruz as ondas alçavam-se e mostravam o seu furor branco, um fenómeno assustador, mas ao mesmo tempo de uma beleza quase indescritível, uma espécie de bomba de espuma que se fragmentava em milhões de gotas salgadas que banhava tudo em seu redor. Era a mãe natureza no seu melhor.

sábado, 21 dezembro 2013 15:26

A cristalina

Ana Moreia possui já um curriculum extenso em termos de representação, apesar de jovem. É uma das poucas actrizes que consegue trabalhar em permanência no cinema português. Um palmarés invejável que inclui alguns das personagens mais emblemáticos da cinematografia nacional e ainda, alguns prémios internacionais.


Com uma carreira extensa no cinema, que começastes desde muito jovem, como encaras à evolução da cinematografia portuguesa desde essa altura até os dias de hoje?
Ana Moreira: É um cinema muito rico, com muita história. Temos óptimos realizadores como o João Botelho, o Manuel de Oliveira, a Teresa Vilaverde e o Jorge Caniça que contribuem todos para este universo que é o cinema português, apesar de vivermos uma crise em tudo o que seja relacionado com a cultura, o cinema é de facto uma forma de arte para se practicar. No entanto, há todo um sangue novo com cineastas novos como o José Salavisa, o Rodrigo Areias, ou o Jorge Quintela que são jovens promessas do cinema português e que vejo como um grande futuro pela frente.

Já trabalhastes para realizadores masculinos e femininos, notas algumas diferença ao trabalhar com eles e elas?
AM: Não.

Dos papéis que estivestes ao longo da tua carreira, quais foram os que te apresentaram um maior desafio em termos de representação? Na corte do Norte representastes mais do que um personagem, mas em Transe, por outro lado, tivestes de aprender uma língua. Qual delas te exigiu mais?
AM: À sua maneira todos os papéis são diferentes e desafiantes, assim como trabalhar com diferentes realizadores traz toda uma nova práctica de representação, porque todos exigem coisas diferentes para os personagens que criaram. Algumas personagens são fisicamente e psicologicamente mais desgastantes até porque a própria rodagem é diferente. Quando estas fora do teu país, da tua casa, ausente do teu quotidiano entregastes mais profundamente á personagem, porque não tens as referências do teu dia-a-dia e vives tudo mais intensamente. Se calhar com a Teresa Vilaverde, ela sempre escreve personagens femininas muito fortes e tive com ela talvez assim momentos marcantes e bons ao nível da representação. Com o Botelho, com "a corte do norte", tive a sorte de embarcarmos nesta aventura dele acreditar que no mesmo filme eu era capaz de fazer cerca de seis mulheres com temperamentos e de épocas diferentes. Foi todo um trabalho de actor e teve de haver uma confiança muito grande entre mim e o realizador para acreditar-se no trabalho e ser-se generosa.

Como consegues descascar-te dessas personagens? É um processo difícil?
AM: Não, é difícil. Essa coisa de levar-se o personagem para casa e ficar a sofrer, não, não. Isso para mim não funciona assim, não há regras da maneira como deve ou não funcionar, o que acontece é que de alguma maneira a personagem no dia acaba, as cenas que tínhamos para fazer estão cumpridas, no dia seguinte haverá mais, quando muito a personagem fica adormecida, latente debaixo da pele e quando preciso vou busca-la outra vez, mas procuro não sofrer, o cinema deve ser algo bom.

sábado, 21 dezembro 2013 15:20

Peekaboo by ms

 
É uma marca de design moda criada pela jovem estilista Mariana Sousa que procura apelar ao espirito mais jovial e charmoso das mulheres portuguesas em qualquer idade.


Porquê decidiste seguir a carreira de designer de moda?
Mariana Sousa: Porque me acompanha desde jovem, a minha mãe é costureira há mais de 30 anos, eu cresci no meio dos tecidos. O sonho dela era ter sido estilista, a filha deu continuidade a esse desejo. Mas, não há uma única razão, contudo, se soubesse o que sei hoje não tinha feito o curso de design de moda, até o tinha tirado como hobby e teria escolhido outro. É uma área bastante complicada, ninguém nos dá o valor merecido.


Diz-me como crias as colecções? Onde é que te inspiras? É apenas nas tendências, ou também és influenciada por outros fatores como os materiais, no caso da ilha, as flores, os bordados e as paisagens.
MS: Por exemplo, a colecção desta primavera-verão inspirei-me nas hortências, porque quem vai para o norte da ilha e arredores, nota estas flores lindíssimas, pelas cores e formato. Fui buscar tecidos com texturas, tudo o que me fizesse lembrar esta flor. A última colecção de outono-inverno de 2014 remete-nos para o jardim de outono, através das cores das madeiras, das folhas, fiz sobreposições e tudo o que vejo numa floresta cá inspira-me.


Quais foram os principais desafios para algumas das peças que apresentastes nesta última colecção? Houve algum material que apresenta-se mais dificuldade ou nem por isso?
MS: Não, tenho tecidos de forrar cadeiras, acho que são os melhores têxteis para trabalhar e tem a uma qualidade elevada.


Usaste-os para os casacos?
MS: Exacto, tenho pelos, malhas com mistura de cores e vários tipos de fios, mas não tive dificuldades em trabalhar com nenhum. Os padrões para as malhas, sou eu que as faço e tenho duas senhoras que trabalham com a máquina.

sábado, 21 dezembro 2013 15:11

Partir


É uma curta-metragem escrita e realizada por Fábio Freitas que aborda uma ideia de mudança no seio de uma pequena família. Um filme que teve como protagonistas a Marta Andrino e o Fábio Arraiol que falaram sobre os desafios das personagens.
O que inspirou o argumento para o "partir"?
Fábio Freitas: O "partir" nasceu da necessidade de ganhar força num momento menos bom da minha vida, basicamente foi onde encontrei encorajamento. Partir é mesmo isso, é causar movimento, foi o que fiz.


Reparei que o cenário é escasso, há poucos objectos, não conseguimos nunca perceber quem são estas pessoas, mesmo em termos de vestuário, foi propositado ou não?
FF: Foi claramente propositado, aliás, não gosto de ilustrar muito as coisas, quanto menos as salientar para mim melhor. Não só ao nível do vestuário usei cores muito semelhantes, há toda uma necessidade em termos de fotografia de existir uma coesão, uma abundância dos castanhos e necessidade de os tons serem muito ligados á natureza principalmente. É muito terra a terra, eles estão muito afastados da vida citadina, de um momento urbano.


A cor branca salienta uma certa inocência dos 3 irmãos.
FF: Sim, sem dúvida.


Uma pureza mesmo sob a forma mais intima.
FF: Sim, isso foi tudo pensado nesse aspecto, porque basicamente as personagens aprenderam a viver de uma forma muito própria, que advém de uma sociedade rural muito isolada e com isso existe muita ingenuidade e daí essa pureza e o branco é a melhor resposta e simbologia.

sábado, 21 dezembro 2013 14:46

Vamos a ahua?


É uma marca de surf dedicada ao desenvolvimento de handplanes para bodysurf e alaias para o surf. Através da pesquisa e experimentação nos últimos dois anos, procurando desenvolver produtos de alta qualidade, conforto e performance, que quebrem o estabelecido e inovem, como conta o fundador deste conceito.

Como é que surgiu a ideia de criar uma marca de surf, a Ahua?
Nuno Mesquita: Comecei a interessar-me pelo tema quando vi um filme sobre as alaias, sobre as pranchas de surf havaianas. Notei que precisava de tempo, porque não tinha a experiência de trabalhar as pranchas à mão, então comecei pelas handplain, que no fundo são pequenas pranchinhas, numa escala mais pequena, comecei a faze-las, vi que começaram a ganhar graça, adquiri destreza e parti para a minha primeira alaia que correu muito mal, porque escolhi uma madeira muito má. Depois tive uma grande dificuldade em adquirir a paulowina, uma madeira adequada para as pranchas havaianas e handplains, estive vários meses à espera e decidi tentar a cortiça que é um material que esta aqui mais a mão e já tinha algumas peças com esse material. Foi esse o motor para fundar a marca Ahua


O que estas pranchas, as alaias, tem que as restantes não têm?
NM: Comecei a faze-las porque não havia ninguém a faze-las e também não podia compra-las. A mim nunca me interessou ter uma prancha de surf normal e nestas havia qualquer coisa que me chamava e ainda não sabia o que era. A alaia é uma prancha específica para um certo tipo de ondas, é fantástica, é mágico andar nelas, porque são muito mais rápidas, como não tem quilhas, que é barbatana que sê vê por debaixo, roda, é como fazer snowboard em estado líquido. É preciso ir buscar energia a outros sítios e isso cria uma relação diferente com a onda.


Referiste que a primeira alaia correu mal por causa da má escolha do material, como então fizeste a pesquisa para chegar a paulowina?
NM: Foi pela internet. O material ideal para estas pranchas é a paulowina, que é um madeira muito leve e flexível, ideal para saltar. Isto faz com que tenha um acabamento total à base de óleo de linhaça e mel, que são muito resistentes a água salgada, deixa de ter fibra de vidro, ou verniz e a prancha é muito mais ecológica. Se fosse uma outra madeira não funcionaria.

 

sábado, 07 dezembro 2013 11:18

1 de dezembro 1640

 

A retoma da independência é comemorada com pompa e circunstância na cidade de Santa Cruz, na Madeira.

A escuridão ainda abraça Santa Cruz, mas já se ouvem passos nervosos que irrompem pela calçada, as ondas a rugir no calhau, o eco de vozes em alegre algazarra pelas ruas e a azáfama incessante do roçar das mercadorias no mercado local. Junto da Quinta do Revoredo a paz é abruptamente interrompida pelo som dos instrumentos em debandada e gritos de alerta, a banda municipal prepara-se para marchar pelas ruas da cidade, dando início a uma das mais belas arruadas da Madeira, única em toda à ilha, que ininterruptamente reconstitui há mais de 80 anos, graças aos ímpetos nacionalistas de um maestro e alguns músicos, as comemorações do 1 de Dezembro de 1640.

 
Seis em ponto da manhã. O toque de alvorada ressoa pelas estreitas ruelas de uma cidade com alma de vila, espontaneamente o povo junta-se aos músicos que param em todas as instituições da freguesia, um a um todos são brindados com a mesma boa disposição matinal e um hino de teor nacionalista. No extremo oposto, santa-cruzenses e muitos curiosos, aguardam pacientemente, entre bocejos e conversas de circunstância junto dos paços do Concelho, pela banda municipal para dar início à encenação da restauração da independência, pelo grupo de teatro amador "Minuto". A revolta dos 40 conjurados contra o jugo dos espanhóis começa...dois conspiradores discutem os últimos pormenores para um plano de ataque ao palácio do Rei, com o objectivo de capturar a Duquesa de Mântua e providenciar a morte do secretário de Estado, Miguel de Vasconcelos, aproveitando a circunstância de que a corte espanhola havia abalado para Madrid. É o prelúdio de um momento perdido nos idos do tempo, mas ainda muito presente na memória colectiva que hoje é relembrado após 373 anos, os revoltosos liderando o povo empobrecido hasteando bandeiras bancas com o escudo de Portugal invadem o palácio entre gritos de: Matem o traidor e viva a liberdade! A nobre italiana entre protestos veementes é presa como é suposto e dom Miguel é enviado para a forca que o aguarda junto a turba. O gesto dramático arranca as gargalhadas e os aplausos de todo o público presente, já que, o que é lançado em seu lugar da varanda da Câmara Municipal de Santa Cruz, nada mais é do que um boneco.

sábado, 07 dezembro 2013 11:13

O colector de vidas

Jorge Palinhos é um dos nomes incontornáveis da dramaturgia nacional. É também um autor que deambula pelas diversas áreas da escrita, desde os contos, guiões de cinema e mais recentemente o romance. Acima de tudo é um apaixonado pelo teatro e pela escrita daí a sua vocação e maldição, num país em que escrever é uma estranha forma de vida. Actualmente, podemos encontra-lo no Teatrão, em Coimbra.

Juntamente com outros autores e escritores tem desenvolvido uma actividade artística no "teatrão", através do "conta-me como é". Neste momento estão a escrever uma peça para teatro a várias mãos, como é que se encontra um fio condutor para um texto que se pretende uniforme, quando os autores possuem experiências e percursos diferentes?
Jorge Palinhos: Isso é algo que ainda estamos a trabalhar e tentar descobrir nesta altura. Encontrar pontos em comum, a articulação para as várias cenas e criar uma narrativa uniforme, algo que pareça coerente no seu todo, mesmo sendo escrita a várias mãos.


Mas, há um tema em comum que abrace todas essas escritas, ou não?
JP: Sim, o tema é retratar as situações do quotidiano que reflectem um facto que influência a vida da maior parte das pessoas, esse é o grande tema em comum.


As histórias são independentes ou vão-se cruzar?
JP: Que se vão cruzar ou não, isso é algo que ainda estamos a estructurar neste momento. Houve um processo de escrita, de reflexão das várias cenas, aliás, em cada um desses fins-de-semana houve um momento de leitura com o público, onde as cenas eram representadas e discutidas com a audiência, para verificar até que ponto as pessoas se reconheciam nessas situações.


E a peça será apresentada quando?
JP: Terá estreia no próximo 24 ou mesmo no dia 25 de Abril de 2014, mas terá uma temporada mais prolongada em Coimbra, no mês de Outubro.

 

sábado, 07 dezembro 2013 11:12

Uma família açoriana

É uma minissérie de televisão baseada num livro de Maria Filomena Mónica.

Trata-se de o percurso de uma família rica dos Açores ao longo de 10 anos, em pleno século XIX. Uma adaptação para televisão de um romance intitulado "os cantos", da autora Maria Filomena Mónica também aqui no duplo papel de guionista, que ajuda a traçar o percurso não apenas do clã dos Câmaras, mas acima de tudo que retrata com a maior das fidelidade a realidade de uma das ilhas dos Açores, São Miguel. Gosto muito deste tipo de programas pelo rigor que imprimem em tudo, desde os cenários, ao guarda-roupa, ao enquadramento histórico e até o discurso adequado para a época, é sempre uma mais-valia ter um momento de ficção de grande qualidade num canal público. "Uma família açoriana" é uma grande aposta da programação da RTP e a meu ver ganhámos em todos os aspectos, desde o guião até nas questões mais técnicas, como a fotografia, algumas das imagens de fundo são de facto maravilhosas e vale a pena sentar-se e apreciar a vida nas ilhas.

 

sábado, 07 dezembro 2013 11:09

Era uma vez

Os storytailors são uma dupla que estilista portugueses que comemoraram em Outubro 10 anos de existência.

Quando Luís Sanchez e João Branco invadiram as passerelles com a sua primeira colecção os queixos caíram perante tanta alegre e transgressora criatividade e no final ocorreu uma chuva aplausos de que não há memória. Esta dupla contou-nos uma história de encantar que se prolongou por estes dez anos de existência , embora com alguns sobressaltos pelo caminho, fruto de um mercado demasiado pequeno e limitado financeiramente para sustentar tal visão estilizada e requintada da mulher portuguesa. O único facto que nunca podemos refutar é o luxo dos visuais que criam, desde a qualidade dos materiais e uma modelagem impecável que acentua sempre as curvas maravilhosas das silhuetas femininas. Mas, o que os diferencia do resto? São as histórias que cada uma das suas peças contam no todo, ou mesmo isoladas, é como se cada um daqueles vestidos assumisse uma personalidade, a mulher anjo, a cigana, a Eva, a borralheira, a guerreira, a sedutora e a romântica, todo o tipo de personagens que habitam o corpo de uma mulher. É essa a genialidade dos Storytailors! O sonho que vive em cada uma dessas colecções, em cada um dos pormenores que compõem os coordenados e que fazem todas as mulheres suspirar... Espero que por muito mais tempo. Parabéns e que venham mais 10!

 

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