Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

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Yvette Vieira

Yvette Vieira

sábado, 14 setembro 2013 10:23

José abel manta

A obra gráfica de um dos melhores caricaturistas nacionais.

João Abel Manta é talvez um nome que não diz muito a muita gente, mesmo nos meios mais intelectuais, agora, se pesquisar este nome no Google facilmente chegará as caricaturas e aí ouvir-se-ão uma série de ahhhhh de reconhecimento da obra deste notável caricaturista. Raramente se fala desta nobre arte de mostrar com fino humor e uma certa ironia alguns dos acontecimentos mais marcantes de uma sociedade, em apenas meia dúzia de traços, em particular no Portugal pré e pós 25 de Abril de 1974. Este livro sobre a sua obra gráfica traça esse percurso através das imagens do seu trabalho, não só como cartoonista, mas também como ilustrador e artista. Destaco em particular, os cartoons sobre Salazar e da crítica social acérrima que fazia ao Estado Novo. É sobretudo uma grande obra, não tanto para ser lida, mas para ser folheada e reflectida, que serve sobretudo para nos relembrar de como chegámos aqui como nação e quem eram esses heróis anónimos que defendiam a liberdade a qualquer custo, até com a própria vida. Boa leitura.

 

sábado, 14 setembro 2013 10:20

Madeira island surf festival

É a primeira edição desta mostra cinematográfica que irá decorrer entre os dias 13 a 15 de Setembro, no Paul do Mar.

Segundo a organização deste evento um dos principais motivos para à criação deste festival "prendem-se essencialmente pelo facto das ondas da Madeira serem conhecidas internacionalmente entre os praticantes profissionais e amadores que há já largos anos procuram os spots ideais da ilha para a prática do surf, com particular incidência pelo Jardim do Mar e Paul do Mar". Outro dos motivos prende-se com "o notável aumento do número de praticantes desta modalidade desportiva na Região de há uma década à actualidade, assim como na procura por formação específica através das várias escolas que actualmente existem na Madeira, para a aprendizagem deste desporto de acção" de acordo com a organização.
Durante o fim-de-semana, o MadSwell dará a oportunidade ao público em geral, assistir a obras cinematográficas sobre surf, nos géneros documentário e ficção, em formato de longas e curta-metragens. As projecções dos filmes decorrem no Hotel Paul do Mar, em duas salas transformadas para o efeito, sendo uma no interior e outra ao ar livre.
Foi acordada uma parceria com o Portuguese Surf Film Festival no sentido de serem projectados os 5 filmes vencedores de cada uma das 5 categorias em concurso, daquele festival.

 

sábado, 14 setembro 2013 10:16

O conceptualista do físico

 

João Queiroz explora a linguagem do corpo físico na sua obra artística. Uma representação conceptualizada dos elementos sob várias formas que se materializam nas suas telas.

Uma das características da sua obra é explorar a paisagem.
João Queiroz: É o início da possibilidade de uma temática única. Gerar várias formas de representação e dos elementos que estão obviamente nesse objecto, como a paisagem por exemplo. É o conseguir estar constantemente a evolucionar de alguma maneira e descobrir coisas diferentes.

No seu dia-a-dia vai à procura dessas paisagens?
JQ: Não, normalmente consigo do desenho só de memória e construo no meu próprio atelier essas relações. Não preciso de andar à procura de sítios.

Aborda no seu trabalho essa questão do físico.
JQ: Do corpo.

Qual é o processo criativo para obter o corpo físico de que fala na sua obra?
JQ: O corpo físico porquê? Quando se esta a fazer a obra, na paisagem há relações que estão presentes na contemplação que também são um espelho do nosso corpo, há a parte alta, a baixa, a esquerda, a direita e imagine que pode entrar nuns sítios em detrimento de outros. Tudo isso tem a ver com o corpo. Todo esse jogo também pode ser feito na representação, não só do exterior, mas também da relação desse exterior com o que esta a acontece em nós.
É sobretudo uma reflexão ? Porque quando fala desta questão do físico quase nem há uma reflexão.
JQ: Sobre a imagem que vai acontecer, não.

sábado, 14 setembro 2013 10:13

Um novo banco agroflorestal

Uma empresa portuguesa, resultado de uma spin-off da Universidade de Coimbra (UC), pretende ser um banco de património genético agroflorestal.

A ideia surgiu com o objectivo de "aumentar a produção e melhorar a qualidade do vinho e do azeite nacionais, tornando-os mais competitivos nos mercados internacionais, e preservar as castas em vias de extinção e variedades nacionais relevantes (Galega)", revelou a universidade.
A nova tecnologia aposta em métodos de cultura in vitro (técnicas de clonagem) para preservação e propagação de plantas, muito mais rápidos e eficazes do que os convencionais. "Permite não só garantir a produção de plantas de elevada qualidade fitossanitária, mas, essencialmente, assegurar a redução dos custos de produção para os viveiristas/agricultores, associados à eliminação de pragas ou doenças, e melhorar a sua produtividade, valorizando os produtos nacionais e estimulando a economia portuguesa com produtos mais competitivos, também a nível mundial", afirmam as fundadoras da da QualityPlant-Investigação e Produção em Biotecnologia Vegetal, Lda, Elisa Figueiredo e Mónica Zuzarte.

As técnicas garantem assim a uniformidade do património genético das plantas e permitem obter um elevado número de espécies de qualidade superior num espaço de tempo relativamente curto. Por isso, esta tecnologia vem "colmatar diversas limitações da propagação convencional (estacaria e sementeira), nomeadamente a morosidade e insucesso do processo de enraizamento na propagação vegetativa por estacaria (por exemplo, culturas de oliveira e citrinos), a contaminação de muitas espécies por agentes patogénicos (vírus da tristeza dos citrinos, podridão negra da videira, tuberculose da oliveira, entre outras) e necessidade de grande espaço físico (por exemplo, espécies arbóreas)", explicam as investigadoras da UC. Por outro lado, a preservação de germoplasma de variedades nacionais com potencial económico é uma aposta inovadora e pretende ser esta a grande mais-valia da recém-criada empresa.

 

sábado, 31 agosto 2013 19:21

Uma viagem ao centro do vulcão


Venha daí até a localidade de São Vicente e tenha uma bela surpresa.

Quantos de nós leram à "viagem ao centro da terra" de Jules Verne? E sonharam com as façanhas de exploradores destemidos, fieis a si mesmo, aventureiros sem pátria, sempre atentos a todos os perigos que espreitavam a cada passo de uma odisseia pelo desconhecido? Todos, calculo. Pois, a vida real não tem nada a ver! Mas, para não decepcionar nem os mais incautos, vou relatar um percurso pelas entranhas de um vulcão que encerram igualmente maravilhas sem igual.
O trajecto começa no exterior, estamos perante um bloco montanhoso luxuriante em que se vislumbra um edifício que quase confunde com a paisagem e que nos dá as boas-vindas as grutas de São Vicente. A natureza desdobra-se em formas e cores que regalam o olhar, mas o túnel espera-nos e a aventura começa...A escuridão momentânea motivada pela escassez de luz natural é rapidamente substituída por uma densa formação rochosa que é entrecortada por uma pequena passagem que percorremos de forma instintiva. Seguimos o rasto do guia que num compasso programado vai descortinando pouco a pouco os mistérios da lava arrefecida ao longo de milhares de anos, num tempo em que as grandes erupções eram travadas pelas águas frias dos oceanos e pelas fortes ventanias. Desses infernos dantescos, restam veios cinzentos paralisados no tempo, onde agora, deslizam pequenos córregos de água, num ambiente refrescante. Mas, a vida nas profundezas de um vulcão extinto também acontece, mesmo envolvidos por tubos de rocha enrugados e graças aos focos colocados estrategicamente, nascem plantas de um verde intenso, cujas folhas acariciam a luz em busca do conforto tão necessário à sua sobrevivência. Em ziguezague pouco a pouco vamos descobrindo a câmara dos desejos com as suas estalactites vulcânicas, pingos de lava que literalmente solidificaram com o passar dos milénios. As convulsões vulcânicas generosamente deixaram um rasto de canais e as galerias onde se sucedem pequenos lagos de uma água verde-esmeralda cristalina e esculturais montes de lava arrefecida num percurso de mais de 1000 metros de comprimento e quando menos se espera a odisseia termina e deixámos de ser exploradores, para passarmos a ser simples mortais.

 

sábado, 31 agosto 2013 19:06

À sua medida

Um programa emitido pelo canal temática SIC mulher.

É um programa com cerca de 15 minutos feito mesmo à medida dos vários tipos de mulheres, incluindo as grávidas. É um formato feito com bom gosto e muito aprazível, as propostas quer em termos de maquilhagem, ou de vestuário são do meu ponto de vista muito sensatos e simples de compor. Gosto da rubrica em que vamos "descobrindo" os segredos de beleza de algumas caras conhecidas da sociedade lisboeta, só desejava que expandissem mais esse leque de personalidades, porque acabam sempre por ser as mesmas. A secção dedicada as receitas, podia ser um pouco menos requintada em termos de ingredientes, são light no sabor e nas calorias, mas pesadas no bolso. A escolha da apresentadora, Raquel Strada, não poderia ter sido a mais acertada, ela é jovem, bonita e simpática, à nossa medida.

sábado, 31 agosto 2013 19:02

Vai formosa e segura

Beatriz Nunes é uma cantora versátil que desdobra a sua voz em diferentes tipos de registos musicais. Um percurso que vem construindo de forma equilibrada e cujo futuro se prevê risonho, tendo em conta que é a nova vocalista, por mérito próprio, de uma das bandas mais emblemáticas do cenário musical português, os Madredeus.

O teu registo musical é erudito, no entanto, moveste por outros tipos de sonoridade, como o jazz.
Beatriz Nunes: Sou uma alma inquieta, tenho muitos gostos e muito diferentes. Comecei por estudar música clássica e canto e cheguei a um certo ponto que senti que não chegava e fui procurar o jazz que era algo diferente, mas nunca parei com a vertente erudita. Continuei em simultâneo e isso teve ramificações para a música ligeira e para o "world music". É verdade que tenho gostos muito diversos.


O que o jazz te trouxe que a música erudita não tinha em termos vocais?
BN: Essa pergunta é muito pertinente, em termos académicos senti que a música clássica ou a aprendizagem que estava a fazer naquele momento era uma pedagogia e metodologia russa muito conservadora, embora tivesse uma professora muito boa. O jazz tem outra liberdade que eu precisava e que me ajudou com a música clássica. No fundo interligaram-se, o rigor do erudito com a liberdade do jazz.


Fala-me então do projecto "mau sangue", que é uma outra vertente musical completamente diferente. Porquê aquele projecto?
BN: Eu gosto muito de desafios. O projeto "mau sangue" foi liderado por uma pessoa de quem gosto muito, um grande amigo meu, a quem reconheço também um talento enorme, o poeta Nuno Moura. Ele já editou livros e ganhou há alguns anos um prémio revelação. Na altura desafiou-me, vai fazer três anos, para um trabalho diferente, mais underground, com uma sonoridade quase conceptual. A música vai ao encontro da palavra, mais do que o contrário. E foi muito engraçado quase vestir uma personagem para levar a cabo o projecto que foi apresentado ao vivo, em que vesti mesmo uma peruca loura. Gostei muito disso, porque tenho algo de actriz também em mim.


Sim, mas a tua prestação não foi apenas vocal também participastes em termos melódicos.
BN: Sim, há duas músicas em que participei, uma delas fi-la quando era muito pequenina a partir de um dos poemas do Nuno. Quando tinha nove anos gostava de agarrar em livros e fazer música a partir dos poemas e fi-lo para o "parabéns Amália". Sempre fiquei com essa música, gravei-a e mais tarde o Nuno disse-me para usa-la já com arranjos. É um projecto muito pessoal.

 

sábado, 31 agosto 2013 18:58

O bairro da estrela polar

É um romance de Francisco Moita Flores.

É um relato cru de uma realidade que mantemos afastada, à margem, do nosso quotidiano de país de brandos costumes, que afinal não somos, é o fio da navalha no bairro da estrela polar, em Lisboa. Não me sinto confortável em dizer que se trata de um policial, porque não o é, é um género mais ao estilo bandido, afinal, são eles as personagens principais deste livro, o bando da Diana. Gosto da escrita sem pudores de Francisco Moita Flores, em termos linguísticos, o calão que utiliza com frequência, que nos coloca mesmo no centro nefrálgico deste submundo feito de cumplicidades construídas á custa da miséria humana. Aprecio também a forma como através dos diálogos vai construindo paulatinamente o retrato destes jovens liderados por uma mulher, algo também muito inusual no género. A adaptação deste livro esta nos cinemas, mas prefiro sempre ler primeiro e só depois ver o filme, para ter as decepções do costume, embora neste caso seja quase difícil que tal aconteça devido à natureza da própria escrita, que nos remete para um argumento quase cinematográfico de tão visual que é. Deixo o final no ar, leiam ou vejam, afinal também somos um mundo de fábulas. Boa Leitura.

 

sábado, 31 agosto 2013 18:53

Josefinando

Filipa Júlio decidiu recriar um par de sapatos muito especiais, e que fazem as delícias de várias gerações de mulheres, as sabrinas. O resultado são as Josefinas, uma merecida homenagem à sua avó, que actualmente colhem grande aceitação junto do público feminino português e além-fronteiras.

A pergunta óbvia é como uma pessoa ligada a uma área como a arquitectura decide fazer sapatos?
Filipa Júlio: Isso vem de família, porque o meu avô paterno é um sapateiro reformado e o meu pai já o ajudava em miúdo e assim os sapatos sempre estiveram na minha vida. Fiz o curso de arquitectura, porque sempre gostei e é o que gosto e isso deu-me uma formação que ajuda muito, em termos de método, a noção de escala, pormenores e de aprender a fazer um trabalho contínuo com um fio condutor. É uma óptima bagagem para este projecto, que surgiu de repente, eu não posso dizer que desde miúda tinha ideia de fazer uma linha de sapatos, nada disso, nem estava ligada a área do calçado, acho que surgiu naturalmente. Depois, sempre tive dificuldade ao percorrer as sapatarias ver algo que gostasse. É daquelas ideias que passam pela cabeça de uma pessoa de vez em quando. Comecei por partilhar a ideia com os amigos, eles por sua vez, incentivaram-me imenso, depois concorri a um concurso de ideias e as Josefinas começaram a crescer.


Porquê decidiste adaptar as sabrinas e dar-lhes o nome de Josefinas? Porquê este modelo em particular e não outro tipo de calçado?
FJ: Pensei nesse modelo, porque era algo que se via muito no mercado, mas não da maneira de que eu gostava. Eu apreciava o modelo clássico, básico e ajustável, tanto para as miúdas, como para mulheres adultas. Achei também que era um tipo de sapato muito cómodo para andar hoje em dia, quer as pessoa ande a pé, ou de transportes públicos e adaptava-se á cidade, ou a outro meio e com o qual podemos fazer mil e uma coisas. Então verifiquei que não era um tipo de sapato que se encontrava facilmente no mercado e decidi que gostava de ir a um sítio onde houvesse uma sabrina de que eu gostasse onde bastava escolher cor e provavelmente o modelo, porque a ideia é criar diversas variações e associar uma marca a esse tipo de calçado.


Então o que tem as Josefinas de especial, que as distingue das outras sabrinas?
FJ: Ela tem a sola em couro, assim como a palmilha que permite o pé respirar. A atenção na escolha dos materiais é bastante cuidada. O seu interior é 100% algodão, depois tem um cordão que é ajustável. Normalmente as sabrinas não têm esse pormenor, as Josefinas sim, à semelhança dos sapatos de ballet que fazem isso e são muito práticos, porque as pessoas as usam muitas vezes vão ganhando folga e daí que pode ser apertada.

Da experiência que já tens do site, quem são as mulheres Josefinas?
FJ: São várias. É um sapato que se adapta à vida de quase todas as mulheres.

sábado, 31 agosto 2013 18:41

O hiper-realista

 

Alberto Santos expressa suas emoções através de um realismo puro, que quase nos faz duvidar que é uma pintura. É uma expressão artística que envolve um a sua verdade, um perfeccionismo quase obsessivo que transforma o comum numa bela obra de arte.

Quando começou o seu amor pela arte?
Alberto Santos: Foi quando eu era criança.

Com que idade?
AS: Estou comprometido com a arte desde os meus 20 anos. Eu comecei a desenhar em 1995, fui estudar e depois saí.

Mas porque saístes?
AS: Por diferenças que tive com as escolas de arte, a arte mudava essa imagem conceptual da forma, do conceito sobre a imagem. Actualmente, a minha pintura é do século passado, não é muito bem vista, porque eu posso usar uma foto que não faz diferença, mas para mim isso é apenas uma referência. O cenário sou eu a construi-lo, que é uma posse intelectual do que vou fazer e no que me vou inspirar. Para esse quadro inspirei numa canção fado, usei as aves da ilha e há uma escuridão em que é inspirado no século XIX, na pintura francesa, é uma pintura muito realista. Também é dada à figura feminina, como tal, como individualidade.

Descreves as tuas pinturas como hiper-realismo.
AS: Sim, eu acho que pode ser esse hiper-realismo, estou perto do realismo fotográfico. Claro, que anteriormente se faziam maquetes e era em tamanho real. O hiper-realismo começa nos anos 60 do século XX, depois tornou-se menor, a ideia é ser capaz de fazer algo tão realista quanto uma foto. E no século / XVII XVIII faziam-se pinturas realistas sem o uso da fotografia.

 

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