Um olhar sobre o mundo Português

 

                                                                           

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Yvette Vieira

Yvette Vieira

sexta, 07 agosto 2015 15:58

Benjamim

Quanto à digressão de Benjamim, esta antecede o lançamento do seu novo (e agora primeiro) disco, intitulado "Auto-Rádio". No entanto o primeiro single deste trabalho já pode ser escutado na compilação dos Novos Talentos FNAC 2015. Sobre o escritor de canções que passou quatro anos radicado em Londres e voltou para Portugal em 2013, pode dizer-se que veio para escrever canções novas e revolucionar a sua maneira de olhar para o mundo. O resultado que traz a Viseu vai buscar tanta inspiração ao Duo Ouro Negro, à Lena d'Água, ao Chico, ao Zeca como ao Dylan que lhe encheu a juventude de sonhos de uma terra distante, aos Beatles, aos Beach Boys e a todas as coisas que o fizeram mexer. A acompanhar esta viagem, dobrando funções como co-piloto e documentarista, está o fotógrafo Gonçalo Pôla que tem a seu cargo o registo foto-videográfico de todo o percurso, atualizado num diário de estrada.

domingo, 12 julho 2015 18:12

Elas e o denim

Existe uma ligação temporária entre as mulheres e alguns tipos de tecidos.

Quando me deparei com algumas imagens sobre uma das novas tendências desta estação, não pude deixar de sorrir, o look denim total é uma daquelas coisas que aparentemente parece bem, mas com o passar dos anos rapidamente percebemo-nos que é um erro. Vestir denim dos pés à cabeça é daquelas combinações que devem ser evitadas a todo o custo, não é que fique mal, simplesmente não funciona. É uma overdose de azul que só faz mal ao olhar, é pura poluição visual. Acreditem! Possuo provas! Tenho uma foto com algumas amigas minhas em que todas aparecemos sorridentes vestidas de denim e o único aspecto que me deixa verdadeiramente feliz sobre essa imagem é que foi uma das fases mais bonitas da minha vida, um autêntico momento Kodac. Olhando, agora, para nossas vestimentas não consigo deixar de suspirar, não é que sejamos feias, muito pelo contrário, somos até bastante bonitas (sem falsas modéstias) mas a induméntária, aaarg! Até dói. Novo suspiro! Creio que todas nós, sem excepção, nalgum ponto da nossa vida deixamo-nos influênciar pelas tendências de moda que estavam na berra e quando ainda não se possui um estilo definido acaba-se por cometer uma série de gafes. Se fosse hoje, ninguém nem morta me apanhava em 100% denim. No final de contas o que deve prevalecer é o nosso estilo pessoal, saber não apenas o que nos fica bem, mas com o que nos sentimos bem. E para mim, sem sombra de dúvida, esse espírito de seja você mesma funciona, porque se por um lado o look total em denim nem pensar, jamais em mais momento algum, por outro, a combinação de uma calça de ganga com uma camisa branca e sapatos de saltos nunca falha e não passa definitivamente de moda. Por isso, o único conselho que porventura posso deixar, se assim o desejarem, é testem, não tenham medo de experimentar e se não se sentem confortáveis na vossa própria pele, poderosas e femininas, então mudem de estilo sem hesitações e ofereçam de imediato as peças indesejadas, para o caso de haver uma nova recaída e de forma a evitar entulhar o seu armário com roupas que nunca mais volta a vestir.

terça, 07 julho 2015 22:52

Água negra

Lívia Natália é professora universitária, investigadora e poetisa da chamada literatura negra feminina. O seu livro “água negra” aborda a temática familiar sob o ponto de vista das religiões de matriz africano.

No teu livro de poesia, “água negra”, há uma homenagem a duas mães, a tua e a natureza.
Lívia Natália: A mãe natureza das religiões de matriz africana, o candomblé que não é uma religião muito forte, nem maioritária, mas é tradicional, veio para o Brasil com os negros que foram escravizados e a temática familiar do materno e paterno estão muito presentes. Penso na poesia como sendo uma forma de você compreender e representar esse universo conforme ele me toca. A presença desses dois elementos e em “correntezas” que é o meu próximo livro onde vejo isso de uma forma mais forte, porque em “água negra” a mãe que aparece de uma forma mais sistemática é mais do que a representação da minha mãe e da própria maternidade que eu já vivi, aparece uma mãe energética que é metaforizada e alegorizada por um orixá do candomblé de oxum que é mãe de todas as águas doces, dona da fertilidade e da barriga de todas as mulheres, segundo essa crença tudo isso toma conta das crianças até os cinco anos de idade.

Definirias a tua poesia como feminina? Ou achas que o conceito não existe?
LN: A minha poesia é notadamente feminina, porque se propõe pensar. Costumo até brincar que para algumas coisas temos de ter útero, porque é o feminino que leva à familia e de alguma maneira o mundo. A Conceição Evaristo que é uma poetisa de que gosto muito ela diz que a mulher é a força matriz e motriz do universo, então eu vejo a minha poesia muito filiada a isso. Ao pensar esse feminino, esse lugar da mulher e repensar as nossas relações com o masculino, com o corpo, com os filhos e com a maternidade. Então isso é algo que me interessa, porque são coisas em que penso o tempo inteiro.

A cor também entra no teu pensamento?
LN: Sim, a demanda que a gente tem no Brasil e classifico como uma demanda etnico-racial, porque é político pensar nesta questão a partir da raça. Para mim é importante já que me enquandro como uma poeta de literatura negra justamente porque ao articular, por exemplo, a religião como o candomblé de maioria negra no Brasil e a pensar em todas as travessias que todas as mulheres negras fazem no decorrer da sua vida para serem pensadas e reconhecidas para além da sua beleza, do seu corpo e dos estereótipos que construíram para a gente. A minha poesia esta o tempo inteiro pensada numa coisa que a poeta chamada Miriam Alves fala que é poesia afro-feminina, é uma outra forma de dizer o que faço. Eu faço literatura negra temática com o cunho pensado a partir do olhar do feminino sobre o mundo.

Esse teu olhar que tem de ser feminino, porque mesmo dentro da comunidade negra há um certo preconceito masculino sobre o papel da mulher, que a mostra como alguém submisso.
LN: Seguindo os dados do instituto brasileiro de geográfia, os dois ou três últimos anos mostram que a mulher negra ganha quatro vezes menos que o homem branco, são dados estatísticos que nos aterra no país e no que diz respeito as relações humanas existem hoje muitas discussões no Brasil sobre a afectividade da mulher negra. Como essa mulher pensa essa relação com o masculino, seja com uma outra mulher de cariz homossexual e como o homem principalmente o branco e o negro nos pensam. Muitas vezes nós achámos que encontrando um parceiro que seja negro vencemos uma ideia de submissão, porque ele é negro e sabe o que é ser negro, mas mesmo assim os homens não sabem o que é ser mulher. E por conta de não saber o que é ser mulher eles acabam incorrendo os mesmos lugares comuns e estereótipos que nós passámos séculos a fio. Eu destaco um poeta chamado Akins Kinte, é de São Paulo, que tem uma poesia muito bonita sobre o pensar esse feminino para além dessa imagem, ele pensa nessa mulher negra que é gorda, que tem celulite, que tem estrias que tem barriga e para ele esse é o corpo de desejo, mas é também desajante. É pelo menos isso em que penso.

Define-se como uma cantora nostálgica que procura imprimir nas suas canções uma certa inocência apesar dos muitos quilómetros percorridos de estrada e de experiência de vida como artista em Portugal. O seu mais recente álbum “procura-se” é disso um exemplo, uma lufada de ar fresco salgado, um disco charmoso e cheio de emoção.

Vamos falar do novo álbum e do que andas à procura Susana Felix?
Susana Félix: Eu ando à procura do que anda toda a gente neste momento, de uma nova forma de me adaptar as grandes mudanças que andam a acontecer, é uma das minhas procuras.

Mas, é ao nível pessoal ou como artista que olha para o mundo?
SF: Nós artistas temos uma visão do mundo muito ligada ao coração, é sempre muito pessoal, os artistas trabalham com o filtro do coração, nós vemos o que se passa à nossa volta, o que se passa na nossa vida, no nosso inteior e depois comunicámos. É tudo muito misturado, nós trabalhámos com as emoções, então, é sempre uma forma muito sentida de ver tudo na vida.

Nas críticas que foram escritas sobre este teu último trabalho discográfico afirmam que é o teu álbum mais maduro. Confirmas isso?
SF: Não, acho que não. Eu gosto de partir para os álbuns com alguma inocência para que a inspiração aconteça.

Qual é o fio condutor deste disco?
SF: O fio condutor deste álbum é o de mesmo de 15 anos, nos vamos sempre somando as experiências, o que são os concertos ao vivo, as gravações, o trabalho em estúdio, aquilo que os músicos vão adicionando e o que os artistas que trabalham comigo, o que tem uma importância enorme. O que muda basicamente é a nossa linguagem quando fazemos um disco novo, mas a forma de sentir tem de ser sempre algo inocente, ou seja, nunca podemos partir para um álbum como se tudo estivesse ganho, porque não esta. Quando faço um disco novo é como pegar numa folha em branco, por isso, eu não parto para algo novo com base na maturidade, não faz muito sentido para mim.

sábado, 27 junho 2015 12:42

Lemon Lovers-The 55

domingo, 21 junho 2015 18:38

Do céu ao mar

  

É mais uma passagem pelos trilhos da ilha da Madeira.

A nossa caminhada começa a exatamente a 1862 metros de altura, no Pico Ruivo, bem acima das nuvens, numa manhã fria que se adivinha quente rodeados por uma natureza áspera e quieta, salpicada por um manto verde e amarelo proveniente de várias plantas em inusitado uníssono colorido e envoltos por um silêncio possante que é apenas entrecortado pelo sibilar do vento e os ruídos curtos da nossa respiração. Um dia perfeito para uma descida que vai terminar junto ao mar, por um trilho que muda drasticamente de paisagem ao longo dos seus 10 quilómetros de percurso. Vamos em direção à Santana até o Pico das Pedras, de onde se avista o homem em pé, uma formação rochosa basáltica imponente que é uma espécie de porta de entrada para a paisagem endémica da ilha, a Laurissilva, cujas árvores altas e frondosas albergam musgos e líquenes que fazem lembrar vestimentas que adornam os seus troncos e ramagens de vários tons de verdes, é como entrar numa floresta encantada, acobertada pela neblina refrescante que a acaricia com pequenas gotículas brilhantes de água e cujos rebordos são enfeitados com feiteiras e flores silvestres de vários tons, desde o Pico das Pedras até as Queimadas de onde se já se avista a entrada para as veredas do Caldeirão Verde e do Inferno, mas isso fica para outro dia.

terça, 02 junho 2015 20:05

Para onde voam as tartarugas

Joaquim Arena não é o típico escritor cabo-verdiano, não tem um perfil diásporico, mas tem um olhar apurado para com o país, Cabo-Verde. É um livro que mostra as cores de uma jovem nação, a crioulização de uma sociedade, onde há um choque cultural profundo, uma história romanceada e um foco ambiental.

Porquê escolheste esta época da primeira república para o teu livro?
Joaquim Arena: É uma época de abertura da sociedade, as primeiras eleições multipartidárias e também transferiu para as pessoas uma mensagem de esperança e isso acontece em todos os países. Há este percurso histórico de um partido único ou de uma ditadura, como foi em Portugal e depois existe uma explosão de alegria, de ideias e de projectos. Houve também a preocupação de colar todo um processo histórico, fruto de uma investigação, o de um grupo de nacionalistas da ETA, ex-combatentes, que se exilaram em Cabo-Verde. Há uma escolha deste período, porque existe a coincidência de vários factores, a abertura do país, a época em que os etarras procuravam locais de exílio e o turismo que de certa forma colocou em risco o meio ambiente das tartarugas, projectos megalómanos que punham em perigo as zonas de desova desta espécie, portanto existem também aqui vários aspectos que concorrem para esta história ter ocorrido nesse período.

Há também a questão dos vários tipos de linguagem que usas no “Por onde voam as tartarugas”, um múltiplo de espelhos, foi uma ideia inicial?
JA: Isso acontece com naturalidade. As personagens tem histórias muito diferentes, falam numa linguagem completamente diferente e nesse contexto também reflecte as suas preocupações. Existem partes onde falo dos pescadores tem a ver com uma forma de vida em que o conceito de equilíbrio ambiental é algo que não entendem, porque desde sempre os seus avós e pais sempre caçaram as tartarugas para alimentar-se da sua carne. Claro que é uma linguagem diferente no sentido de informação e actualização daquilo que é pensamento mais internacional, mais ecológico e que choca ao mesmo tempo, porque isto tudo não faz sentido na ilha piscatória da Boavista, onde as pessoas esperam pela época da desova para caçarem as tartarugas, normalmente estes animais são uma alternativa alimentar em relação à pesca, porque, por norma, o clima não o permite. Sempre foi assim.

Essas múltiplas linguagens também tem a ver com o facto de não subscreveres este livro como romance? Querias fugir também a esse estereótipo ou essa ideia de livro?
JA: A ideia de romance não é unívoca, há várias formas de apresentar um romance. Há uma história linear, com duas pessoas e depois existem enredos mais complexos, com espelhos e que confluem para um ponto que é Cabo-verde. São vidas diferentes, são pessoas que chegam e que de certa forma acabam por estar ligadas, se alguém estivesse lá em cima, uma espécie de Deus a olhar para nós, acabaria por ver olhando para mim e para ti as nossas ligações com os outros. Eu nasci em Cabo-Verde, mas vivo há vários anos em Portugal, sou filho de pai português, que veio do Minho e há este tipo de histórias. A mim nunca me satisfazem as histórias lineares e curtas, eu vejo sempre essa ramificação. No fundo neste livro há personagem que tens histórias comuns e que acabam por se encontrar num determinado local geográfico, porque tem de acontecer num determinado ponto, até porque as pessoas são livres, elas viajam, circulam e trazem componentes da sua cultura de origem e depois tem que lidar com os outros e com essa diversidade das pessoas que encontram no local e fazem concessões e aprendem, muitas vezes não conseguem e existem conflitos. Portanto, a história da humanidade é feita desses atritos, mas que se quiserem tentam encontrar uma linguagem em comum, umas vezes conseguem outras não. A história da humanidade evolui, tem havido sucesso, é como uma maré que vai tocando e se vai espalhando em várias culturas e depois vão aparecendo culturas síntese que resultam destas populações.

Outra questão que colocou e que se fala é que abordas a crioulização da sociedade, como é que isso se traduz na tua escrita? De que forma?
JA: De forma natural e isto não tem que ver só com o crioulo, nunca gostei de ver pessoas de uma condição humilde terem uma diálogo em que o autor não teve em conta a verdadeira estructura quer mental, quer cultural daquela personagem. Nós em Cabo-Verde falámos no dia-a-dia crioulo, mas nas instituições solenes, parlamento, tribunal, na conservatória fala-se português, mas toda a literatura e estou em falar na prosa, poesia e ficção é toda na língua de Camões desde a primeira a última linha e não faz sentido e o que é que eu fiz? Tenho personagens em crioulo e escrevi em crioulo misturado com português, foi a única forma de conseguir reflectir algum realismo e quem era essas personagens? Eram pescadores, que são naturais na sua forma de expressão, eles não falam português, falam crioulo, houve essa necessidade de aproximar a linguagem natural da personagem para ela ter corpo e vida e não abastardá-la, no sentido de dar-lhe um nível cultural superior do que é a realidade, tu não encontras um pescador em Cabo-Verde com o português que nós falámos, mas na literatura encontras esses exemplos, quer tenham outras profissões e eu coloquei-os a falar crioulo, com o risco de um português não o entender, só que este dialecto lido por um luso-falante percebe e se enquadra e sempre defendi isso.

terça, 02 junho 2015 20:01

Um palmilha com dentada

Nuno Preto é um dos membros do grupo de teatro palmilha dentada. Uma companhia que sempre se definiu por um repertório original, irónico e com um humor súbtil, com uma narrativa que se infiltra, ou insinua junto do público que o vai descobrindo e se vai mantendo fiel ao longo dos anos.

Queria abordar o vosso último trabalho, com o qual andam em tournée por todo o país sobre o general delgado, é uma peça que foge um pouco a vossa linha artística, tem um sentido de humor mais contido e possui uma mensagem política muito forte, porque decidiram desviar-se desse vosso percurso?
Nuno Preto:A linha política sempre esteve presente no nosso trabalho. O cómico também, embora não seja desbragado. A maior parte dos espectáculos da “palmilha dentada” não tem um lado cómico fácil, é uma comicidade de situação, que possui algumas referências. Este espectáculo do general, que é o Gui que interpreta, possui referências históricas e dessa forma como é que poderíamos tornar actual? É uma peça muito política, o cómico é muito camuflado, é muito mais sério quando comparado com “o guardião do rio”, “o gene do corvo” e outros, embora assente nalguns pressupostos, as peças são escritas para os actores que os interpretam por inquietações que se vivem no momento, quer sejam familiares, ou sociais, discussões de ideias dos interpretes até com o encenador e as coisas vão acontecendo assim, são encenadas assim e que resultam nesse objecto artístico.

Vamos falar um pouco da escrita, vocês decidem os textos em conjunto. Como é todo esse processo criativo?
NP: Não é um processo em conjunto, ou seja, a escrita não é conjunta, é participativa, mas o texto é da responsabilidade do Ricardo Alves, que é o director da companhia, as coisas são discutidas e são abertas nesse sentido.

Mas, o que acontece é que escolhem a ideia...
NP: Sim, primeiro surgem as ideias, apetece-me fazer isto, ou aquilo, gostava de ver isto assim e o Ricardo vai compondo as ideias que lhe agradam na forma de uma pequena ditadura que impõe, mas faz sentido, porque ele esta de fora a olhar para as coisas e depois escreve. É participativo num outro sentido, que acontece a partir do momento que a passa para nós, debruçamo-nos sobre ela, por vezes destruímo-la, acrescentámos uma frase nova e isso acontece porque já nos conhecemos há muito tempo.

Então existe muita improvisação ao longo do espectáculo, embora esteja tudo escrito?
NP: Sim, há muita improvisação, mas mais em alguns espectáculos do que outros. É assim, no “corvo” que é fechado, não há muito espaço para o improviso, outras peças são muito abertas, ou seja, a intervenção do público é quase uma marcação que temos, ou directriz. Outras ainda, como o besouro são completamente fechadas e é um pouco o nosso anti-ADN, embora haja sempre uma respiração que se partilha com o público.

terça, 02 junho 2015 19:58

Vídeoclube

 

É uma curta-metragem assinada por Ana Almeida e pela produtora anexo 82.

É um filme nostálgico sobre o ano 1999 e não, não é sobre o espaço, garanto! É o prelúdio de uma potencial história de amor entre dois jovens que mal se conhecem e que criam uma ligação muito especial, através do videoclube da sua zona, das fitas VHS e do cinema. “Videoclube” acaba por fazer-nos relembrar os vários filmes das nossas vidas, as marcas que deixaram na nossa memórias e as pessoas com quem os vimos.
Ana Almeida escreve o guião e esta a cargo da direcção desta curta-metragem, que ao meu ver, só tem um pequeno desacerto, a passagem pelas filmagens vídeo do personagem Tiago que seriam perfeitamente dispensáveis em termos da narrativa, excepto a troca de cassetes no final que faz todo o sentido. É uma pequena homenagem, por ventura, ao primeiro amor da nossa jovem realizadora...o cinema e ainda, uma comovente interpretação dos jovens actores Daniela Love e Tiago Jácome que estão à altura dos seus “pequenos” pápeis. Gostei e recomendo. Bom cinema.

http://www.anexo82.com/#!sobre/ci2f

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