É a primeira longa-metragem de ficção científica lusa.
Collider é uma produção nacional, aliás, é a primeira longa-metragem portuguesa de ficção científica que tenta chegar a novos mercados, daí que a equipa de actores seja multinacional. Há artistas portugueses, americanos e irlandeses, numa produção além-fronteiras, uma parceria entre Portugal e Irlanda, que surge de uma ideia e argumento original de Nuno Bernardo, que foi o motor deste projecto. Collider é um universo completo desde aplicações para a Web, jogos e os micro-episódios que fazem parte deste mundo fantástico, as histórias que aparecem na banda desenhada fornecem as personagens e o enredo ao filme, contudo não é uma adaptação, digamos que a novela gráfica é a pré-sequela da longa-metragem. Confusos? Bem, passo a explicar, o filme começa no fim do livro da BD, se não a leram não ficam decepcionados, garanto que a história é emocionante e facilmente as seis personagens contextualizam os acontecimentos prévios que os transportaram para um hotel em Genebra. Embora, o argumento pareça ter muitas brechas, muitas perguntas sem resposta, não creio que o argumentista se tivesse "esquecido" de esclarecer o espectador, estou convencida que essas "falhas" (e não vou dizer quais vai ter que descobrir), surgem porque o objectivo de Nuno Bernardo é que depois de visionar o filme, vá explorar o universo Collider em busca das respostas para as suas dúvidas. O que sugiro é que saboreie o filme sem preconceitos, contudo há dois pormenores que me deixaram um pouco magoada, primeiro, os monstros que nunca aparecem, nem uma única vez e estava a contar com eles, queria pelo menos apanhar um daqueles cagaços monumentais e vim-me embora de mãos a abanar. Prometem muito num dos cartazes e depois nada. Não foi justo. O segundo, o final é feliz, abrupto e inesperado, não estava à espera que todos sobrevivessem daquela forma...e mais não digo. Vão ver! Bom cinema.
Danny Ivan considera-se um jovem artista independente. O seu maior desejo é fazer as pessoas felizes quando olham para o seu trabalho, mesmo que seja através dos objectos mais banais do quotidiano. A alegria que dedica a sua arte reflete-se nas cores fortes e vivas que imprime as suas ilustrações e não há como escapar a este mundo multicolor cheio de charme e detalhes. Venha conhece-lo.
Porquê para ti foi essencial criar um estilo como designer gráfico?
Danny Ivan: Eu acho que quando queremos criar um estilo é para tentar diferenciar o nosso trabalho dos outros, porque há artistas fantásticos por todo o mundo, se não estamos informados sobre os trabalhos deles, nós em grande parte sentimos que estamos a fazer o mesmo. Por isso, acho muito importante criar o nosso espaço, a nossa forma de expressar o que temos cá dentro.
Como é que te surgiu a ideia de fazer trabalhos com muitos detalhes?
DI: Eu acho que é muito importante chegar ao detalhe em qualquer trabalho, pode ter um ar muito simplista, mas se formos ao pormenor as pessoas identificam e reconhecem que há um conceito, que existe um trabalho ali. É uma forma simpática de criar uma relação com um público em geral. E, acho que os detalhes fazem a diferença na vida, desde os nossos mais pequenos actos, da forma como nos relacionámos, tento aplicar essa ideia na ilustração, ou na própria fotografia. Acho que no meu ponto de vista é essencial.
Como é que surge o teu processo mental em termos criativos? Nos teus trabalhos coexistem duas vertentes, as ilustrações propriamente ditas e depois a fotografia que se transforma numa imagem detalhada.
DI: Costumo dizer que não tenho processo algum. Simplesmente tenho um sentido de observação bastante apurado, estou sempre a observar tudo, gestos, pessoas, cores dominantes, todo o ambiente dos museus, galerias, leio muito, vejo muitos filmes e oiço muita música. E de repente isso faz um clique na minha cabeça, não consigo explicar o como e depois começo a esboçar nesse momento. O que é realmente é difícil é estar sentados á espera que a criatividade fluía. Acho que provavelmente o meu processo é estar sempre em processo, por ventura, essa é a melhor expressão que me define como artista.
Uma iniciativa que visa restabelecer a floresta autóctone em todo o território nacional num único dia.
A Autoridade Florestal Nacional(AFN), o Instituto de Conservação da Natureza(ICBN), a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza) estabeleceram uma parceria com vista à criação de um programa de incentivo à reflorestação de 74 municípios portugueses, hoje, no dia 23 de Novembro. O objectivo é florestar Portugal com 91 mil árvores autóctones como a: Azinheira, Cerejeira-brava, Carvalho-português, Carvalho-negral, Carvalho-alvarinho, Medronheiro, Zambujeiro, Sobreiro, Amieiro, Freixo, Borrazeira-negra, Salgueiro-branco, Ulmeiro, Amieiro, Freixo e Choupo-negro um pouco por todo o território nacional. Os voluntários que queiram participar poderão ainda recolher bolotas e semeá-las (em pacotes de leite, ou garrafas de plástico) e fazer um viveiro de plantas (para o ano estarão prontas a ser plantadas).Ou ainda, organizar um passeio pedestre para reconhecimento e identificação das árvores autóctones dos jardins e dos campos próximos. Para que a iniciativa obtenha o efeito pretendido cada concelho fornece na sua página de internet " a possibilidade de publicar notícias locais, anúncios ou convocatórias, uma simples descrição ou artigo de opinião; pode ainda disponibilizar formulário para inscrição de voluntários e listar os seus Apoios e Parcerias Locais".
Uma vez que esta acção ambiental é descentralizada, sugere-se que os participantes de cada município procedam ao levantamento e identificação das árvores autóctones locais, o que pode ser feito através de passeios pedestres, e que procedam, posteriormente, à plantação de bosques de árvores autóctones ou à replantação das espécies nos jardins das cidades.
Veja a lista aprovada, até agora, dos municípios e árvores a plantar.
http://www.amoportugal.org/pt/florestarportugal2013
É mais um passeio por um dos percursos de água da ilha, a levada dos tornos, em Gaula.
Foi o reavivar do meu labirinto de memórias que me levou até Gaula. Até as origens da minha família, que se confundem com a história dos antepassados de todos os habitantes da ilha, através de um trajecto que é o reflexo do espirito resiliente e indómito dos madeirenses que sempre tiveram de domar a natureza a pulso. A levada dos tornos é um percurso agradável não aconselhado a cardíacos, ou pessoas com vertigens, mas cuja beleza não pode ser avaliada pela mancha verdejante de laurissilva, mas sim, pelos reptícios da luta constante entre o homem e a natureza. É uma viagem por um tempo ido, onde a cada curva encontrámos socalcos, paredes de pedra que testemunharam as agruras de uma existência dura, repleta de obstáculos e desafios quase sobre-humanos que agora estão envolvidas pelo silêncio e pelo abandono.
Cowork Fx refere-se à partilha de um espaço de trabalho entre freelancers, trabalhadores independentes e micro e pequenas empresas. Um conceito que proporciona um local de trabalho, troca de ideias e uma comunidade aos profissionais que normalmente trabalham sozinhos. Uma ideia inovadora transportada para à Madeira pelo jovem empreendedor André Loja.
O que te levou a introduzir o sistema cowork no Funchal?
André Loja: A ideia não é original, já existem outros espaços espalhados pelo país e pelo mundo.
Mas, o que te levou em particular a trazer o conceito para à Madeira?
AL: Foi muito simples, eu trabalho em audiovisuais, sou realizador que não tem nada a ver com esta faceta de empresário, nem de empreendedor, mas numa dessas pesquisas normais na internet dei de caras com o conceito que achei giríssimo. E a ideia ficou na minha cabeça. Uns meses depois foi até Lisboa, por acaso, e visitei um espaço chamado cowork Lisboa, na Lx Factory, e fiquei apaixonado. Gostei da dinâmica, das pessoas, das empresas novas, das pessoas a trabalhar em conjunto e o conceito de open space. Falei com Fernando Mendes e a Ana Dias que são os responsáveis e nesse dia decidi que iria trazer o cowork até o Funchal. Foi há mais de dois anos, não sei o dia, porque não marquei no calendário.
Como é passaste da ideia para a acção? A escolha do edifício e a localização?
AL: Entretanto, eu comecei a investigar possíveis locais para implantar o cowork Funchal e procurei pesquisar que tipos de espaços eram necessários em termos físicos e financeiros. Comecei a pensar mais no projecto, porque até lá eu só gostava da ideia. E o grande problema foi descobrir um espaço central. A grande dificuldade residiu em encontrar o edifício que pretendia com as áreas desejadas e a um preço razoável. Daí ter demorado tanto tempo em encontra-lo, quando o espaço já estava definido, era um pouco mais longe, no final da Rua da Carreira, já tinha contrato assinado e tudo, os antigos donos deste espaço, era anteriormente uma clinica, contactaram-me, como gostavam do projecto convidaram-me para ver o edifício e eu fiquei logo apaixonado. Eles são os meus sócios hoje em dia e abrimos este projecto em conjunto, se bem que sou eu que faço a gestão.
Quais são os maiores desafios que enfrentas, depois de ultrapassada a questão do espaço?
AL: Bem, algumas burocracias que são sempre complicadas, em termos de obras. São questões tipicamente portuguesas que não ajudam muito. Hoje em dia a maior dificuldade reside em explicar um conceito onde quase ninguém nesta cidade consegue entende-lo.
É uma história comovente escrita por David Soares.
Trata-se de um livro invulgar por vários motivos. O primeiro dos quais é a escolha do protagonista que nada mais nada menos que uma ratazana, que é diferente de todos os ratos do reino. Depois trata-se de um romance onde os personagens, que são quase todos animais, debatem as questões da vida e morte, do amor e do ódio e da coragem e do medo. David Soares tem uma escrita prazerosa, recheada de palavras que devem ser ditas em alto e bom som, porque possuem uma belíssima sonoridade que os torna quase mágicas, como por exemplo, assarapantado, desvairamento, patranhar, mentireiro, flagício, fedegoso, fedúncio e mais poderia enunciar, mas prefiro que degustem os restantes ao sabor da vossa leitura e mais que descubram os seus ocultos significados. Os nomes que o escritor escolheu para os seus personagens são ainda mais originais... verrículo, verruco, calcaterra, jigajoga, fraca-chicha e estas são apenas algumas pérolas que também não consigo deixar de partilhar. Trata-se de história profundamente sombria, que ainda tem a capacidade de nos surpreender pelo facto de uma ratazana decidir encetar uma viagem que o levará até um mosteiro, onde irá conhecer um mestre cego, que pernoita teimosamente sem comer, nem beber, durante três noites, debaixo de uma abóboda para provar que não cai e do encontro fortuito entre estas duas criaturas de Deus irá surgir um epílogo inesperado. "Batalha" é acima de tudo um manual sobre a tolerância e a amizade. Recomendo-o vivamente. Boa leitura.
A designer Anabela Marques criou a partir de materiais recicláveis acessórios de moda, que apostam numa técnica que inventou em plástico pet e em imagens de revista desactualizadas. A idict, devido á sua inovação, esta presente em várias lojas de museus e espaços culturais dentro e fora de Portugal.
Como começou a idict?
Anabela Marques: Começou há dois anos e meio, principiei com pequenos alfinetes para oferta às minhas amigas. Gostaram muito e ficavam sempre surpreendidas de forma positiva. Acabavam por me perguntar porque não comercializava as peças, até que surgiu uma oportunidade para o fazer em Barcelona. Tive uma pequena venda numa feira de artesanato urbano que correu muito bem e a partir daí coloquei à venda os alfinetes em dois pontos de venda. Estava nesta cidade a fazer um pós-graduação em desenho superior, regressei à Portugal e decidi por sugestão de outros amigos expandir a colecção. Depois passei a fazer pulseiras, colares, mas queria continuar com os materiais reutilizáveis que eram o objectivo do projecto, realizar peças a partir de materiais reciclados. No início, usava tampas de garrafa, botões antigos, papel de revistas, enfim coisas que encontrava na rua. Depois comecei com plástico Pet, aqueci-o e trabalhei-o de várias maneiras e pensei que seria pouco interessante e teria pouca margem de manobra se fosse apenas o plástico tetra transparente, então decidi conjuga-lo com as imagens das revistas que tinha em casa, que estavam na prateleira, não serviam e dei-lhes uma utilidade, embora para alguns seja um crime corta-las, para mim acho que foi uma utilidade que dei as revistas velhas.
Quais são os desafios que enfrentas no que concerne os materiais que usa?
AM: Neste momento apenas uso o plástico Pet que depois preencho com as imagens de revista e um revestimento por debaixo. O maior desafio foi procurar o modo de torna-lo resistente, duradouro, e ao final de algum tempo não ficar danificado. Foi e ainda continua a ser, até porque o projecto tem pouco tempo. Ainda continua ser um desafio descobrir quais são as maneiras de tornar a peça duradoura, porque não tenho nenhum modelo para seguir, sendo uma técnica original, sendo o material usado de uma forma que não costuma ser utilizado. Faço testes na peça, mas sempre conto com o feedback das clientes, as reparações são gratuitas, mas até hoje nunca tive nenhum problema.
Das peças que já criaste quais são as que mais se destacam?
AM: As peças que se destacam mais são os colares maiores e mais vistosos.
Quem são as mulheres que usam as tuas peças? Consegues fazer uma análise do teu tipo de cliente?
AM: Partindo das obras de arte consigo agradar as mulheres cosmopolitas digamos assim, com um certo gosto estético. No entanto, a arte é muito diversificada, se pensarmos na arte antiga ou na azulejaria portuguesa dessa forma também consigo agradar um público mais conservador. Virando-nos para a arte contemporânea, são clientes mais arrojadas, portanto é muito vasto do leque que mulheres que consigo agradar, modéstia à parte. É devido a versatilidade das próprias peças, agora estou a preparar uma colecção para o "festival in" e continuam a surgir imensos modelos de colares, porque eu me inspiro na imagem de base. Ainda mais quando estou livre, quando não tenho encomendas e a exposição não é muito direcionada, isso deixa espaço para uma maior criatividade. É muito difícil criar uma colecção, porque a imagem é escolhida aleatoriamente e por isso não consigo criar seis modelos de colares idênticos, por exemplo. São as imagens que ditam o que é o resultado final da peça.
Então essa é sempre a fonte de inspiração?
AM: Sim, sempre.
Rui Carvalho é um guitarrista exímio que trocou de certa forma o rock pela doçura da guitarra clássica. Uma sonoridade que vai construindo de forma intuitiva e que desemboca em ritmos que descrevem uma viagem, mais frenética, mais intensa, mais calma, ou mais segura, mas de certa forma sempre imprevisível.
"Filho da mãe" tem uma conotação negativa, mas ouvindo a tua música não tem nada a ver.
Rui Carvalho: Essa é logo a primeira razão, coisas que nada tem a ver agradam-me, o que eu gosto sinceramente no nome é que passa uma ideia de dualidade, a maior parte das pessoas tem a ideia que é uma coisa má, mas há outra leitura da palavra, ainda mais se formos para o Brasil, em que existem milhares de páginas de facebook, vim eu a descobrir mais tarde, com filhos das mães que é basicamente uma página feita pelas mães com as imagens das crianças, dos bebes, é uma coisa querida. Acho que em Portugal existe isso um bocadinho do filho da mãe que é amigo, que não é ofensivo e eu gosto disso, no fundo que é agressivo, mas não é nada. Quem surgiu o nome foi a Cláudia, a minha mulher, ela deu a ideia e eu apropriei-me dela.
Em termos de composição dos temas, existem vários tipos de sonoridades, quando compões pensas só em termos desses sons, ou pensas apenas na guitarra?
RC: Eu toco guitarra clássica, toquei guitarra portuguesa, depois passei para a eléctrica e importei coisas da guitarra clássica, para a portuguesa e para a elétrica. Agora quando decidi voltar as origens, decidi lançar-me a solo, importei tudo o que tinha aprendido antes. Do ponto de vista da sonoridade deixo que as coisas fluam, não penso muito nisso e não tenho medo absolutamente nenhum. O que pensei para segundo álbum é: eu já estive aqui e agora quero tentar fazer alguma coisa diferente.
Falando do Palácio, o primeiro álbum, porque escolhestes a guitarra clássica?
RC: Não sei, não faço a menor ideia. É uma má escolha em muitos sentidos.
Porquê?
RC: Porque é uma guitarra com sons muito difíceis, para quem gosta de rock e este habituado a certo tipo de frequências elas não estão lá, é algo que se tem de tocar com alguma doçura e muita técnica, coisas que não tenho. Peguei na guitarra clássica, porque me era familiar. Foi assim que começou tudo. Gosto da ideia de tocar rock de uma maneira mais compassada, mais nervosa, tocar normalmente como algo que é visto como um instrumento muito controlado.
É um filme sobre Lucian Prodan, um jovem moldavo, que descobre o mar, a amizade e o surf em Portugal. Uma história positiva sobre a aprendizagem, o crescimento interior de um rapaz estrangeiro por terras lusas. Um documentário de Maria Eça, Miguel Bretiano e Vasco Crespo que já ganhou prémios e menções honrosas ao nível nacional.
Como é que começou a ideia do filme sobre o Lucian?
Maria Eça: Nós já tínhamos em mente fazer um filme na área do documentário, porque trabalhámos os três em televisão. Na mesma altura em que estávamos a conversar sobre isto, decidimos que não pretendíamos um projecto muito grande, seria o primeiro, surgiu então a história do Lucian. O Miguel é um assíduo frequentador da praia de São Pedro e conhecia o João que era o instrutor da escola de surf. Contaram-lhe a história do miúdo que andava por ali na praia e que queria fazer surf, que não falava muito bem português, que a praia estava a adopta-lo e ajuda-lo a praticar surf. Achámos piada a um miúdo assim, que pelos vistos teria um feitio engraçado que puxava pelas pessoas e foram eles que começaram a fazer a história. Antes, conhecemos à mãe dele, pedimos-lhe autorização para fazer o filme e para o filmar, porque ele é menor e ficámos logo agarrados a ela, porque no filme também se percebe que a senhora é muito extrovertida e simpática. Começámos a perceber para além desta história pequenina, havia outra ainda maior que era a integração do Lucian na comunidade portuguesa, através do surf. O aprender a falar português, o nadar e o surfar em apenas 3 meses.
Sei que lutaram com a falta de meios financeiros. Mesmo assim tiveram algumas ajudas para fazer este documentário. Mas, quais foram os desafios que enfrentaram nas filmagens?
Miguel Bretiano: Para além da escassez de meios financeiros, o outro desafio é tentar coordenar-nos, nós temos o nosso trabalho diário e tínhamos de conjugar os nossos horários para trabalhar a seguir neste projecto. Foi um filme que necessitou de 4 meses de gravação, de resto não foi muito difícil, a forma como fomos recebidos no "Surf in Portugal", como na família do Lucian foi tudo tão espontâneo da parte deles, o que tornou o nosso trabalho muito fácil. Se calhar é um dos segredos deste filme, a espontaneidade, o prazer de o fazer e como fomos recebidos por toda a gente.
Vasco Crespo: É o fugirmos do nosso meio de trabalho, daquele ambiente de informação que fazemos, de sair desse registo diário quase noticiário para uma situação de documentário. O maior desafio era pessoal, no sentido em que, que íamos contar uma história num registo mais documental e essa foi a nossa maior dificuldade, descolar-nos desta lógica de pensamento televisivo e passar para um meio mais cinematográfico.
ME: Por exemplo, este filme não tem narração, ele conta-se sozinho.
Há indícios para um segundo filme.
MB: Não é bem um segundo filme, este é um projecto que não acaba nestes doze anos do Lucian. Isto aqui é só o princípio. Para nós certamente se vamos conseguir ou não, depende do tempo. Vamos continuar a acompanha-lo, não sabemos o que vai acontecer, ele pode-se ir embora e aí a ligação vai ficar mais difícil, mas vamos tentar acompanha-lo. Se haverá ou não a um outro filme só o tempo o dirá.
É uma exposição que mostra a visão única, pessoal e intransmissível de vários artistas plásticos madeirenses sobre os desastres naturais que abalaram à ilha e o impacto individual desses mesmos eventos na sua arte. Uma mostra colectiva, curada por José Zyberchema, que estará patente ao público até dia 17 de Novembro, na sala dos arcos, no edifício da reitoria da universidade da Madeira.
Como interpretou a palavra desastre para esta exposição em relação à sua obra?
Marcos Milewski: O que eu fiz foi um buraco de esgoto, é a representação de uma espécie de fonte dos desejos, em realidade é uma brincadeira, porque durante a inundação, os esgotos rebentaram, não aguentaram as águas que vinham da montanha. Então, pensei que o melhor era uma fonte dos desejos para que tudo possa melhorar. Criei uma fonte de esgoto com uma personagem, usando uma técnica experimental, que transmite uma imagem ligeira.
A tridimensionalidade é outra técnica que explora muito ultimamente.
MM: Sim, interessa-me muito. As sensações que despertam os espaços e as ilusões.
Porquê uma criança? É um símbolo?
MM: Sim, é a inocência, o futuro, o que há de bom.
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